segunda-feira, 25 de maio de 2015

NÓS POR CÁ: UMA QUESTÃO TÃO ANTIGA QUANTO GUIMARÃES

Diante de abusos dificilmente alguém se calará e quando são perpetrados pela Polícia, a consternação e a revolta aumentam, porque esperamos que ela defenda os nossos direitos e não que os viole. O caso ocorrido há dois fins-de-semana atrás, em Guimarães, junto ao Estádio do Vitória local, anda de boca em boca e o descontentamento público é geral, porque um oficial de polícia agrediu um homem na frente dos seus filhos menores, socando ainda um familiar já idoso, numa manifestação gratuita e desmensurada de violência, lembrando tempos idos que ninguém quer de volta. A nosso ver (talvez tenhamos vistas curtas), o agressor é o menos culpado, porque foi objecto de selecção e admitido naquela corporação, o que torna mais responsáveis aqueles que o aprovaram. Algo vai mal na selecção de candidatos para as polícias e exige-se que ela seja mais objectiva e rigorosa, pois cresce o número de agentes sensíveis à prática do suborno e ao exercício da marginalidade, assim como os portadores de patologias graves que acabam por comprometer a seriedade e a excelente prestação da esmagadora maioria dos seus camaradas de armas. No meio deste lamentável incidente, há que louvar a acção de um polícia do CI, ao tentar serenar uma das crianças, afastando-a dos horrores a que presenciava. Oxalá episódios destes não se repitam e os futuros candidatos a polícias venham a ser objecto de uma avaliação psicológica séria e independente, obrigatoriamente mais rigorosa para aqueles com funções de comando ou capazes de as alcançar, porque doutro modo continuaremos a recrutar, a fardar e armar gente que deveria estar num manicómio, proibida de lá sair por ser excepcionalmente violenta e representar uma grave ameaça para a sociedade.

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