Ao repararmos no lastimável “junto” que a
condutora acima ministra ao seu cão, lembrámo-nos imediatamente do poema de
Camões, porque apesar da graciosidade que a idade lhe oferece, a jovem persiste
numa asneira fatal e poderá vir a comprometer de sobremaneira tanto a saúde
como o futuro desempenho do seu animal, caso não se corrija e induza o cão à
correcção. Como podemos ver, o animal vai atrasado em relação à sua líder, mais
ou menos 50 cm, se considerarmos a diferença existente entre a projecção das
pernas da menina e a amplitude dos anteriores do cão. O “junto” perfeito pressupõe
o alinhamento das mãos do cão pelo pé de projecção do seu condutor, como
podemos ver 2º binómio em curso, muito embora este não sirva de exemplo
absoluto, porque o seu condutor vai em esforço, à boleia e a segurar trela como
se de uma rédea de carroça se tratasse, de braço flectido e a impulsionar o cão
para trás, para além de se deslocar de cabeça abatida, mímica que atenta contra
o alinhamento requerido e que induz à aceleração do cão pelo impacto visual
causado (deverá ser o cão a olhar para o dono e não o inverso, a menos que seja
o animal a ministrar a obediência ao seu condutor). O “junto” atrasado da
menina, para além de condicionar o cão ao “passo de andadura”, relaxe que
atenta contra a sua prontidão e preparo físico, está a ensinar o animal a ser
manhoso, a persistir na teimosia e a comprometer a sua futura condução em
liberdade. A menina vai formosa e o cão a fazer-lhe a folha!
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