quinta-feira, 5 de setembro de 2013

A ASCENÇÃO DO BETA A ALFA

Escolher cães nunca foi fácil, escolhê-los para a função também não e constituir uma matilha funcional muito menos. Imagine-se, porque todos cometem erros, que determinado adestrador errou na escolha de um cachorro, tomando por “alfa” um “beta”, a destinar a uma matilha carenciada de liderança. Estará ela condenada ao logro e ao fracasso, uma vez que já possuía um macho-beta e o novo tambem o é?
Não necessariamente, porque a existência dos dois machos, a competetividade entre si, o viver social canino e a presença de cadelas induzem à investidura e promoção de um deles nessa categoria dentro do grupo. É possível que a qualidade da liderança não seja a desejável, mas a matilha funcionará em pleno graças ao escalonamento ratificado pela estrutura social, isto se os machos se encontrarem nas mesmas condições e forem alvo de idêntica capacitação, primeiro individualmente e depois em grupo. Também a presença de dois cães muito-dominantes numa matilha não os transforma automaticamente em “alfas”, pois só um o será, muito embora a luta pelo poder venha a ser deveras violenta. O fenómeno que leva à ascenção do “beta” em “alfa” é obra do grupo e por isso mesmo de origem social. Pela mesma razão, os cães têm o dobro da força quando se encontram atrelados aos donos e muitas cadelas não aceitam os machos quando os seus proprietários se fazem presentes.

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