Vamos à notícia que se conta em poucas
linhas. Na última Sexta-feira, dia 17 do corrente mês, no aeroporto de Auckland/Nova
Zelândia, um cadela de nome Grizz, adestrado para detectar explosivos/bombas, obviamente
mal adestrada, escapou-se para a pista asfaltada de aterragem e partida dos
aviões daquele aeroporto, permanecendo ali três horas sem que ninguém a
conseguisse apanhar, vindo depois a ser abatida pela polícia, já que tinha
atrasado 16 voos domésticos e internacionais, porque os pilotos dos respectivos
aviões, temendo pela segurança dos passageiros, optaram por não descolar com o
animal à solta. De Acordo com o jornal “New Zealand Herald”, a cadela não se
encontrava na pista mas no perímetro exterior daquele aeroporto. Para não ferir
susceptibilidades pela opção letal, foi dito aos passageiros envolvidos no
incidente que a Grizz tinha sido apanhada e só depois lhes foi adiantado que
havia sido morta. Inquiridos sobre a solução encontrada, 60% deles achou
desnecessária a morte do animal. Houve quem questionasse qual razão que levou a
polícia a não utilizar dardos tranquilizantes. Decididamente o medo do
terrorismo e dos terroristas tem tomado conta das sociedades ocidentais.
Não sabemos que preparação específica tinha a
segurança daquele aeroporto para lidar com um problema destes, como não
sabemos, e tudo indica que não, se a polícia tinha outros meios à sua
disposição. Certo é que a Grizz foi abatida gratuitamente e por “fogo amigo”,
talvez por alguém que a considerasse “apenas um cão”, apesar dos custos e da
relevância do seu trabalho. Faltarão lá para a Nova Zelândia adestradores?
Andarão ali a ter pesadelos com cães-bomba? Em três horas não houve ninguém
capaz de apanhar um cão manso à partida? Pese embora a morte da Grizz, pensamos
e desejamos que ela não tenha sido em vão, que no futuro o bom senso impere e
que situações como estas, ao servirem de lição, não se repitam. Há horas e
latitudes onde não se pode ser cão, particularmente tendo como inimigo a Polícia
Kiwi.
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