Ver um homem a passear pelo
campo com um cachorro ao lado não é motivo de espanto, será porventura motivo
de alegria, um quadro que suscita carinho. Mas quando o cachorro marcha em liberdade
alinhado pelo dono praticamente colado ao seu joelho esquerdo, já não é muito
comum. E muito mais incomum é vê-lo acompanhar o dono nas diferentes mudanças
de direcção e inversões de marcha como se de duas linhas paralelas se tratassem.
E se eu vos disser que o cachorro tem apenas 5 meses de idade e um de treino?
Parece mentira mas é verdade e as fotos estão aqui a testemunhá-lo, a
lembrar-nos que existe um Labrador chamado Soneca, um cão excepcional que nos
caiu em mãos.
Ontem, durante o treino
matinal, mandámos o seu dono soltá-lo e conduzi-lo em liberdade, esperançados
que tudo iria correr bem e, correu! É evidente que por detrás de um bom cão
esconde-se a figura do seu dono, que tirando partido do potencial do animal, aproveita-o
e potencia-o, ao ponto de se tornarem “unha com carne”. Como quem nos conhece
sabe, raramente tecemos elogios, mas o Jorge merece-os pela dedicação, humildade
para aprender e trabalho desenvolvido. Extraordinariamente cúmplice do seu cão,
sempre disposto a recompensá-lo e incentivá-lo, o Jorge tem sido um mestre e um
exemplo para o Soneca, o primeiro responsável pelo precoce despertar laboral do
cachorro.
Com o “junto” assimilado,
quisemos conferir se já havia feito o mesmo com os comandos de “quieto” e “aqui”.
Como não confiamos na sorte e não somos dados a deslumbramentos, pedimos que
esses comandos fossem executados a 50 m do condutor, sabendo que o cachorro aguenta o “quieto”
por tempo indeterminado e sem a recorrência a qualquer comando inibitório.
Quando chegou a vez do “aqui”,
o pequeno cachorro explodiu de alegria e correu célere para o seu dono,
demonstrando-lhe o carinho que nutre por ele. Tudo isto aconteceu com cães à
volta, debaixo de sol escaldante, chão irregular, erva alta e depois de
exigentes exercícios de ginástica cinotécnica.
Depois
de assistirmos a este desempenho e despertar, sentimo-nos mais fortes para
suportar aqueles que levam mais tempo a lá chegar. Parabéns Jorge, Felicidades
Soneca.
PS: Não nos foi possível
mostrar a distância total entre o dono e o cachorro por dificuldades técnicas (máquina e diagramação do blogue),
pelo que só pudemos mostrar os momentos da partida do dono e da chegada do cão.
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