terça-feira, 10 de novembro de 2009

Um osso duro de roer

Apesar das sucessivas advertências, porque estava distraído ou não ouviu, há sempre quem acabe por lesar o seu cão involuntariamente. Esta semana a vítima foi o Zappa e a proeza coube ao seu dono. Como é costume, no intuito de cativar o cliente, a Dª Mª José, gerente da Casa Galrão, sempre oferece um mimo a quem compra uma saca de Flatazor, porque a ração apenas garante a qualidade e não dá mais nada. Conforme o que tem disponível, distribui de tudo um pouco: bonés, T-shirts, brinquedos, ossos de couro e desidratados, na recomendação de que os cães tudo merecem. Coube ao Sr. João Franco um osso.
Ao chegar a casa distribuiu de imediato a guloseima ao Zappa que não se fez rogado. O bicho parecia enfeitiçado e não largava o osso por nada, até que o consumiu totalmente. O pior veio depois, o cão queria defecar e não era capaz, contorcendo-se com dores e olhando ao flanco. O tempo passava e o sofrimento aumentava, o suplício agravava-se e a solução tardava. Finalmente, depois de dois clisteres, o problema foi resolvido e ninguém ganhou para o susto. É caso para se dizer: que osso duro de roer!
Muita atenção aos ossos à venda no mercado, porque sendo desidratados, quebram com mais facilidade e podem prender-se nos intestinos dos cães, o que obriga a medidas excepcionais e pode ser fatal pela morosidade do socorro. Além disso, a conservação dos ossos é feita por um agente químico, geralmente responsável, nalguns casos, por inesperadas diarreias. A distribuição de ossos aos cães é dispensável, porque actualmente existem melhores subsídios para a limpeza dos seus dentes. Mas quando o cão suplica e o dono não se aguenta, o osso indicado é da pá de vaca (fresco e oriundo do talho), porque não se estilhaça e é de fácil absorção, devendo ser só distribuído depois de cozido.

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