A
frase irlandesa acima podemos traduzi-la como “o lado escuro do Natal” e
reporta-se a um triste e recorrente fenómeno nesta época festiva - o descarte de
cães - que está a ocorrer mais uma vez em massa na República da Irlanda,
segundo fez saber a Dogs Trust Ireland num post recente no Instagram, onde diz
ter recebido mais de 2.600 pedidos
de asilo para cães! Igual vergonha e despropósito já tinham sido observados no
final da pandemia do Covid 19, quando os cães comprados durante o condicionamento
foram entregues e abandonados em massa assim que a vida voltou ao normal.
Diante deste panorama vergonhoso, este ano, a Dog Trust está a implorar às pessoas que não se apressem para ter cães e que considerem tudo o que envolve a sua posse. No mês assado, através da campanha #LifeSentence, esta instituição de caridade reivindicou punições mais duras para os criadores de cachorros, que projectam as suas vendas para esta época festiva. As instituições de caridade irlandesas para cães, incluindo DSCPA e Dogs Trust, suspendem geralmente todas as adopções durante o período de Natal, já que um número alarmante de cães recebidos como presentes de Natal acaba devolvido assim que chega janeiro. Sem abandonar o tema e para reforço do que a Dog Trust Ireland fez saber, tendo em consideração a realidade portuguesa, eu quero dizer que os cães são para quem pode e não somente para quem os quer, porque solicitam atenção, carinho, muita disponibilidade e uma quantidade razoável de dinheiro para fazer face às suas despesas, para além de levarem à alteração de algumas rotinas familiares e de poderem alterar tanto o calendário como o local das férias. Assim, somar cães é somar despesas, é ter vários e não ter nenhum, porque o tempo não estica e todos merecem ser tratados como indivíduos que são, não como anjinhos a voar de mão em mão!
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