Quando os cães se encontram regulados pelo relógio natural, acerto facilitado pelo viver ao ar livre e pela alteração das dietas, a chegada do Outono traz consigo a muda generalizada do pêlo, novidade que se repetirá na Primavera. Como nestas ocasiões a queda do pêlo é por demais evidente, poluindo carros, habitações e jardins, torna-se imperativo não descorar a higiene diária do cão e escová-lo a preceito, porque ela não acontece de um dia para o outro e evolui de acordo com o aumento ou diminuição da temperatura. Os donos mais zelosos e asseados, os que escovam os seus cães diariamente, dificilmente serão surpreendidos e verão a sua tarefa facilitada, benefício que os menos aplicados e inimigos da higiene não terão. Há quem pense que um cão de pêlo curto não precisa de ser escovado ou que larga menos pêlo, o que não é verdade e pode atentar contra a saúde de todos lá em casa. Os cães encrespados também fazem a muda, ainda que não soltem pêlos, porque naturalmente o pêlo velho entrança-se no novo, formando novelos ou tortulhos que mais tarde obrigarão à tosquia forçada do animal. Os cães que não são escovados empestam os seus locais de passagem e pernoita, coçam-se mais, tornam-se sensíveis a várias doenças de pele, parasitam-se com mais facilidade, ganham caspa e o seu manto perde brilho. Grande número de proprietários caninos, porque é mais fácil e menos trabalhoso, tentará resolver o problema pelo banho sistemático dos cães, opção que a breve trecho poderá agredir a pele dos animais, sujeitando-os a peladas de difícil recuperação. Daqui apelamos à escovagem diária do cão, à aquisição de um trem de limpeza próprio para cada cão, que pode ir até aos 6 utensílios, se o cão for de pêlo duplo. Já adiantámos quais são e prontificamo-nos para novos esclarecimentos. A higiene não é uma opção mas uma obrigação, enquanto a saúde for um bem e o quisto hidático um problema. O calendário de desparasitação deve ser zelosamente cumprido e as crianças deverão ser sujeitas ao mesmo tipo de cuidado, em particular as mais pequenas em convívio directo com os cães. Já lá vai o tempo, no período áureo da Mala Posta, em que nalgumas hospedarias, pernoitavam nas camas pulgas e percevejos, baratas, piolhos e carraças. Como pode um cão ter um dono, se a sua apresentação lembra um vadio e o seu odor empesta à distância? Os cães em grupo catam-se uns aos outros, quem os tornou imundos? Quem será porco? O cão não o será certamente!
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
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