segunda-feira, 22 de abril de 2019

ZAZÁ: A VONTADE DOS 70

A Zazá, nome porque é tratada pelos seus familiares, amigos e clientes (vende flores num mercado), adora cães e não tem poucos, sendo normalmente obsequiada com alguns vindos dos abrigos e outros de quem não os consegue sustentar. Terá no total uma dezena de cães dentro da sua pequena quinta, entre eles dois dóceis e robustos mestiços de Pitbull, um casal e irmãos de ninhada, que de um momento para o outro já mataram um cão à dona e deixaram outro às portas da morte. Alarmada com o sucedido e impotente para resolver o problema, a Zazá decidiu contactar-nos. Hoje fomos visitá-la e inteirar-nos dos problemas que a atormentam, apostados em arranjar-lhes solução. Os cães em questão dormem em casa com a dona (a cadela é a mais arredia e resistente), não respondem a nenhuma liderança, não foram objecto de qualquer tipo de ensino, não estão acostumados a andar à trela, afastam violentamente os restantes cães do seu território e são extraordinariamente afáveis com as pessoas, quer elas sejam conhecidas ou desconhecidas.
Empenhados em devolver a liderança daqueles cães à dona, atrelámos os dois em momentos diferentes, primeiro a cadela e depois o cão, muito embora os acessórios disponíveis não fossem os mais indicados. Começámos pela cadela porque suspeitámos que iria ser um pouco mais difícil que o cão. Depois de experimentada e conduzida pelo Adestrador, não fosse o diabo tecê-las, a Lua foi depois para as mãos da dona e com ela executou irrepreensivelmente os primeiros comandos direccionais, debaixo da supervisão do Adestrador e dentro da quinta que bem conhece.
Depois chegou a vez do cão, que é substancialmente maior que a sua irmã. Também ele executou tudo o que lhe foi pedido e fê-lo alegremente. Na foto seguinte podemos ver a evolução deste binómio recém-formado entre roseiras e laranjeiras, também a descontracção e alegria da Zazá.
Contente e motivada com os resultados alcançados, a Zazá decidiu treinar os seus cães, contando com o auxílio do Adestrador nessa necessidade e aventura. Não é fácil tomar uma decisão destas aos 70 com cães pesados e em bruto, quando se tem menor disponibilidade, força e equilíbrio. No entanto, quando tal acontece, há que respeitar e felicitar quem a toma, pelo que esta septuagenária está de parabéns. Se permanecer nesta vontade e confiar no nosso auxílio, estamos certos que será bem-sucedida. 

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