No avanço da genética fala-se hoje em activar ou desactivar genes, do retorno ao atavismo ou da sua supressão, servindo os animais como laboratório experimental. O desenvolvimento da ciência genética tem produzido alterações na canicultura e produzido indivíduos iguais mesmo dentro de variedades cromáticas diferentes. O caso mais flagrante é o verificado entre os CPA’S Lobeiros, já que os actuais apresentam uma evolução pigmentária diversa dos originais. Os lobeiros ancestrais nasciam cinzentos com um risco longitudinal mais escuro ao longo do dorso e os actuais evoluem pigmentariamente tal qual os preto-afogueados. Esta alteração cromática tornou os lobeiros actuais mais precoces, possibilitando o alcance das suas maturidades mais cedo, nivelando-os com a variedade dominante ou antecedendo-a. O carácter imediatista actual talvez tenha contribuído em parte para isso e o lobeiro actual obriga a outros procedimentos e cuidados, porque se estabiliza mais cedo e pode vir a ser desaproveitado, se a mudança for desrespeitada e não se agir em conformidade. A diferença entre uns e outros bem que poderia subsidiar a hipotética divisão entre linha antiga e moderna, entre linha de beleza e trabalho, porque a diferença existe e está ao alcance dos olhos de cada um.
O Lobeiro original, e são muito poucos os que ainda sobrevivem, é um cão serôdio, de grande impulso ao conhecimento e alta capacidade de aprendizagem, um indivíduo dotado de excelente máquina sensorial e com os ciclos infantis bastante demarcados, o que lhe confere um carácter esquivo quando comparado com exemplares doutra variedade cromática. Geralmente equilibra-se depois dos 18 meses de idade e alcança excelentes prestações na pistagem, no resgate e salvamento, sendo próprio para acções de desencarceramento ou manobras de evasão. Por causa de ser serôdio, no tempo em que os cães de patrulha eram essencialmente CPA’S, os lobeiros eram entregues às praças, para que a pouca erudição dos seus tratadores não entravasse o seu avanço cognitivo e fosse por eles compensada. A experiência militar e policial portuguesa é relativamente recente (1957/1958) e obra do então General Kaulza de Arriaga, que herdou dos alsacianos os pressupostos selectivos e os procedimentos operacionais, posteriores e em parte alheios à prestação militar dos cães alemães, presente na I e II Guerras Mundiais e isso deve ser considerado, na diferença que existe entre franceses e alemães, segundo as diferentes expectativas de cada um desses povos. A queda do lobeiro original e a sua substituição pela variedade actual originou um conjunto de menos valias para raça, hoje colmatadas por indivíduos de outras e de distintos grupos somáticos.
O Lobeiro actual estabiliza-se mais cedo e obriga a cuidados especiais, porque nasce praticamente feito e isso pode ser-lhe fatal, face à operacionalidade esperada e à sua capacitação, tornando assim mais difícil a recuperação dos indivíduos menos aptos ou carenciados de adaptação. Os seus ciclos infantis são mais curtos e obrigam a um acompanhamento mais cuidado, porque o tempo concorre contra nós e tudo acontece mais depressa. Apesar de tudo continuam lobeiros, para o melhor e para o pior, podendo verificar-se a sua impropriedade por incúria ou desuso. O lobeiro actual abraça mais cedo a constituição binomial e as atribuições policiais, mas pode tornar-se impróprio pelo particular genético e descuido ambiental, porque a sua plasticidade é menor e ainda conserva algumas das suas características atávicas, facto comprovado nas ninhadas heterozigóticas com indivíduos originais, porque nelas subsistem cachorros de ambas as variedades. O lobeiro actual não deve ser jogado num quintal e votado ao abandono, porque bem depressa adquire uma postura silvestre e desinteressa-se de qualquer investidura, porque a sua curva de crescimento, ao ser mais célere, é menor, contratempo que obsta à novidade dos desafios e ao desenvolvimento do seu impulso ao conhecimento. A aquisição de um lobeiro destes obriga à atribuição precoce das tarefas e a uma parceria incisiva. A recente alteração do lobeiro aproximou-o do negro e pô-lo em consonância com o preto-afogueado, diminuindo dessa forma a distância que o separava as restantes variedades cromáticas.
O Lobeiro original, e são muito poucos os que ainda sobrevivem, é um cão serôdio, de grande impulso ao conhecimento e alta capacidade de aprendizagem, um indivíduo dotado de excelente máquina sensorial e com os ciclos infantis bastante demarcados, o que lhe confere um carácter esquivo quando comparado com exemplares doutra variedade cromática. Geralmente equilibra-se depois dos 18 meses de idade e alcança excelentes prestações na pistagem, no resgate e salvamento, sendo próprio para acções de desencarceramento ou manobras de evasão. Por causa de ser serôdio, no tempo em que os cães de patrulha eram essencialmente CPA’S, os lobeiros eram entregues às praças, para que a pouca erudição dos seus tratadores não entravasse o seu avanço cognitivo e fosse por eles compensada. A experiência militar e policial portuguesa é relativamente recente (1957/1958) e obra do então General Kaulza de Arriaga, que herdou dos alsacianos os pressupostos selectivos e os procedimentos operacionais, posteriores e em parte alheios à prestação militar dos cães alemães, presente na I e II Guerras Mundiais e isso deve ser considerado, na diferença que existe entre franceses e alemães, segundo as diferentes expectativas de cada um desses povos. A queda do lobeiro original e a sua substituição pela variedade actual originou um conjunto de menos valias para raça, hoje colmatadas por indivíduos de outras e de distintos grupos somáticos.
O Lobeiro actual estabiliza-se mais cedo e obriga a cuidados especiais, porque nasce praticamente feito e isso pode ser-lhe fatal, face à operacionalidade esperada e à sua capacitação, tornando assim mais difícil a recuperação dos indivíduos menos aptos ou carenciados de adaptação. Os seus ciclos infantis são mais curtos e obrigam a um acompanhamento mais cuidado, porque o tempo concorre contra nós e tudo acontece mais depressa. Apesar de tudo continuam lobeiros, para o melhor e para o pior, podendo verificar-se a sua impropriedade por incúria ou desuso. O lobeiro actual abraça mais cedo a constituição binomial e as atribuições policiais, mas pode tornar-se impróprio pelo particular genético e descuido ambiental, porque a sua plasticidade é menor e ainda conserva algumas das suas características atávicas, facto comprovado nas ninhadas heterozigóticas com indivíduos originais, porque nelas subsistem cachorros de ambas as variedades. O lobeiro actual não deve ser jogado num quintal e votado ao abandono, porque bem depressa adquire uma postura silvestre e desinteressa-se de qualquer investidura, porque a sua curva de crescimento, ao ser mais célere, é menor, contratempo que obsta à novidade dos desafios e ao desenvolvimento do seu impulso ao conhecimento. A aquisição de um lobeiro destes obriga à atribuição precoce das tarefas e a uma parceria incisiva. A recente alteração do lobeiro aproximou-o do negro e pô-lo em consonância com o preto-afogueado, diminuindo dessa forma a distância que o separava as restantes variedades cromáticas.
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