quarta-feira, 15 de março de 2017

DESCALÇA VAI PARA A FONTE LEONOR PELA VERDURA; VAI FORMOSA, E NÃO SEGURA…

Ao repararmos no lastimável “junto” que a condutora acima ministra ao seu cão, lembrámo-nos imediatamente do poema de Camões, porque apesar da graciosidade que a idade lhe oferece, a jovem persiste numa asneira fatal e poderá vir a comprometer de sobremaneira tanto a saúde como o futuro desempenho do seu animal, caso não se corrija e induza o cão à correcção. Como podemos ver, o animal vai atrasado em relação à sua líder, mais ou menos 50 cm, se considerarmos a diferença existente entre a projecção das pernas da menina e a amplitude dos anteriores do cão. O “junto” perfeito pressupõe o alinhamento das mãos do cão pelo pé de projecção do seu condutor, como podemos ver 2º binómio em curso, muito embora este não sirva de exemplo absoluto, porque o seu condutor vai em esforço, à boleia e a segurar trela como se de uma rédea de carroça se tratasse, de braço flectido e a impulsionar o cão para trás, para além de se deslocar de cabeça abatida, mímica que atenta contra o alinhamento requerido e que induz à aceleração do cão pelo impacto visual causado (deverá ser o cão a olhar para o dono e não o inverso, a menos que seja o animal a ministrar a obediência ao seu condutor). O “junto” atrasado da menina, para além de condicionar o cão ao “passo de andadura”, relaxe que atenta contra a sua prontidão e preparo físico, está a ensinar o animal a ser manhoso, a persistir na teimosia e a comprometer a sua futura condução em liberdade. A menina vai formosa e o cão a fazer-lhe a folha! 

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