terça-feira, 20 de dezembro de 2022

JÁ ANDA POR ONDE OS GENUÍNOS NUNCA ANDARAM!

 

Estou a falar de um novo cão-robot com 8.1647 kg de peso e apenas e 33,02 cm de comprimento, que é capaz de escalar e de andar nos tectos graças aos seus pés magnéticos, obra de pesquisadores sul-coreanos do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul, que publicaram um artigo a seu respeito na semana passada na Science Robotics, detalhando a sua nova criação – MARVEL – abreviação de “Robot Magneticamente adesivo para locomoção Versátil e Expedita”. A Marvel faz jus ao seu nome e ao seu acrónimo, graças às suas quatro pernas electromagnéticas com pontas de materiais inteligentes chamados “elastómeros magnetoreológicos” (MREs). Estes MREs, no que concerne à sua consistência e elasticidade, lembram a borracha, mas contêm componentes como pó de ferro carboxílico, que os torna capazes de conduzir força electromagnética.

Como também foi adiantado no fim-de-semana passado, a Marvel já se destaca em escalar paredes e tectos planos de metal em velocidades que oscilam entre os 48 e 60 cm por segundo. Este robot também é capaz de progredir em superfícies metálicas curvas como tanques de armazenamento, mesmo pintados, desde que a espessura da tinta não ultrapasse os 0,3 milímetros de espessura sob pó e ferrugem. Os pesquisadores também observaram no estudo que o Marvel pode vencer uma variedade de obstáculos como fissuras com 10 centímetros de largura, barreiras de 5 cm de altura, ao mesmo tempo que transita facilmente entre as configurações de pisos, paredes e tectos. Esta extraordinária versatilidade pode transformar robots deste tipo em excelentes inspectores industriais, também de navios, pontes e edifícios altos, potencialmente perigosos para os seres humanos. Do tamanho de um cão pequeno, o Marvel é incrivelmente portátil e fácil de manusear.

Já se percebeu que os animais estão a ser uma fonte de inspiração para a fabricação de vários robots, robots que futuramente pouparão muitas vidas humanas e caninas (já o fazem hoje ao serem usados nas guerras). Futuramente, o adestramento como o conhecemos hoje, dará lugar pouco a pouco aos robots e à robótica, os cães serão dispensados das tarefas e os donos brincarão aos jogos de guerra até que sejam chamados para uma tarefa mais séria, para participar em algum conflito. Que cheguem depressa esses tempos vindouros, os cães agradecem e o meu Paulo Jorge adorará fazer sentado aquilo que nunca conseguiu fazer de pé! É verdade, os futuros adestradores não precisarão de ser estóicos ou esforçados, simplesmente inteligentes!

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