Emiliano
Martinez, guarda-redes da selecção de futebol argentina que recentemente ganhou
pela terceira vez o campeonato do mundo da modalidade, também guarda-redes do
Aston Villa FC de Inglaterra, segundo o tablóide Daily Star, supostamente
comprou um Pastor Belga Malinois à Elite Protection Dogs para proteger a sua
família, no valor de 20.000£ (22 722,80€; 70 0131,51 reais brasileiros).
Convém
relembrar que os futebolistas de topo, que auferem quantias milionárias, têm
sido objecto em Inglaterra e noutros lados de vários assaltos, assaltos esses
que não pouparam inclusive o português João Cancelo, jogador do Manchester
City, em dezembro de 2021. Poderá o emocional Emiliano Martinez, que se consta
nada entender sobre cães, dormir descansado ao entregar a segurança da sua família
a um cão? Poderá o animal sozinho dar conta do recado ou será apenas mais um
item a eliminar? O facto de apenas termos seguros contra roubos e não contra
ladrões parece esclarecer a questão, ainda mais quando estamos a falar de
assaltos que rendem milhares e até milhões, pelo que a presença do Malinois
somente colocará em risco a sua própria sobrevivência, podendo eventualmente
ser um perigo para algum carteiro, jardineiro ou visita incauta.
Apesar
da validade do serviço de cães mercenários ser duvidosa, dispendiosa e se
encontrar sujeita a constante reavivamento e reciclagem, o negócio da venda de
cães já treinados para guarda vai de vento em popa, não só em Inglaterra, mas
por todo o lado, pelo que é uma das actividades mais lucrativas dentro do panorama
actual do adestramento. Nada dado a milagres e a semear falsas expectativas,
mas empenhado a salvaguardar a vida de pessoas e animais, entendo que a
segurança de uma casa, seja ela de um futebolista ou de outra pessoa, passará
pela combinação de meios electrónicos com a prestação canina, reduzindo a
última ao essencial de modo a minimizar os possíveis traumas e riscos para os
animais. Quando a segurança de uma casa se encontra a cargo de um ou mais cães,
ela não é absoluta quando os animais se encontram a trabalhar e o dono a
ressonar, porque são animais e como tal fáceis de ludibriar, mesmo à distância
quando visíveis. E se assim não fosse, ainda hoje estaríamos por domesticá-los.
Porém,
caso se opte pela opção canina para a defesa de uma casa e de uma família, é
por demais aconselhável que ela conte com os bons ofícios de dois ou mais cães,
havendo o cuidado de instalar um deles dentro de casa quando se fecharem as
portas, o que impedirá a sua eliminação, aumentará a defesa dos donos e as suas
hipóteses de socorro, mesmo que os cães no exterior tenham sido já manietados
ou eliminados. Assim, ao invés de um, Emiliano Martinez deveria ter adquirido
dois cães e de empresas diferentes, procedendo como foi dito atrás, porque a
riqueza atrai a cobiça de toda sorte de homens, poucos são os que não têm preço
e por vezes acabamos surpreendidos por quem nunca esperámos.
Emiliano Martinez não foi suficientemente responsável ao pensar na segurança da sua família, deixou-se embriagar com falsas esperanças e acabou por fazer uma escolha mais emotiva do que racional. Afinal porque optou pelo cão? Para protecção da família ou para se sentir o “maior da cantadeira”? Unai Emery, conceituado técnico e seu treinador no Aston Villa, está desesperado para se ver livre dele e farto das suas descontroladas emoções. Será que Martinez escolheu o cão debaixo de idêntico estado de exaltação?
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