sexta-feira, 29 de março de 2013

ADIVINHE AS CONSEQUÊNCIAS: ELES JÁ SE HAVIAM CHEIRADO!

Esta é uma nova rubrica que editaremos todas as semanas: “ADIVINHE AS CONSEQUÊNCIAS”. Nela relateremos episódios reais e as suas repercussões, tanto para nós como para os nossos cães, apertos a evitar pela denúncia e pela solução que sempre adiantaremos. Diz-se por aí que as escolas não ensinam os novos alunos a raciocinar, que mais obrigam o “marranço” do que ao descernimento lógico. Custa-nos a acreditar que sim e também não queremos contribuir para que isso aconteça. Vamos ao caso desta semana:
Uma aluna nossa, apaixonada por cães e a trabalhar em regime de voluntariado numa associação de recolha de animais, decidiu deslocar-se ali acompanhada pelo seu cão. Preso a uma corrente por ausência de outro tipo de instalação e quase desde sempre, estava um cão médio-pequeno que ao esticar a prisão se acercou deles, não manifestando de imediato qualquer tipo de hostilidade para ambos. Os animais cheiraram-se e nem sequer houve lugar a qualquer rosnadela, tudo parecia perfeito e a decorrer dentro da maior normalidade, o que levou a dona do cão visitante a soltá-lo. Inesperadamente (para ela), quando o seu cão entrou a correr pelo perímetro do outro adentro, sofreu uma valente dentada no dorso, certificada pelos quatro buracos lá deixados. È evidente que se ela soubesse ou adivinhasse as consequências, jamais soltaria o seu cão! Mas seriam assim tão difíceis de prever?
É do conhecimento geral que os cães acorrentados tornam-se mais agressivos e territoriais, que a “terapia da corrente” é usada para aumentar a sua agressividade e irritabilidade (veja-se o caso das trelas elásticas usadas nos treinos de ataque), que quanto mais exíguo é um território, mais ele induz à sua defesa, que os cães têm o dobro da força e de ânimo quando atrelados aos donos e que a corrente tende a substituir a sua presença, surtindo o mesmo efeito. Assim, face ao estímulo induzido pela prisão, nenhum cão verá com bons olhos a invasão do seu território e não deixará de perseguir outro que nele se constituir em presa, mesmo que seja um pobre coitado e somente grato por umas míseras sopas. Mais valia à menina ter soltado o cão acorrentado, porque uma vez à solta, por se sentir vulnerável e menos confortável, dificilmente encontraria razão para descarregar no outro. O facto dos cães se haverem cheirado nada garante, até porque os ataques ocorrem normalmente depois desse modo de identificação.

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