Se perguntarem a um
velho provinciano, de instrução rudimentar, pouco dado a adaptações e avesso à
novidade, como vão os seus cães, sem hesitar, responderá: “Estão muito bem!
Gordos e reluzentes!”, porque para ele o que importa é encher-lhes o bandulho, porque
assim também criou, ao longo dos anos, cabras, ovelhas, vacas, galinhas e outros
animais de capoeira, destinados ao abate, para venda ou consumo próprio. O
facto das aldeias do interior se encontrarem quase desertas, sendo já algumas verdadeiros
povoados fantasmas, não tem impedido que a ignorância milenar grasse nas
cidades, enquanto herança cultural e fardo que alguns teimam em carregar. Determinada
senhora, proprietária de um Pastor Alemão jovem (ainda em crescimento e
gigante, a braços com a panosteíte e a pesar mais de 40kg), estranha a falta de
apetite do animal que, quando os passeios ao exterior são curtos, pouco ou nada
come. Decidida a “resolver” a situação, não cessa na procura de manjares
alternativos para que ele coma mais, apesar do cão se encontrar no peso certo.
Será que ela também o quer gordo e reluzente? Do que estará à espera para
aumentar os passeios diários do pobre animal? Por vezes, e este é um dos casos,
há cães com mais juízo do que os donos! Serão os cães do futuro de capoeira?
Quiçá, mas os do presente não o são certamente!
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
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