Ontem tivemos notícia que
em Munique um Leão da Rodésia saltou o muro de uma represa (Stauwehr English
Garden em Oberföhring) e estatelou-se numa calçada 15 metros mais abaixo,
encontrando-se neste momento entregue aos cuidados dos veterinários e em estado
que inspira cuidados. Infelizmente não é o primeiro cão que salta o muro
daquela represa e se não forem tomadas medidas, outros saltarão e quiçá até
crianças (queira Deus que não!).
Ao tomar conhecimento
desta notícia senti-me na obrigação de alertar os proprietários caninos para a
questão dos saltos na via pública e como evitá-los, porque também já nos
sucedeu um disparate idêntico com um cão da escola - o Rio, um Labrador
saltitão que distante do seu dono, lembrou-se de saltar um muro de pedra
aparentemente inofensivo (nem o dono suspeitou), vindo a cair num parque de
estacionamento subterrâneo de uma altura de 3 metros. Como consequência do
salto acabou por partir alguns ossos da bacia.
O adestramento não tem só
vantagens e pode trazer muitas desgraças se os donos ou condutores dos cães
forem naturalmente distraídos, descuidados, inconscientes ou irresponsáveis,
particularmente quando à revelia da lei circulam com os animais soltos,
dispensados de ordem e por locais amplos e nem sempre conhecidos. Todo o cão que
é vedeta nos saltos escolares, nomeadamente aquele que treina numa pista
táctica, tende a vir para a rua fazer o mesmo e nem ele nem o dono esperam que
um dia salte indevidamente o que não deve e venha a pôr em risco a sua
integridade. Do mesmo modo é uma tremenda sandice e insanidade soltar um cão
treinado para guarda e deixá-lo avançar por sua auto-recriação, liberto de
ordens e por onde lhe der na gana (entende-se porquê).
Por pouco cómodo que nos
pareça, e aqui fala a experiência, nenhum cão treinado deverá ser solto a não
ser debaixo de ordem e em locais conhecidos dos binómios, para que não se
lembre de “inventar serviço” e venha a sofrer ou a causar acidentes. O código,
que congrega a totalidade dos comandos instalados, foi feito para ser usado,
mormente na via pública, onde não faltam perigos e gente capaz de despoletar, voluntária
ou involuntariamente, os mecanismos de agressividade dos nossos cães. Os
comandos são formas eficazes de entendimento e como tal não deverão ser
desprezados.
Sem comentários:
Enviar um comentário