A Sr.ª Andrea Leadsom, de 54 anos, membro do
Partido Conservador Britânico e Secretária do Ambiente do Governo de Sua
Majestade, que em tempos chegou a candidatar-se ao cargo de Primeiro-Ministro e
que é uma defensora acérrima do “Brexit”, anuncia agora planos para um
licenciamento mais apertado sobre os canicultores, quer eles sejam de quintal
ou profissionais, visando a rigorosa observância do bem-estar animal. Um dos
planos adiantados estabelece a idade mínima para a venda dos cachorros – 8 semanas,
sendo considerável ilegal qualquer venda anterior a esse tempo de vida.
Qualquer cidadão que crie anualmente três ou mais ninhadas terá que ter uma
licença formal que o habilite para tal. Ainda segundo Leadsom, tanto os
criadores comerciais como os esporádicos terão de cumprir rigorosos critérios de
bem-estar e aqueles que vendem animais de estimação na internet estarão
sujeitos aos mesmos regulamentos de licenciamento. Criadores que quebrem as
regras enfrentarão uma multa ilimitada que pode ser ainda agravada com uma pena
de prisão até seis meses.
Estes
projectos de lei da Sr.ª Leadsom foram bem acolhidos por todas as associações
animais, já que todos querem, lá como cá, que os pets tenham o melhor início de
vida possível, cuidado que nem sempre tem sido sempre observado nas Ilhas
Britânicas e que tem transformado a canicultura ali numa indústria de fazer
cães. Louvam-se os propósitos da Sr.ª Secretária do Ambiente britânica e
gostaríamos de ver o nosso deputado do PAN a apresentar um projecto idêntico.
Decididamente, sem pôr em causa a justeza dos planos agora apresentados por
Leadsom, é melhor ser cão em Inglaterra que emigrante! Será que nas verdejantes
colinas da Velha Albion não haverá ninguém interessado em adoptar um famigerado
refugiado? Terá ele que alçar a perna e aprender a ladrar?
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