O “junto instantâneo”é um modo mais célere e alternativo de executar o comando de “aqui”, dispensando o rodopiar do cão à volta do dono ou condutor, entrando directamente prà mão de condução (a esquerda). Nele, o cão gira sobre si mesmo, encosta-se ao líder e coloca-se à sua disposição. O movimento canino é de uma elegância extraordinária, espelha grande prontidão e não esconde a cumplicidade binomial. Quando mais rápida for a execução, mais espectacular é o seu efeito. De nada adianta executar a figura a partir da coerção ou da mecanicidade pura e simples, porque isso sempre será notório e sujeito a maior delonga, sendo por isso mesmo caricato e imprestável. Aqui impera o contributo da memória afectiva para o condicionamento. O modo correcto para a obtenção da figura virá da brincadeira e da fixação do cão num dos pertences da sua eleição, que usado correctamente, reproduzirá o movimento procurado. Para que o interesse do cão se mantenha, é necessário, após cada ensaio, devolver-lhe o pertence, solicitando-lhe a sua procura e captura. O “junto instantâneo” esteve durante muito tempo cativo aos mestres e arredado dos instruendos, na vã relação que intenta sustentar as diferenças e garantir a supremacia. Essa relação imprópria e egoísta é própria dos indivíduos que não querem que os outros saibam tanto quanto eles. O “junto instantâneo” é um automatismo indispensável para o retomar da unidade binomial e pode também servir para a cessação das acções, dispensando assim a inibição que opera a perca de velocidade canina. A melhor apresentação da figura acontece pela linguagem gestual, quando o condutor substitui o comando verbal pelo batimento na sua perna esquerda.
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