Um rapaz simpático, proprietário de uma cachorra
Border Collie, agora com seis meses de idade, decidiu inscrevê-la numa escola
canina visando a sua futura prestação no agility. Na escola não conferiram o
calendário de vacinação da cachorra, apesar dela ter todas as vacinas em dia
(as combinadas), faltando-lhe “apenas” a específica contra a tosse do canil, o
que não a impediu de treinar e de aproveitar os benefícios do treino, que foram
vários e rapidamente assimiliados. Semanas antes da cadela ser inscrita na escola,
um vizinho do seu dono alertou-o para a necessidade da vacina em falta,
conselho que prontamente agradeceu e que de imediato esqueceu. Nem mesmo o director
da escola prestou grande atenção para o facto. Serão os nossos leitores capazes
de adivinhar as consequências dessa ausência de cuidado? Tentem adivinhá-las
antes de lerem o próximo parágrafo.
A
cachorra contraiu a doença e acabou por transmiti-la ao outro cão lá de casa.
Estão neste momento debaixo de antibiótico e serão vacinados quando curados. Em
todos os andares do prédio onde mora o simpático rapaz existem cães e espera-se
que estes não contraiam a doença. Apesar dela ser altamente contagiosa, o jovem
continua a treinar demoradamente a cachorra num jardim público, local muito
frequentado pelos cães locais, das redondezas e de fora, contribuindo desse
modo, voluntária ou involuntariamente, para a propagação da doença. Por estas
razões, nenhuma escola deverá aceitar qualquer cão sem estar correctamente
vacinado contra a doença e seus agentes (contra os vírus da parainfluenza e
adenovirus tipo 2, assim como contra a bactéria Bordettela bronchiséptica). O
surgimento da doença é mais comum nas estações intermédias do ano (Primavera e
Outono), pelo que se aconselha a vacinação nos finais do Inverno e Verão.
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