Sainte-Florence é uma
velha cidade francesa, comuna desde o dia 1º de Janeiro de 2016, situada no
Departamento de Vendée, na Região Pays-de-la-Loire, com uma área municipal de
1.731 hectares, predominantemente rural e rica em paisagens arborizadas,
destacando-se entre elas a densa Floresta de Herbergement, que deve o seu nome
ao senhorio que sobre ela governava na Idade Média. Outro ponto de interesse é
o Castelo de Herbergement-Ydreau cujos carvalhos cobrem mais de 250 hectares.
De acordo com o que
noticia hoje o “Ouest-France” online, jornal regional francês publicado em
Rennes e vendido em Paris e nas regiões do oeste da França, teve lugar
anteontem uma caçada ao cervo em Sainte-Florence (chasse à courre), que
terminou tragicamente por volta das 16 horas, quando uma matilha de cães que ia
no encalce de um cervo caiu de 30 metros de altura, na Pedreira Lombardières.
Cinco cães morreram e oito ficaram em estado crítico, apesar do esforço dos
bombeiros em salvá-los, que não olharam a meios.
François Gilet, gerente da
Carreira Mousset, disse que não é a primeira vez que um acidente destes
acontece, apesar de ser muito raro. Alertado pelos bombeiros, Nicolas Rouet,
primeiro vice-prefeito de Sainte-Florence, adiantou que mora na região há quase
vinte anos e que nunca tinha visto nada assim. Como podemos classificar o
sucedido? Como “ossos do ofício” ou como mortes escusadas? À luz da Declaração
Universal dos Direitos do Animal proclamada pela UNESCO em 15/10/78, parece não
restar dúvidas!
Neste país onde muitos se
manifestam contra as touradas, é pertinente perguntar: a vida de um touro
valerá mais do que a dum cão? Se a resposta for negativa, gostaria de saber com
direito continuamos a mandar cães para a guerra ou a confiar-lhes serviços que
põem a sua vida em risco? Não estaremos perante uma política onde “os fins
justificam os meios”? Para além de sermos indiferentes ao sofrimento alheio,
ainda precisamos de ser hipócritas com os animais? O tema merece reflexão!
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