Lászlo Bölöni, um romeno de ascendência húngara, foi treinador da equipa profissional do Sporting há algumas épocas atrás. A ele se ficou a dever, além de outras coisas, o lançamento para a ribalta de algumas das jovens promessas leoninas. Apesar de ser um homem de méritos reconhecidos e profundamente metodológico, não escapou aos apupos de muitos, maioritariamente treinadores de bancada e também filiados no F.C. do Deita-Abaixo. Certo dia, diante das câmaras televisivas e após um jogo, fustigado por perguntas tolas, explodiu ironicamente: “Em cada português há um treinador, em Portugal toda a gente entende de futebol!” Perante a afirmação, houve quem ficasse magoado no seu orgulho Pátrio, na interiorização do pensamento: “quem é este gajo para falar de nós, precisava era de quem lhe partisse as trombas!”
Infelizmente, o português continua à procura da rolha e sempre assim foi, proliferando entre nós uma dificuldade inata, a relativa à nossa congregação e unidade, porque mais depressa nos identificamos com um forasteiro do que com o vizinho do lado. Nos momentos mais difíceis da nossa história vingou a doutrina do “entre a espada e a parede”, algo que as crónicas sobre a Batalha de Aljubarrota não desmentem, nomeadamente sobre os conselhos para a linha da frente das hostes luso-inglesas. O português é sempre daquele que ganha e quando perde, remete o resultado para os meandros do fado e desaproveita as lições dos seus erros. E nisto os outros povos pouco diferem, apesar de mais unidos do que nós. Dificilmente passamos da tribo para a Nação e continuamos hábeis no fabrico das dissensões. E depois, lá surge o espectro da “justiça de Penafiel”, que alguns reclamam e ninguém quer!
Historicamente sempre discutimos futebol, política e código da estrada. Agora que os cães se vulgarizaram, passámos também a opinar sobre estes companheiros, a criticar métodos e treinadores, desconhecendo-os e a fomentar quezílias no seio da canicultura portuguesa, como se ela fosse inabalável e apenas produzisse esterco. Lamentavelmente, diante da situação, nenhuma deontologia subsiste e proliferam patadas para todos os gostos. Será que a nossa pequenez demográfica e geográfica contribui para o fenómeno, que nos obriga a tropeçar uns nos outros? A unidade dos treinadores peca por ser tardia e enferma pela cultura adjacente, sucumbe ao vírus da maledicência e retarda a sua convalescença. Se estes profissionais, enquanto minoria, trabalhassem no estrangeiro, certamente adquiririam outra postura e assimilariam sem delongas a ética profissional reinante, tornando-se gente irrepreensível e digna de louvor: melhores entre os demais. Não é isso visível nos nossos trabalhadores emigrantes? Porque insistimos em ser pássaros de gaiola, daqueles que sempre borram no mesmo sítio? A unidade é possível e a todos beneficiará. De outro modo, os “assentados” em S.Bento plagiarão decretos para além da nossa realidade, denegrindo a nossa qualidade e nivelando-a por outras bem abaixo da nossa. Até quando necessitaremos da hegemonia do porrete e nos comportaremos como nativos assimilados nesta Europa?
Infelizmente, o português continua à procura da rolha e sempre assim foi, proliferando entre nós uma dificuldade inata, a relativa à nossa congregação e unidade, porque mais depressa nos identificamos com um forasteiro do que com o vizinho do lado. Nos momentos mais difíceis da nossa história vingou a doutrina do “entre a espada e a parede”, algo que as crónicas sobre a Batalha de Aljubarrota não desmentem, nomeadamente sobre os conselhos para a linha da frente das hostes luso-inglesas. O português é sempre daquele que ganha e quando perde, remete o resultado para os meandros do fado e desaproveita as lições dos seus erros. E nisto os outros povos pouco diferem, apesar de mais unidos do que nós. Dificilmente passamos da tribo para a Nação e continuamos hábeis no fabrico das dissensões. E depois, lá surge o espectro da “justiça de Penafiel”, que alguns reclamam e ninguém quer!
Historicamente sempre discutimos futebol, política e código da estrada. Agora que os cães se vulgarizaram, passámos também a opinar sobre estes companheiros, a criticar métodos e treinadores, desconhecendo-os e a fomentar quezílias no seio da canicultura portuguesa, como se ela fosse inabalável e apenas produzisse esterco. Lamentavelmente, diante da situação, nenhuma deontologia subsiste e proliferam patadas para todos os gostos. Será que a nossa pequenez demográfica e geográfica contribui para o fenómeno, que nos obriga a tropeçar uns nos outros? A unidade dos treinadores peca por ser tardia e enferma pela cultura adjacente, sucumbe ao vírus da maledicência e retarda a sua convalescença. Se estes profissionais, enquanto minoria, trabalhassem no estrangeiro, certamente adquiririam outra postura e assimilariam sem delongas a ética profissional reinante, tornando-se gente irrepreensível e digna de louvor: melhores entre os demais. Não é isso visível nos nossos trabalhadores emigrantes? Porque insistimos em ser pássaros de gaiola, daqueles que sempre borram no mesmo sítio? A unidade é possível e a todos beneficiará. De outro modo, os “assentados” em S.Bento plagiarão decretos para além da nossa realidade, denegrindo a nossa qualidade e nivelando-a por outras bem abaixo da nossa. Até quando necessitaremos da hegemonia do porrete e nos comportaremos como nativos assimilados nesta Europa?
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