ESTRANHA COBRANÇA DE DÍVIDAS EM AHLEN

Na mui dinâmica cidade de Ahlen, localizada no Distrito de Warendorf, na Região Administrativa de Münster, no Estado da Renânia do Norte-Vestfália, outrora bastião do catolicismo e que entre 1574 e 1652 procedeu a uma verdadeira caça às bruxas, matando quatro e apanhando pelo meio um “lobisomem” e um feiticeiro, e que durante o regime nazi expulsou ou enviou para os campos de concentração todos os judeus que viviam nos seus limites, aderindo assim à “Endlösung der Judenfrage” (Solução Final) preconizada por Hitler, orgulhando-se de ser a primeira cidade “Judenfrei” (livre de Judeus), os actuais cobradores municipais são extremamente escrupulosos e zelosos no cumprimento do seu dever em prol da sua cidade, ao ponto de procederem a confiscos ou cobranças nunca vistas.

Numa cobrança de dívidas, a autarquia local apreendeu o Pug “Edda” para saldar as dívidas dos seus donos e vendeu-o no Ebay, o maior site do mundo para a compra e venda de bens e o mais popular shopping electrónico. Antes da perca da cadela e pelo mesmo motivo, a mesma família viu os seus electrodomésticos confiscados. O tesoureiro da cidade de Ahlen, Dirk Schlebes, defendeu o confisco e posterior venda do animal como legal, apesar dos protestos dos ex-donos da cadela e do seu novo proprietário: os primeiros porque querem a Pug de volta e último por se sentir enganado e esperar ser ressarcido.

Ainda que a autarquia possa “fazer orelhas moucas” para os apelos emocionais dos espoliados da cadelinha, não poderá proceder do mesmo modo com o seu comprador, que ameaça agir judicialmente contra a cidade por lhe ter vendido uma animal doente ao invés de saudável, por uma quantia ligeiramente abaixo dos 750 euros. Ligado a um seguro e assessorado a um advogado, conseguiu provar que a Pug se encontrava doente na altura da sua venda, uma vez que o animal veio a ser operado numa clínica veterinária várias vezes a uma lesão ocular. Profundamente insatisfeito, o homem exige agora o preço da compra e um reembolso pelo tratamento. A notícia chegou-nos através do SPIEGEL ONLINE, um dos sites de notícias em alemão mais lidos, fundado em 1994 como ramo online da revista DER SPIEGEL, mas com um grupo de jornalistas próprio.

Estes alemães não são “pêra-doce” e quando toca a dinheiro ainda são piores, gastando somente o inevitável e nunca perdoando dívidas. Durante alguns anos vivi por cima de um restaurante numa zona turística por excelência e pude observar os gastos dos diferentes turistas, maioritariamente espanhóis, franceses, alemães e ingleses. Enquanto os espanhóis e franceses comiam que nem os abades sem reparar no preço, ingleses e alemães apreciavam todos os restaurantes e acabavam por sentar-se nos mais baratos, onde sempre comiam debaixo de alguma austeridade, o que nunca os inibiu de fazer os reparos que achavam necessários. Os turistas brasileiros que nos visitam, que são cada vez mais, têm por hábito despejar galheteiros de azeite no prato, ensopá-lo em pão e bebê-lo sofregamente.

CÃO DE ABRIGO ATACA MENINA DE 9 ANOS

De acordo com a SWR AKTUELL online, uma menina de 9 anos foi mordida no rosto por um Golden Retriever de 8, resgatado de um abrigo pela família poucos dias antes. O incidente aconteceu na passada Terça-feira no Palatinado de Böbingen.

Segundo a polícia, a menina foi atacada pelo cão resgatado no jardim, quando ao brincar caiu, recebendo lesões à volta dos olhos, nos lábios e bochechas, recebendo depois tratamento hospitalar A avó da criança que tudo presenciou, não conseguiu impedir as dentadas do cão, animal recém-chegado de um abrigo em Zweibrücken e que para outro voltou depois do incidente. A polícia está agora a averiguar como aconteceu e quais as causas do ataque, o que inclui também saber se o cão já havia atacado outras pessoas e se o abrigo donde veio é conhecido.

Felizmente episódios destes são pouco comuns e acontecem geralmente com cães resgatados há pouco tempo, cujo comportamento é ainda desconhecido ou parcialmente desconhecido, ainda que possa suceder com mais facilidade entre os cães de maus-hábitos mais enraizados. No caso acima narrado, é possível que ao cair, a criança tenha molestado o velho Golden e que este tenha ripostado por causa da dor, o que a ser verdade corresponderia somente a uma ou duas dentadas superficiais. De qualquer modo e a título de aviso, quando for a um abrigo resgatar um cão, certifique-se primeiro se o comportamento do animal preenche as suas expectativas e está de acordo com o particular do seu agregado familiar.

OS LOBOS JÁ AVANÇAM PARA A CÔTE D'AZUR

Pouco a pouco e de modo dissimulado, os lobos avançam para a Riviera Francesa, normalmente designada por Côte d’Azur, região que é considerada uma das áreas mais luxuosas, caras e sofisticadas do mundo, situada no litoral sul da França junto ao Mar Mediterrâneo e que administrativamente pertence ao Departamento Provença-Alpes-Costa Azul (Alpes Marítimos). Do último avistamento de um lobo naquelas paragens dá notícia hoje o jornal Nice-Matin, que diz ter sido visto um na aldeia de Rouret, perto de Grasse, a 17,3 km e a 31 minutos de Cannes pela DG185. Convém adiantar que Grasse confina com o Parc Naturel Régional des Préalpes d’Azur e que parte dela se encontra mesmo dentro daquele santuário da vida selvagem.

Como sempre acontece, as 150 ovelhas e 80 borregos de Rouret encontravam-se na cerca comunal com o seu pastor dentro da maior tranquilidade. Por volta das 16 horas, os cães inquietaram-se, correram para os bosques e começaram a lutar. O pastor, de nome Julien, percebeu imediatamente que andava por ali um lobo, lobo que enfrentou a 8 metros de distância e que conseguiu pôr em fuga por haver gritado. Apesar do homem não ter ganho para o susto, o rebanho nada sofreu e apenas um dos cães regressou com dentadas junto de um olho, no focinho e numa das coxas. O incidente levou o Perfeito da aldeia a manifestar preocupação com um possível ataque sobre um caminhante, um grupo de crianças ou uma pessoa vulnerável, o que nos parece pouco provável, servindo mais a preocupação do autarca para pôr Rouret no mapa do que para outra coisa qualquer.

Será que as praias da Côte d’Azur, com a chegada dos lobos, ainda irão rivalizar com a Ilha dos Porcos nas Bahamas e tornar-se atracção turística por causa disso? Não me custa a acreditar, porque os lobos são caçadores anfíbios e adoram refrescar-se, só não sei se virão a agradar-se da água salgada, imersão que por um lado lhes faria muito bem, ao expulsar-lhes os parasitas externos que tanto os apoquentam.

Depois dos javalis terem descido às praias de Setúbal, eu já acredito em tudo!

SE FOR CASO DISSO, SAIA DE MANSINHO E PARA LONGE

Tal como procedemos na estrada, em que temos que olhar por nós e contar com as aselhices dos outros, também quando saímos à rua com os nossos cães somos obrigados a olhar para os donos e cães que se cruzam connosco, cuidado que poderá livrar-nos de acidentes de maior ou menor consequência e cuja ausência tem condenado à morte um número crescente de pessoas e animais. Não faltam pelas nossas ruas binómios impróprios e desprezo pela integridade dos demais, gente fraca a reboque de cães robustos, acessórios frágeis em cães possantes, donos barulhentos com cães surdos e assim por diante, para já não se falar em muito cãozinho desobediente, solto e sem açaime, apesar da sua força de mandíbula se aproximar do fechar da boca de um crocodilo.

Diante de um cenário destes, em certos locais e a determinadas horas, sair à rua com o nosso cão pode ser uma luta pela sobrevivência de ambos, porque não sabemos o que nos espera e o que teremos pela frente. Como somos por norma optimistas e estamos acostumados a mandar as preocupações para trás das costas, somos levados a pensar que o mal só acontece aos outros, o que infelizmente nem sempre é verdade, como o sucedido a uma senhora de 72 anos em Stetten am Kalt Markt, no Distrito de Sigmaringen, Tübingen, Estado de Baden-Württemberg, Alemanha, que em Maio de 1917 morreu do ataque de um cão Kangal, que acidentalmente se soltou da coleira e que pertencia a um casal.

O cão Kangal é uma antiga raça gigante de cães própria para a guarda de rebanhos, originária do Distrito de Kangal, na Província de Sivas, Turquia. Acredita-se que estes cães de grande porte (chegam a ultrapassar os 80 cm de altura à cernelha e os 70 kg de peso) foram trazidos para a Turquia e cercanias pelos otomanos, que possivelmente utilizaram os seus ancestrais como cães de guerra. Certo é que o Kangal é um feroz guardião de rebanhos que não se intimida com o tamanho e a força dos seus opositores, qualidade que o tem feito saltar as fronteiras da Turquia e alcançar todos os continentes, onde enfrenta toda a casta de predadores.

Os donos do cão assassino foram condenados pelo tribunal distrital de Sigmaringen por homicídio negligente, muito embora as suas sentenças fossem suspensas. Como o Ministério Público apelou da sentença e foi ouvido, o processo foi reaberto no princípio deste mês, estando o novo julgamento marcado para o tribunal distrital de Hechingen, no Distrito de Zollernalbkreis, amanhã pelas 9 horas, onde são esperadas as processuais alegações e uma decisão daquele tribunal.

O trágico acidente que vitimou a septuagenária, mortalmente atacada por golpes na cabeça e no pescoço, deverá precaver-nos para que não se repita entre nós. Assim, diante das circunstâncias atrás adiantadas neste artigo, no primeiro parágrafo e no seu segundo período (gente fraca a reboque de cães robustos, acessórios frágeis em cães possantes, donos barulhentos com cães surdos e assim por diante, para já não se falar em muito cãozinho desobediente, solto e sem açaime), deveremos sempre que possível sair de mansinho e para longe da vista de cães nestas condições, particularmente quando acompanhados pelo nosso cão. O sair de mansinho da frente de um cão agressivo confunde-o, o que não aconteceria se largássemos a correr, porque de imediato nos sinalizaria com presa. Quando tal não for possível, há que soltar de imediato o nosso cão para que possa escapar-se ou defender-se e só a nossa completa imobilização (de costas para o agressor), junto com o desvio do olhar, poderão minorar os eventuais golpes de que seremos alvo. Como muitas vezes estamos no “lugar do morto” sem o sabermos, todo o cuidado é pouco!

PS: Intencionalmente não falámos em nenhum contra-ataque possível contra um cão agressivo, por sabermos que não estão ao alcance de todos e porque não querermos estender sério dolo a gente entusiasta, inexperiente e irreflectida.

SABIA QUE …

Sabia que as raposas foram domesticadas na Idade do Bronze no nordeste da Península Ibérica, comiam dietas idênticas às dos seres humanos e que juntamente com os cães, obedecendo a rituais fúnebres, eram enterradas junto dos seus donos? Foi isto que tornou público a Fundação Espanhola de Ciência e Tecnologia (FECYT), através de túmulos descobertos na Catalunya (Catalunha), nos arredores de Barcelona e Lleida. Quem desejar saber um pouco mais sobre o assunto basta carregar em cima de https://www.sciencedaily.com/releases/2019/02/190221122922.htm.  

SE GOSTA DE UM BOM BIFE AFASTE-SE DAS CARRAÇAS

Pensava-se até hoje que os seres humanos desenvolviam a alergia à carne vermelha após terem sido expostos à proteína alfa-gal pela picada de uma carraça anteriormente alimentada pelo sangue doutro mamífero. No entanto, estudos recentes sugerem que as carraças podem induzir essa resposta imune sem terem previamente ingerido sangue doutro mamífero, o que aumenta o risco de cada picada poder levar à alergia. A afirmá-lo está uma nova pesquisa levada a cabo pela Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte/USA, apresentada na Conferência Anual da Academia Americana de Alergia, Asma e Imunologia (AAAAI) em São Francisco. A Alfa-gal é um açúcar encontrado na maioria dos mamíferos, mas não nos humanos. Quando os seres humanos desenvolvem uma resposta imune alérgica, esta pode levar a uma alergia à carne vermelha chamada “Síndrome da Alfa-gal” (AGS), doença sem tratamento que impede os afectados de consumirem esses alimentos e seus derivados.

Os cientistas envolvidos na pesquisa chegaram a esta descoberta e conclusão quando tiraram glóbulos brancos da imunoglobulina E (IgE), anticorpos produzidos pelo sistema imunológico durante uma reacção alérgica e preparam-nos com o plasma de indivíduos com e sem AGS, adicionando depois àquelas células o extracto de glândula salivar de quatro espécies de carraças. Resultado: as carraças das variedades “estrela solitária” e “carraça dos veados” tanto as que já haviam sugado sangue doutro mamífero como as que não o haviam feito, causaram idêntica reacção, o que mereceu a seguinte explicação do Dr. Scott Commins, professor associado de medicina e pediatria na Faculdade de Medicina da Universidade da Carolina do Norte: “Estes resultados sugerem que mais picadas de carraças do que inicialmente suspeitávamos podem representar um risco maior para o desenvolvimento da alergia à carne vermelha”.

Ao tomar conhecimento desta descoberta científica e imaginando do que a PETA é capaz, não me admirava nada que começasse a largar carraças por toda a parte para que todos viéssemos a ser vegetarianos.

Se você gosta de um bom bife, de um suculento naco de novilho, de um churrasco caprichado (com cupim e tudo) ou de um divinal cabrito assado, afaste-se das carraças para que não fique alérgico! Em simultâneo e desde já, porque a Primavera espreita, proteja o seu cão das carraças por todos os meios ao seu alcance, sempre segundo o parecer do seu médico-veterinário.

ELE NÃO QUIS FICAR EM CASA!

Ele podia ter ficado em casa agarrado à televisão, ao computador, à consola ou ao telemóvel (celular) a jogar, ele podia, mas não ficou. Estamos a falar do miúdo da foto acima, um infante com 6 anos de idade, pleno de energia, aventureiro, inimigo do silêncio e do sossego, mui difícil de se render e um amigo incondicional de cães. Chama-se Lourenço, é filho da Carla e conduziu a Pit Bull Cosi no último Sábado, Sábado que aproveitámos para recapitular os exercícios da aula anterior, lançar novos desafios e introduzir o CPA negro CAPO nos obstáculos convencionais. Na foto abaixo vemos a Carla a conduzi-lo sobre 4 verticais consecutivas.

Neste exercício de endurance, convertido em exel, os CPA’s adultos (Bohr e Capo) não evidenciaram qualquer dificuldade e o Doberman Zeus tampouco. Na foto seguinte podemos ver o binómio Svetlana/Zeus em acção.

Com o Paulo ainda a convalescer, muito embora já ande satisfatoriamente, coube à Andreia conduzir o CPA Bohr em certos momentos. Como não é fácil ter “pedalada” para a acompanhar o lobeiro, a teenager teve que se aplicar a fundo e precisou de receber uma dose extra de ânimo.

Um dos exercícios recapitulados foi o do “MOINHO DIRECCIONAL”, que facilita a condução à direita e que acaba por equilibrar os cães dos pontos de vista morfológico e operacional. Na foto que se segue podemos ver a execução da Svetlana ao comando do Zeus.

Apesar de estarmos a 5 km lineares do mar e de trabalharmos à sombra de uma densa mata de pinheiros mansos, o calor que se fez sentir não poupou homens nem cães, pormenor que nos fez interromper amiúde os nossos trabalhos. Como testemunho deste dia quente de Verão no Inverno, basta olhar para o CPA Bohr na foto abaixo, que apesar de dispensado do trabalho, não tinha como esconder a língua.

Mesmo que quisesse, a Andreia não seria capaz de esconder o seu amor pela pequena Doberman “Russa”, amor que tem sido correspondido na íntegra e que pouco a pouco as tem transportado para o sucesso. Foram também convidadas para o Moinho Direccional e nele podem ser vistas o carinho da jovem e a aplicação da cachorrinha.

Coube também à Carla conduzir o CPA Bohr no Moinho, para que ganhasse a experiência inerente à melhor condução do seu próprio cão. A colocação da condutora é irrepreensível (sente-se o ânimo) e CPA saltou confortável e decidido.

Terminado o Moinho, ensaiamos vários percursos de perseguição com os cães atrelados, em terrenos densamente arborizados e sobre pisos irregulares, visando a obediência dos cães face às solicitações dos donos, que aceleravam ou diminuíam a marcha de acordo com as ordens dadas e nunca instintivamente, parceria bem visível no trabalho efectuado pela Svetlana e pelo Zeus.

Dizem por aí uns mariolas que “se o trabalho dá saúde, então que trabalhem os doentes”, ironia que na Acendura sempre foi uma realidade, porque aqui não deixamos ninguém para trás e todos precisam de atingir os índices atléticos necessários para conduzir satisfatoriamente os seus cães. Pôr a correr gente com menos de 1,75 cm e com mais de 110 kg é um milagre que aqui se repete, só possível pelo ânimo dado e pela vontade dos indivíduos. Força João! Por ti, pelos teus e por todos nós – não estás só!

Com menos de metade do peso do seu companheiro de classe, mas com 1 kg a mais do que é costume, a Carla bem depressa perdeu o quilo em excesso na floresta, forçada pelo calor e pela resistência do Capo, nada acostumado a matas e perfeitamente integrado em fofos e suaves relvados. Contudo, a resistência do cão não conseguiu levar de vencida a determinação da dona.

A imagem que se segue é bastante elucidativa acerca da unidade da matilha espontânea escolar. Nela podemos ver o CPA Bohr, sem condutor e liberto de ordens, a acompanhar a evolução da classe escolar. É também de destacar a preocupação do pequeno Lourenço, que apesar de ter à sua disposição uma cadela menos atlética, não hesitou em acompanhar os demais.

Houve ainda lugar à obediência linear, onde com moderada insistência começámos a ensinar aos cachorros as figuras de imobilização, comandos que foram alternados com os direccionais para não saturar os animais e obstar à sua concentração.

Com o decorrer do tempo, graças ao “junto”, acontece uma transferência física e anímica do dono para o cão, desnudando o segundo quem o conduz. Na foto seguinte é possível ver a sincronia de movimentos entre a Svetlana e o Doberman Zeus, nomeadamente no alongamento da passada.

Como recapitulação e complemento dos trabalhos iniciados há duas semanas atrás, procedemos também à “Evolução por Esquadras”. Na foto seguinte podemos ver parte do desempenho escolar “Em frente por dois”.

Tendo em vista a sociabilização entre cães e a necessidade de se conduzirem dois cães em simultâneo, todos os condutores presentes procederam à condução “À arreata”. A Carla sentiu algumas dificuldades de desempenho e viu-se nalguns apertos, porque o Doberman Zeus vive para brincar e o CPA Capo não gosta de brincadeiras!

A Andreia não sentiu nenhuma dificuldade em conduzir simultaneamente as duas cachorras Doberman “Pride of Russia”, porque vive na mesma casa com elas e está acostumada a passeá-las diariamente.

Dando seguimento às manobras de sociabilização animal, procedeu-se ainda ao “Cruzamento frontal”, tarefa que decorreu dentro da maior tranquilidade e sem qualquer sobressalto, apesar da tenra idade das cachorras (5 meses).

No intuito de instalar o “À frente” sem reticências e onde é mais preciso, aplicámo-lo em situações reais, quando importava que os cães ajudassem os donos em terrenos íngremes e de difícil acesso. Na foto abaixo é possível ver a participação do binómio Svetlana/Zeus nessa ocasião.

No final dos trabalhos tirámos algumas fotografias de grupo, sendo a seguinte uma delas. Como se pode ver, o CPA Capo adora ficar quieto e parece não ter acusado o calor, apesar de ser negro e portador de um bom manto.

Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Andreia/Bohr; Andreia/Russa; Carla/Bohr; Carla/Capo; João/Lupa; Lourenço/Cosi e Svetlana/Zeus. Sentimos a falta dos binómios Pétia/Bjorn e Sónia/Shane. Os fotógrafos foram a Carla e o Paulo, o Pedro Mendonça não chegou a tempo às aulas e todos acabaram a comer cabrito. Para a semana voltaremos com mais novidades.

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:

1º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015

2º _ HÍBRIDO DE CHOW-CHOW/PASTOR ALEMÃO: MÁQUINA OU DESASTRE?, editado em 11/05/2016

3º _ PRIDE OF RUSSIA E PRATA DA CASA, editado em 18/02/2019

4º _ A CURVA DE CRESCIMENTO DAS DIVERSAS LINHAS DO PASTOR ALEMÃO, editado em 19/08/2013

5º _ PASTORES ALEMÃES LOBEIROS: O QUE OS TORNA ESPECIAIS, editado em 02/11/2015

6º _ DESDE A AURORA PELOS CAMPOS FORA, editado em 20/02/2019

7º _ FAZ-SE DO LADO DE LÁ, PODE FAZER-SE DO LADO DE CÁ, editado em 12/09/2015

8º _ DOBERMAN: O CÃO QUE É MENOS DO QUE SE SUPÕE E MAIS DO QUE SE IMAGINA, editado em 06/03/2016

9º _ UM VÍDEO PARA COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DOS METACARPOS, editado em 20/02/2019

10º _ O PEQUENO A OBSERVAR O GRANDE!, editado em 20/02/2019

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:

1º Portugal, 2º Brasil, 3ºEstados Unidos, 4º Reino Unido, 5º Alemanha, 6º Irlanda, 7º Espanha, 8º Moçambique, 9º Angola e 10º Rússia.

ACORDAR ÀS 06H30 DA MANHÃ COM UM PUMA NO QUINTAL

Alexey Mirankov, um pacato cidadão russo que dificilmente ficará prà história, dono de dois cães e morador na aldeia de Kozino, nos arredores de Moscovo, acordou às 06H30 da manhã com um puma no seu quintal, disposto a brincar com os seus cães por tempo indeterminado, caso os serviços de emergência locais não lhe tivessem disparado um tranquilizante, solução que só veio a acontecer uma hora e meia depois e que não impediu que o felino tivesse abocanhado um dos cães durante oito minutos, fiel companheiro que sobreviveu àquela provação somente com uma pequena lesão, possivelmente porque a fera era amansada e encontrava-se de barriga cheia. As imagens do ocorrido podem ser vistas em https://www.youtube.com/watch?v=xrXjqLpXM34.

A presença do puma nos jardins e quintais daquele aglomerado habitacional deixou os seus habitantes profundamente assustados, nomeadamente o que viu o seu cão abocanhado, que não se cansou de dar graças aos céus por ter a sua filhinha dentro de casa naquela hora, uma menina de 5 anos de idade que bem cedo adora deambular pelo quintal.

Segundo afirmam os moradores de Kozino, o felino invasor é propriedade de um oligarca local que o tem como animal de estimação e que vive num complexo habitacional de elite próximo, o Fryaz ou Gryaz, lar de muitas celebridades russas. Após o sucedido, a pensar na sua segurança e na das suas famílias, os mesmos moradores estão agora a exigir medidas que regulem a posse destes perigosos “animais de estimação” que são pertença dos russos mais endinheirados.

Sempre ouvi dizer que “os extremos se tocam” ou “tocam-se”, o que parece comprovar-se mais uma vez na actual Rússia, que transitou facilmente de um austero e mui apregoado regime doutrinário comunista para um capitalismo selvagem sempre precedentes, fenómeno há muito conhecido e que de imediato me lembra de Manuel de Brito Camacho, um aljustrelense que foi médico militar, escritor, publicista e político da I República Portuguesa, onde para além de ter fundado o Partido Unionista e o seu órgão oficioso, foi também Ministro do Fomento (1910-1911) e Alto-comissário da República em Moçambique (1921-1923), que acerca destas pseudo mudanças de ideais, disse a determinado trecho: “As moscas mudam, mas a merda é a mesma”. Já não houve quem transitasse da União Soviética para a Federação Russa e passasse de agente da KGB para Presidente?  

TAMBÉM TOCA À REALEZA!

Ao que parece, a realeza britânica já teve melhores dias, ou anda em maré de azar ou está a cair de podre. Depois do Princípe Filipe, marido da Rainha Isabel, agora com 97 anos, ter provocado um acidente de trânsito ao volante de seu Land Rover no passado dia 17 de Janeiro (o velhote já só deveria conduzir buggies de golf, em recinto fechado, debaixo de observação e de todas as cautelas), chegou a vez da Princesa Ana, o primeiro membro da realeza a ser condenado nos últimos 100 anos.

A filha de Isabel II, que dispensou qualquer tratamento diferencial, foi condenada pelo Tribunal de Berkshire a pagar uma multa de 500 libras esterlinas (575,03€) a duas vítimas do ataque do seu Bull Terrier “Ditty” e a mais 148 libras de custas judiciais, ao dar-se como culpada do ocorrido há 17 anos atrás, quando o Bull Terrier atrás mencionado fugiu do seu carro e atacou duas crianças num parque em Windsor. Uma delas foi mordida na clavícula e na perna, a outra ficou com marcas de arranhões no antebraço, costas e pernas. Felizmente nenhuma delas precisou de levar pontos, apesar de terem chegado ao hospital traumatizadas.

Depois do sucedido, a Princesa viu-se obrigada a treinar o seu cão e a mantê-lo sempre atrelado na via pública, porque foi avisada pelo juíz daquela época a fazê-lo, que lhe disse ainda , caso o cão fosse reincidente, que seria abatido! Na altura ouviram-se muitas vozes a pedir o abate daquele Bull Terrier, mas a opinião do psicólogo canino Roger Mugford (na foto abaixo), que já havia acompanhado os Corgis da Rainha e que é vedeta nas televisões do Reino Unido, prevaleceu, ao considerar o cão em questão como "completamente plácido e brincalhão", opinião que o livrou do abate. A pena mais severa aplicada ali para casos destes é de 5.000 libras de multa, 6 meses de prisão e o abate do cão. Resta saber se ele seria poupado caso pertencesse a um ignoto plebeu.

Estes Sachsen-Coburg und Gotha, mal encapotados debaixo da Casa de Windsor e agora sem necessidade, uma vez que os britânicos já não estão em guerra com os alemães, a menos que o Brexit a isso leve, são indivíduos de históricas e arrebatadoras paixões, destaque que os torna iguais aos diferentes povos que representam, mas que não governam. Assim foram os nossos, assim são os dos ingleses. Se o nosso D. Fernando II veio a casar morganaticamente e em segundas núpcias com uma cantora de ópera, também Eduardo VIII, Rei do Reino Unido e Imperador da Índia, abdicou do trono para casar com uma socialite norte-americana. Dando seguimento à tradição, ainda recentemente o Duque de Sussex casou com uma actriz também norte-americana e de ascendência africana.

Deseja-se, à medida que o sangue azul se vai transformando no vermelho de todos nós, que mais membros da realeza não sejam condenados, o que não é difícil de acontecer, porque os povos gozam naturalmente de mais bom senso do que os monarcas que os representam. Será porquê? Será por causa da endogamia e da consanguinidade que também afectam os cães com pedigree? Apesar de tudo e venha o que viver, eu continuo a admirar e respeitar a Rainha Isabel II.