A Zazá, nome porque é
tratada pelos seus familiares, amigos e clientes (vende flores num mercado),
adora cães e não tem poucos, sendo normalmente obsequiada com alguns vindos dos
abrigos e outros de quem não os consegue sustentar. Terá no total uma dezena de
cães dentro da sua pequena quinta, entre eles dois dóceis e robustos mestiços
de Pitbull, um casal e irmãos de ninhada, que de um momento para o outro já
mataram um cão à dona e deixaram outro às portas da morte. Alarmada com o
sucedido e impotente para resolver o problema, a Zazá decidiu contactar-nos.
Hoje fomos visitá-la e inteirar-nos dos problemas que a atormentam, apostados
em arranjar-lhes solução. Os cães em questão dormem em casa com a dona (a
cadela é a mais arredia e resistente), não respondem a nenhuma liderança, não
foram objecto de qualquer tipo de ensino, não estão acostumados a andar à trela,
afastam violentamente os restantes cães do seu território e são
extraordinariamente afáveis com as pessoas, quer elas sejam conhecidas ou
desconhecidas.
Empenhados em devolver a
liderança daqueles cães à dona, atrelámos os dois em momentos diferentes,
primeiro a cadela e depois o cão, muito embora os acessórios disponíveis não
fossem os mais indicados. Começámos pela cadela porque suspeitámos que iria ser
um pouco mais difícil que o cão. Depois de experimentada e conduzida pelo Adestrador,
não fosse o diabo tecê-las, a Lua foi depois para as mãos da dona e com ela
executou irrepreensivelmente os primeiros comandos direccionais, debaixo da
supervisão do Adestrador e dentro da quinta que bem conhece.
Depois chegou a vez do
cão, que é substancialmente maior que a sua irmã. Também ele executou tudo o
que lhe foi pedido e fê-lo alegremente. Na foto seguinte podemos ver a evolução
deste binómio recém-formado entre roseiras e laranjeiras, também a descontracção
e alegria da Zazá.
Contente e motivada com os
resultados alcançados, a Zazá decidiu treinar os seus cães, contando com o
auxílio do Adestrador nessa necessidade e aventura. Não é fácil tomar uma
decisão destas aos 70 com cães pesados e em bruto, quando se tem menor
disponibilidade, força e equilíbrio. No entanto, quando tal acontece, há que
respeitar e felicitar quem a toma, pelo que esta septuagenária está de
parabéns. Se permanecer nesta vontade e confiar no nosso auxílio, estamos
certos que será bem-sucedida.
Sem comentários:
Enviar um comentário