quarta-feira, 10 de abril de 2013

ADIVINHE AS CONSEQUÊNCIAS: O MAU HÁBITO DE NÃO CONFERIR

Um rapaz simpático, proprietário de uma cachorra Border Collie, agora com seis meses de idade, decidiu inscrevê-la numa escola canina visando a sua futura prestação no agility. Na escola não conferiram o calendário de vacinação da cachorra, apesar dela ter todas as vacinas em dia (as combinadas), faltando-lhe “apenas” a específica contra a tosse do canil, o que não a impediu de treinar e de aproveitar os benefícios do treino, que foram vários e rapidamente assimiliados. Semanas antes da cadela ser inscrita na escola, um vizinho do seu dono alertou-o para a necessidade da vacina em falta, conselho que prontamente agradeceu e que de imediato esqueceu. Nem mesmo o director da escola prestou grande atenção para o facto. Serão os nossos leitores capazes de adivinhar as consequências dessa ausência de cuidado? Tentem adivinhá-las antes de lerem o próximo parágrafo.
A cachorra contraiu a doença e acabou por transmiti-la ao outro cão lá de casa. Estão neste momento debaixo de antibiótico e serão vacinados quando curados. Em todos os andares do prédio onde mora o simpático rapaz existem cães e espera-se que estes não contraiam a doença. Apesar dela ser altamente contagiosa, o jovem continua a treinar demoradamente a cachorra num jardim público, local muito frequentado pelos cães locais, das redondezas e de fora, contribuindo desse modo, voluntária ou involuntariamente, para a propagação da doença. Por estas razões, nenhuma escola deverá aceitar qualquer cão sem estar correctamente vacinado contra a doença e seus agentes (contra os vírus da parainfluenza e adenovirus tipo 2, assim como contra a bactéria Bordettela bronchiséptica). O surgimento da doença é mais comum nas estações intermédias do ano (Primavera e Outono), pelo que se aconselha a vacinação nos finais do Inverno e Verão.

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