Houve
uma altura na minha vida em que me vi sujeito a algumas “gravatas”, apertado
pelo pescoço na via pública, em locais menos movimentados e sem saber porquê,
muito embora a minha estatura para isso contribuísse (1,70 m). Momentos houve
em que me senti desanimado, porque sentia que era escolhido em relação a outros
transeuntes. Até que um dia descobri que tinha que me vestir e calçar de
maneira mais simples, sem transportar muito dinheiro ou objectos de valor. Daí
para a frente deixei de ser “engravatado”
e por vezes cheguei até a ouvir dizer: “Deixa, é o Portuga!” Segundo a polícia alemã
de Brandenburg, no distrito de Märkisch-Oderland, ontem, dia 13 de dezembro,
por volta das 22h45, quando passeava o seu cão, um homem de 34 anos foi atacado
por 3 homens não identificados na Schulstrasse (rua da escola). Um deles
segurou-o, enquanto os outros dois lhe desferiam golpes na cara até cair no
chão, tudo para lhe roubarem a carteira. Dois dos ladrões debandaram depois num
carro de cor clara e o terceiro fugiu a pé. Ferido, o dono do cão dirigiu-se a
um hospital de Berlin onde viria a receber tratamento. Diante do ocorrido, a
polícia abriu uma investigação.
Penso
que ninguém tem dúvidas que o ocorrido em Märkisch-Oderland se tratou de uma
emboscada, que o dono do cão foi surpreendido e que os ladrões esperaram
calmamente pelo momento desferir a cilada. Neste caso o alvo do roubo era o dono,
mas há casos em que os cães são os alvos a roubar, pelo que homens e cães
carecem de cuidados para não serem facilmente emboscados e manietados. Como os
cães, independentemente do seu tamanho e envergadura, ouvem e cheiram mais do que
nós, são territoriais e veem melhor ao lusco-fusco, importa tirar partido
destas vantagens para a protecção de homens e cães, para que identifiquem
atempadamente perigos, inimigos e ciladas, denúncias que poderão condenar ao
logro as acções criminosas de alguns. Para que os cães possam ajudar-nos nas
ruas contra algumas esperas, é importante que os donos cumpram e façam cumprir
as seguintes regras:
1ª_Ao
sair à rua, nunca diga o nome do cão na via pública, porque a atribuição do
nome é o primeiro comando de obediência que instalamos no animal e através dele
tanto podemos incentivá-lo como repreendê-lo. Assim, adiantar o nome do cão é submetê-lo
à vontade de terceiros; 2ª _ Evite ao máximo repreender o seu cão diante
de estranhos, para que não aprendam a dominá-lo; 3ª
_ Em circunstância alguma passe o animal para a mão de estranhos, para que não
aceite o seu domínio e autoridade; 4ª _ Não consinta que desconhecidos lhe façam
festas, para que não se acostume a eles, permita o seu domínio e não denuncie a
sua aproximação; 5ª _ Não lhe dê guloseimas no exterior e não consinta que
outros o façam, o que a acontecer torná-lo-á facilmente corruptível; 6ª _ Na
eventualidade de ter que deixar o animal solto ou preso em algum lugar, tenha-o
sempre debaixo de olho, para evitar que faça amizade com algum estranho e se
deixe manobrar.
7ª _ Não o deixe sociabilizar com um cão desconhecido sem antes saber quem é o dono, já que outros cães podem auxiliar na neutralização do seu; 8ª _ Pela mesma razão, não permita o domínio de um cão estranho sobre o seu;
7ª _
Não o deixe sociabilizar com um cão desconhecido sem antes saber quem é o dono,
já que outros cães podem auxiliar na neutralização do seu; 8ª _ Pela mesma razão, não permita o
domínio de um cão estranho sobre o seu; 9ª _ Impeça que o seu cão coma da mão de estranhos
ou procure comida no chão, para evitar que se distraia e seja manietado; 10ª _
Delimite áreas para brincar com o seu cão e não permita que concorra aos
brinquedos alheios, para que ávido de encontrá-los acabe por ignorar o que quer
dele; 11ª
_ MUITO IMPORTANTE: Não
ensine o seu cão a dar a pata, porque outros ao fazê-lo acabarão facilmente por
ludibriá-lo – basta dizer dá a pata!
Uma vez implementadas estas regras ou
protocolos, cabe ainda aos donos, visando a sua segurança e a dos animais que
conduzem perante alguma suspeita de ameaça, informarem a família do seu itinerário;
sair de casa em diferentes direcções; variar o vestuário; fazer uso de diferentes
horários; variar os giros; evitar ruas sem saída, zonas mal iluminadas e áreas florestais;
não sair à noite sem serem acompanhados; Não entabular conversa com
desconhecidos ou deter-se em locais que desconhecem; manter uma distância
máxima de 200 m de um posto ou esquadra de polícia e regressar a casa por
caminhos diferentes. Será igualmente importante que se façam acompanhar de um
telemóvel barato nos passeios com os cães, o dito TELEMÓVEL
DO CÃO, para poderem em caso de necessidade serem contactados
ou localizados. A caça aos donos dos cães já abriu, tem tendência para
continuar e presta-se a uma variedade de crimes – há que estar atento a
possíveis emboscadas, que incidirão preferencialmente sobre os mais vulneráveis
e apetecíveis.
PS: Em caso de manifesta ameaça, há que contactar quanto antes as autoridades.
Sem comentários:
Enviar um comentário