quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

FOI PARA O CÉU O PAPA QUE TINHA OS PÉS ASSENTES NA TERRA

 

Sou luterano pela Graça de Deus e sê-lo-ei até que me reencontre com Ele, o que não me impede de reconhecer os méritos e a importância de Joseph Ratzinger, Papa Bento XVI, para a Igreja Católica, vulto incontornável da cultura germânica e europeia, e fiel defensor da ortodoxia da Igreja Romana, que combateu a relativização da sua fé operada ao tempo pela teologia da libertação, de inegável influência marxista, o que lhe valeu nomes como “conservador”, “papa da extrema-direita” e "papa reaccionário". Num tempo de exagerada apostasia e poluído por vários movimentos entusiastas (ditos carismáticos), Ratzinger apelou à razão e pôs a sua igreja na ordem, separando as águas entre as promessas divinas e as aspirações terrenas imediatas. Homem de fé inabalável, ele foi um doutor que alcançou pouca popularidade, preferindo ser honesto consigo e com os outros de acordo com a doutrina que o ordenou e fez papa. Com a sua morte, a Alemanha perde um dos seus maiores vultos dos séculos XX e XXI, a Igreja Romana enterra um dos seus defensores mais fiéis, despedindo-se o mundo de um humilde filósofo bávaro que um dia ousou ser papa de justificado e pleno direito. Mercê do seu papado, os católicos têm razão para dizer vezes sem conta: " DANKE PAPST BENEDIKT!"

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