Na
cidade australiana de Cairns, na passada quarta-feira, quando Alan Benn e a sua
filha Alia passeavam pela manhã a cadela Labradora Indie (foto acima), animal
de 11 anos de idade e de 45 kg de peso, na ponte Kamerunga sobre o rio Barron,
a cadela foi subitamente agarrada por um crocodilo que a puxou para a água e
que lhe ceifou a vida. Alan Benn, visivelmente abatido, disse que o local onde
a cadela foi caçada é um local bastante popular para onde as famílias vão
pescar e brincar, pelo que teme agora pela sua segurança (foto seguinte).
Para
ajudar a evitar novos acidentes e alertar para o perigo que os crocodilos
representam para todos, a família Benn colocou uma placa na margem do rio onde
se pode ler: “cão levado por um crocodilo, a data do incidente e uma pergunta
arrepiante – será que para a próxima vai ser uma criança?”
No
extremo norte de Queensland, onde geograficamente tudo se passou, os crocodilos
são bastante comuns nas águas, territórios onde são reis e senhores, merecendo
das populações um profundo respeito. Simon Booth, do Departamento do Meio
Ambiente e Ciência de Queensland, ao tomar conhecimento do ocorrido, serenou os
ânimos ao dizer que o seu departamento está ciente da presença de crocodilos na
área relatada e que pretende removê-los dali.
Um crocodilo no seu território e com fome, à falta de melhor, achará qualquer cão um petisco apetitoso, conforme ficou provado. Como os homens vão cada vez mais surripiando territórios às outras espécies, comprometendo com isso a sua sobrevivência, é mais do que natural que aconteçam conflitos de vária ordem pelo direito à vida de cada uma das espécies. Lamento o sucedido, mas compreendo a necessidade do crocodilo matar para sobreviver. O que eu não compreendo é a predação canina que levou ao desaparecimento de várias espécies a rogo ou com o consentimento humano. No extremo norte de Queensland, os crocodilos são bastante comuns nos cursos de água e as populações sabem disso, pelo que depreendo que, momentaneamente e numa má hora, a família Benn não usou das cautelas necessárias.
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