quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Como proceder com os cães guias de cegos

Os procedimentos que adiantamos já foram publicitados na Internet, constituídos em forma de apelo, excelentemente ilustrados e de fácil entendimento. Não pretendemos adornar o que foi dito, acrescentar-lhe algo ou apossar-nos do mérito alheio, tão-somente tornar extensível o seu conteúdo aos nossos leitores, geralmente distantes do mundo e da problemática destes cães de trabalho, sujeitos a treino rigoroso e de valor inestimável. Enumeraremos as 15 regras que possibilitarão a estes cães dar continuidade aos seus bons ofícios, segundo aquilo que nos fizeram saber.
1. O cão guia de cegos é um cão de trabalho, não uma comum mascote. Quanto mais for ignorado melhor para ele e para o seu dono.
2. O comportamento do cão guia é diferente dos outros cães. A sua dupla função, a de guia e companheiro do seu dono, deve ser escrupulosamente respeitada.
3. Ninguém lhe deve tocar ou acariciar, quanto estiver a trabalhar (com o arnês posto). Caso contrário podemos distrai-lo e criar entraves à sua função.
4. Não há que temer os cães guias, porque são objecto de treino aturado e jamais farão mal a alguém.
5. Evite cruzar-se com o seu cão perante um cão guia, particularmente se não for capaz de o controlar. Há que evitar a ocorrência de acidentes tanto para o animal como para o cego.
6. Não alimente ou dê guloseimas aos cães guias. Isso é tarefa específica dos seus donos. Eles são bem alimentados e têm horários pré-estabelecidos para comer.
7. Quando vir um cego acompanhado do seu cão guia, fale directamente para o dono e nunca para o animal.

8. Se um cego lhe pedir ajuda, aproxime-se dele pelo lado direito, para que o cão se possa manter à esquerda
9. Nesse caso, ele ordenará ao cão que o siga, ou então que lhe dê o seu cotovelo esquerdo. Nessa situação o cego dará uma senha ao cão para que ele entenda que está, temporariamente, fora de serviço.
10. Se um cego acompanhado pelo seu cão lhe pedir que lhe indique uma direcção, dê-lhe instruções claras sobre o sentido para o qual se deve voltar ou seguir para chegar ao lugar para onde se dirige.
11. Não corra nem agarre o braço dum cego com um cão antes de lhe falar. Nunca toque no arnês do animal! Cabe exclusivamente ao cego fazê-lo, para isso foi instruído.
12. Os cães guias têm horas e lugares pré-determinados para esvaziar os seus esfíncteres, o que os torna asseados entre nós.
13. Estes cães foram habituados e estão habilitados a viajar em qualquer meio de transporte, encostados aos pés dos donos e sem causar incómodo aos outros passageiros, tanto dentro como fora do País. Respeite o lugar do cão.
14. Se vir um cão com um arnês próprio para guia de cegos, em qualquer estabelecimento ou edifício público, hospital, escola, cinema, teatro ou biblioteca, não lhe mexa porque ele foi treinado rigorosamente para isso, evitando dessa forma o incómodo alheio, tanto de utentes como de funcionários.
15. Os cães guias nunca vagueiam pelos recintos, estão sempre encostados aos seus donos e têm com eles os mesmos direitos de livre acesso a todos os locais públicos. Deixe-os em paz!

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