quarta-feira, 14 de dezembro de 2022

APRENDA A EVITAR CILADAS

 

Houve uma altura na minha vida em que me vi sujeito a algumas “gravatas”, apertado pelo pescoço na via pública, em locais menos movimentados e sem saber porquê, muito embora a minha estatura para isso contribuísse (1,70 m). Momentos houve em que me senti desanimado, porque sentia que era escolhido em relação a outros transeuntes. Até que um dia descobri que tinha que me vestir e calçar de maneira mais simples, sem transportar muito dinheiro ou objectos de valor. Daí para a frente deixei de ser “engravatado” e por vezes cheguei até a ouvir dizer: “Deixa, é o Portuga!” Segundo a polícia alemã de Brandenburg, no distrito de Märkisch-Oderland, ontem, dia 13 de dezembro, por volta das 22h45, quando passeava o seu cão, um homem de 34 anos foi atacado por 3 homens não identificados na Schulstrasse (rua da escola). Um deles segurou-o, enquanto os outros dois lhe desferiam golpes na cara até cair no chão, tudo para lhe roubarem a carteira. Dois dos ladrões debandaram depois num carro de cor clara e o terceiro fugiu a pé. Ferido, o dono do cão dirigiu-se a um hospital de Berlin onde viria a receber tratamento. Diante do ocorrido, a polícia abriu uma investigação.

Penso que ninguém tem dúvidas que o ocorrido em Märkisch-Oderland se tratou de uma emboscada, que o dono do cão foi surpreendido e que os ladrões esperaram calmamente pelo momento desferir a cilada. Neste caso o alvo do roubo era o dono, mas há casos em que os cães são os alvos a roubar, pelo que homens e cães carecem de cuidados para não serem facilmente emboscados e manietados. Como os cães, independentemente do seu tamanho e envergadura, ouvem e cheiram mais do que nós, são territoriais e veem melhor ao lusco-fusco, importa tirar partido destas vantagens para a protecção de homens e cães, para que identifiquem atempadamente perigos, inimigos e ciladas, denúncias que poderão condenar ao logro as acções criminosas de alguns. Para que os cães possam ajudar-nos nas ruas contra algumas esperas, é importante que os donos cumpram e façam cumprir as seguintes regras:

_Ao sair à rua, nunca diga o nome do cão na via pública, porque a atribuição do nome é o primeiro comando de obediência que instalamos no animal e através dele tanto podemos incentivá-lo como repreendê-lo. Assim, adiantar o nome do cão é submetê-lo à vontade de terceiros; _ Evite ao máximo repreender o seu cão diante de estranhos, para que não aprendam a dominá-lo; _ Em circunstância alguma passe o animal para a mão de estranhos, para que não aceite o seu domínio e autoridade; _ Não consinta que desconhecidos lhe façam festas, para que não se acostume a eles, permita o seu domínio e não denuncie a sua aproximação; _ Não lhe dê guloseimas no exterior e não consinta que outros o façam, o que a acontecer torná-lo-á facilmente corruptível; _ Na eventualidade de ter que deixar o animal solto ou preso em algum lugar, tenha-o sempre debaixo de olho, para evitar que faça amizade com algum estranho e se deixe manobrar.

_ Não o deixe sociabilizar com um cão desconhecido sem antes saber quem é o dono, já que outros cães podem auxiliar na neutralização do seu; _ Pela mesma razão, não permita o domínio de um cão estranho sobre o seu;

_ Não o deixe sociabilizar com um cão desconhecido sem antes saber quem é o dono, já que outros cães podem auxiliar na neutralização do seu; _ Pela mesma razão, não permita o domínio de um cão estranho sobre o seu; _ Impeça que o seu cão coma da mão de estranhos ou procure comida no chão, para evitar que se distraia e seja manietado; 10ª _ Delimite áreas para brincar com o seu cão e não permita que concorra aos brinquedos alheios, para que ávido de encontrá-los acabe por ignorar o que quer dele; 11ª _ MUITO IMPORTANTE: Não ensine o seu cão a dar a pata, porque outros ao fazê-lo acabarão facilmente por ludibriá-lo – basta dizer dá a pata!

Uma vez implementadas estas regras ou protocolos, cabe ainda aos donos, visando a sua segurança e a dos animais que conduzem perante alguma suspeita de ameaça, informarem a família do seu itinerário; sair de casa em diferentes direcções; variar o vestuário; fazer uso de diferentes horários; variar os giros; evitar ruas sem saída, zonas mal iluminadas e áreas florestais; não sair à noite sem serem acompanhados; Não entabular conversa com desconhecidos ou deter-se em locais que desconhecem; manter uma distância máxima de 200 m de um posto ou esquadra de polícia e regressar a casa por caminhos diferentes. Será igualmente importante que se façam acompanhar de um telemóvel barato nos passeios com os cães, o dito TELEMÓVEL DO CÃO, para poderem em caso de necessidade serem contactados ou localizados. A caça aos donos dos cães já abriu, tem tendência para continuar e presta-se a uma variedade de crimes – há que estar atento a possíveis emboscadas, que incidirão preferencialmente sobre os mais vulneráveis e apetecíveis.

PS: Em caso de manifesta ameaça, há que contactar quanto antes as autoridades.

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