terça-feira, 26 de maio de 2015

REVIRAVOLTA CANINA NO 2º MILÉNIO

Como homem e adestrador tenho vindo a assistir com alegria a uma reviravolta no uso canino, um tipo de redenção que tem colocado em sintonia homens e animais, um volte face que irá obrigar, inclusive, à reformulação do conceito de cães de trabalho, diante da novidade, diversidade e montante dos serviços agora prestados pelos nossos amigos de quatro patas.
Gradualmente, os cães de guerra, caçadores e de perseguição têm cedido lugar aos de terapia, salvamento e resgate, os cães-bomba são agora substituídos pelos que detectam explosivos, os caçadores procuram sobreviventes entre escombros, outros são preciosos auxiliares de deficientes e outros prestam-se ainda como pais adoptivos de espécies em vias de extinção, como é o caso da cadela que vemos na foto seguinte, a amamentar dois filhotes de panda.
Segundo tudo leva a crer, a natureza e objectivos dos futuros centros de adestramento canino virão a sofrer profundas alterações, sobrepondo-se o uso terapêutico canino ao seu aproveitamento para fins bélicos, exaltando-se a cumplicidade e parceria em detrimento da predação, até porque por toda a parte se começam a respeitar os direitos que assistem aos animais. Tudo está a acontecer a uma velocidade vertiginosa e os adestradores não deverão ser apanhados de surpresa, para não correrem o risco de serem ultrapassados.

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