Assim como todos os homens podem vir a pegar em armas e ser soldados, também o instinto de presa pode ser suscitado a todos os cães e ser potenciado para além dos entraves raciais, psicológicos e sexuais dos indivíduos, porque o cão continua um predador, ainda que adormecido e reflecte o peso ambiental por força do seu particular social. A precariedade nesta matéria e causa de inaptidão apontam para as distintas selecções operadas pelo homem, enquanto formador de raças para além da selecção natural, que tem vindo a transformar o lobo familiar naquilo que lhe apraz, descuidado a liderança e rotulado muitos cães de incapazes, exactamente na mesma proporção do seu saber e empenho. Apesar das menos valias genéticas, a esmagadora maioria dos cães aflorará o seu instinto de presa e será capaz de fazer uso dele de forma eficaz, ainda que aos mais inibidos tal seja desaconselhado, atendendo ao carácter imprevisível das suas arremetidas e à frequente confusão dos alvos.
Um bom cão de guarda ou de patrulha não precisa de ter um carácter muito-dominante e na maioria dos casos nem é recomendável, considerando o seu controlo, o trabalho de equipa e a dificuldade em encontrar o líder certo. Por outro lado, um cão submisso pode transformar-se num bom guardião e ser portador de um excelente instinto de presa, desde que seja bem identificado, melhor preparado e enquadrado num método adequado às suas características individuais. Todos os cães são competitivos e tudo no cão passa pela investidura, pelo trabalho acertado que induz ao final esperado, o que nos transporta para os procedimentos, que ao garantirem a experiência feliz, possibilitam a capacitação e o êxito – os cães vivem da experiência que têm! Não será ela a responsável pelo escalonamento hierárquico dentro das matilhas?
Numa matilha, quando o líder morre, adoece ou se torna impróprio, os cães imediatamente a seguir não o destronarão e tomarão o seu lugar? E o substituto não defenderá o seu posto por todos os meios ao seu alcance, contra tudo e contra todos para garantir o seu domínio? Geralmente acaba por ser mais cruel para os outros do que aquele que o havia subjugado. A sucessão hierárquica canina remete-nos para o papel do dono, enquanto macho alfa e líder por substituição. O cão é um animal em construção e não um produto acabado, caso contrário, todo o nosso esforço seria inglório, votado ao insucesso e o treino seria inválido. O que tornará um cão mais ou menos defensivo? Somente a genética sem o contributo ambiental que legitima a liderança? Poderá um cão defensivo adquirir um forte impulso à luta e evidenciar um irrefutável instinto de presa?
Muitas vezes por ignorância ou impropriedade, mercê da postura adoptada, os donos acabam por transformar os cães mais audazes em animais defensivos, podendo desaproveitá-los pelo isolamento, pelo desuso ou pela inibição, porque o cão desenvolve-se pela parceria (cumplicidade), necessita de ser exercitado e facilmente abandona instintos para agradar ao dono. O cão é o reflexo do seu líder e o treino pode oferecer a transferência física e anímica do dono para o animal, o que geralmente acontece. E as atitudes reflexas caninas não se ficam por aqui, já que os donos complacentes têm cães agressivos e os austeros animais de pouco préstimo, porque os últimos fazem da inibição prática corrente. É importante não esquecer que foi a perca de alguns instintos que transformou o lobo em cão. Todo e qualquer cão defensivo pode, desde que haja acerto nos métodos, alcançar o impulso à luta e abraçar um forte instinto de presa (cadelas inclusive).
Esse trabalho será mais fácil entre os cães tidos como territoriais ou caçadores, desde que espelhem essas qualidades, muito embora qualquer raça o possa adquirir, porque o potencial individual não se encontra exclusivamente cativo ao grupo a que pertence, mas ao indivíduo e ao seu processo de adopção (instalação doméstica, viver social e treino), o que reforça a importância do contributo ambiental prà capacitação dos cães para este ou outros fins. Quem será mais fácil de induzir ao instinto de presa: uma cadela que sempre viveu com o dono ou outra que se viu subjugada por vários cães? O instinto de presa melhora consideravelmente com o treino e deve ser suscitado logo a partir da idade da cópia (4 meses), através de brinquedos ou acessórios que possibilitem a sua perseguição e captura (há quem comece mais cedo e veja premiado o seu esforço). Se não houver apreço e recompensa por parte do dono, bem depressa o cão mandará bugiar os brinquedos. A aquisição e guarda do espólio (pertences da eleição do cão) garantem a transição da defesa para o ataque e por consequência um superior instinto de presa. O cão absorve lições de vida e arranca para as acções na certeza do sucesso, porque a experiência anterior demonstrou a sua supremacia e sabe que isso é do agrado do dono.
Um bom cão de guarda ou de patrulha não precisa de ter um carácter muito-dominante e na maioria dos casos nem é recomendável, considerando o seu controlo, o trabalho de equipa e a dificuldade em encontrar o líder certo. Por outro lado, um cão submisso pode transformar-se num bom guardião e ser portador de um excelente instinto de presa, desde que seja bem identificado, melhor preparado e enquadrado num método adequado às suas características individuais. Todos os cães são competitivos e tudo no cão passa pela investidura, pelo trabalho acertado que induz ao final esperado, o que nos transporta para os procedimentos, que ao garantirem a experiência feliz, possibilitam a capacitação e o êxito – os cães vivem da experiência que têm! Não será ela a responsável pelo escalonamento hierárquico dentro das matilhas?
Numa matilha, quando o líder morre, adoece ou se torna impróprio, os cães imediatamente a seguir não o destronarão e tomarão o seu lugar? E o substituto não defenderá o seu posto por todos os meios ao seu alcance, contra tudo e contra todos para garantir o seu domínio? Geralmente acaba por ser mais cruel para os outros do que aquele que o havia subjugado. A sucessão hierárquica canina remete-nos para o papel do dono, enquanto macho alfa e líder por substituição. O cão é um animal em construção e não um produto acabado, caso contrário, todo o nosso esforço seria inglório, votado ao insucesso e o treino seria inválido. O que tornará um cão mais ou menos defensivo? Somente a genética sem o contributo ambiental que legitima a liderança? Poderá um cão defensivo adquirir um forte impulso à luta e evidenciar um irrefutável instinto de presa?
Muitas vezes por ignorância ou impropriedade, mercê da postura adoptada, os donos acabam por transformar os cães mais audazes em animais defensivos, podendo desaproveitá-los pelo isolamento, pelo desuso ou pela inibição, porque o cão desenvolve-se pela parceria (cumplicidade), necessita de ser exercitado e facilmente abandona instintos para agradar ao dono. O cão é o reflexo do seu líder e o treino pode oferecer a transferência física e anímica do dono para o animal, o que geralmente acontece. E as atitudes reflexas caninas não se ficam por aqui, já que os donos complacentes têm cães agressivos e os austeros animais de pouco préstimo, porque os últimos fazem da inibição prática corrente. É importante não esquecer que foi a perca de alguns instintos que transformou o lobo em cão. Todo e qualquer cão defensivo pode, desde que haja acerto nos métodos, alcançar o impulso à luta e abraçar um forte instinto de presa (cadelas inclusive).
Esse trabalho será mais fácil entre os cães tidos como territoriais ou caçadores, desde que espelhem essas qualidades, muito embora qualquer raça o possa adquirir, porque o potencial individual não se encontra exclusivamente cativo ao grupo a que pertence, mas ao indivíduo e ao seu processo de adopção (instalação doméstica, viver social e treino), o que reforça a importância do contributo ambiental prà capacitação dos cães para este ou outros fins. Quem será mais fácil de induzir ao instinto de presa: uma cadela que sempre viveu com o dono ou outra que se viu subjugada por vários cães? O instinto de presa melhora consideravelmente com o treino e deve ser suscitado logo a partir da idade da cópia (4 meses), através de brinquedos ou acessórios que possibilitem a sua perseguição e captura (há quem comece mais cedo e veja premiado o seu esforço). Se não houver apreço e recompensa por parte do dono, bem depressa o cão mandará bugiar os brinquedos. A aquisição e guarda do espólio (pertences da eleição do cão) garantem a transição da defesa para o ataque e por consequência um superior instinto de presa. O cão absorve lições de vida e arranca para as acções na certeza do sucesso, porque a experiência anterior demonstrou a sua supremacia e sabe que isso é do agrado do dono.
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