segunda-feira, 28 de julho de 2014

ANARQUIA EM CASA, DISPARATE NA ESCOLA

À imitação dos “cowdogs” da quinta, assim são também os cães remetidos para os quintais, onde passam a maior parte dos dias sozinhos e que aguardam impacientes a chegada dos donos, por norma à porta da cozinha ou no tapete da entrada, dispensados de sair, privados da excursão, arredados da sociabilização e autorizados a urinar e defecar por ali. E como um mal nunca vem só, a um cão irá juntar-se outro naquele redil, na esperança que façam companhia um ao outro e se sintam mais felizes. Por norma o primeiro cão é pequeno e sem raça ou então um igual ao segundo mas sem préstimo, o que infelizmente irá sujeitar o mais novo ao domínio do mais antigo naquele local, dotando-o das incapacidades e temores que carrega.
Acostumado à submissão, o cachorro chegará à escola com medo de tudo e todos, submetendo-se aos seus colegas de classe sem esboçar qualquer defesa. A disparidade entre o tempo que passa no quintal e em que está acompanhado é a mesma entre o tempo em que se encontra solto e é convidado para trabalhar, de 10 para 1. Se porventura não é o seu condutor que o alimenta, a situação agrava-se por ausência de laços afectivos e consequente estranheza da liderança, não sendo de estranhar que o animal resista á condução atrelada e se desencante pelo treino. O panorama complica-se ainda mais se não houver a recapitulação doméstica dos exercícios escolares. Apesar de há muito se saber que o dono do cão é o patrão da comida e que os conteúdos escolares necessitam de recapitulação em casa, até porque o animal não se destina à escola, todos os anos levamos com casos destes! Urge mudar de atitude, elucidar mais uma vez e alertar os condutores caninos para as suas responsabilidades.

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