Circular com cães
soltos sem açaime nos espaços urbanos, particularmente com aqueles que
potenciaram a sua mordedura em churros e nós de corda, que aprenderam a atacar
mangas, fatos de ataque e intrusos com protecções ocultas, é a mesma coisa que
negar a possibilidade de acidentes e a ocorrência de imprevistos ou surpresas –
uma tremenda irresponsabilidade que é punível pela lei! Assim, todas as escolas
caninas deveriam recomendar o uso de açaime a todos os cães iniciados ou habilitados
na disciplina de guarda, quando os seus condutores optarem por conduzi-los em
liberdade nos espaços urbanos. O uso do açaime nada atrapalha e apenas impede
os cães de morder em quem não devem. O melhor local para acostumar os animais
ao açaime é o espaço escolar e/ou no exterior com os cães à trela, capacitação
que hoje levámos a cabo. Na foto acima vemos o CPA Bohr com um açaime posto
junto a uma caixa de multibanco ao lado do seu dono. Na foto seguinte, junto a
um elefante natalício, vemos o mesmo cão junto com à sua companheira de classe,
a CPA Olívia, que ultimamente tem sido obrigada a fazer gazeta à escola.
Se o açaime não
causa qualquer transtorno a um cão obediente, ele é capaz de ser um excelente
subsídio para inibir as arremetidas não ordenadas dos cães mais desatentos ou
desobedientes. Como podemos observar na foto abaixo, os açaimes deverão ser
leves, resistentes, ergonómicos e possibilitar o refrescamento dos cães, tendo
para isso uma parte metálica que lhes garante em simultâneo a normalidade dos
ritmos vitais durante os exercícios. O açaime pode também ser utilizado nos
cães escolares que teimam em alcançar a sociabilização inter pares, evitando-se
assim ataques dolosos de difícil esquecimento e que normalmente geram ajustes
de contas.
Na foto seguinte, a
provar o que atrás dissemos, vemos o CPA Bohr a saltar sobre uma floreira
pública, exactamente como faria sem o açaime posto. Por outro lado, o açaime
quando posto num cão, impõe respeito e algum temor, o que é óptimo para o cão
açaimado, que ao invés de ser incomodado e bajulado, passa a ser mais
respeitado e menos importunado.
Também na execução
de túneis ou perante a necessidade de rastejar, o açaime não atrapalha e pode
até ajudar nestes trabalhos, funcionando como um pequeno escudo frontal e
ajudando ao desequilíbrio necessário para um rastejar mais célere (o utensílio
obriga o cão a levantar a cabeça e a abaixar a traseira).
E o mais curioso
disto tudo, é que o açaime ensina os cães a usar o seu peso e a derrubar os
seus opositores sem os ferir, quando convidados para as diversas induções com o
açaime posto. Na impossibilidade de morderem, os cães bem depressa aprenderão a
usar o seu poder de choque e a alcançar o seu domínio posicional sobre os seus
oponentes, não consentindo que se levantem. Na foto abaixo, mais para lembrar a
época festiva que atravessamos, vemos os dois Pastores Alemães na frente da
casa do Pai Natal.
Pelos mais diversos motivos, inclusive a enxurrada que fustigou a Capital e os seus arredores, esta sessão de treino foi a menos concorrida deste ano, o que não impediu que dela tirássemos o rendimento procurado.
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