Todos os cães são territoriais, uns mais do que outros, o que lhes possibilita o ofício guardião, o policiamento da casa e a guarda dos pertences dos donos. A não atribuição de um território específico aumenta a sua vulnerabilidade e lança-os na mais profunda confusão, fenómenos também alcançáveis pela troca sucessiva de territórios. Quando um cão se encontra bem instalado no seu grupo e divide com ele o seu território, mais depressa e de modo mais aguerrido o defenderá. A excursão do cão pressupõe o seu regresso a casa, local do seu agrado onde retempera as forças, coabita com o seu grupo, sente-se protegido e donde expulsa os intrusos. O cão robustece-se em casa para sair com o dono e dificilmente esquece o seu local de pernoita, porque dele também resulta, em grande parte, a confiança para enfrentar a novidade e os desafios que lhe irão ser propostos. Os bons cães de guarda sempre emanam da simbiose fornecida pelo correcto escalonamento social e pela coabitação territorial, porque o cão resiste a ficar só e depende do grupo para se sentir confiante. Um cão isolado, perdido numa vasta extensão e entregue a si próprio, é um soldado apátrida e perdido, rodeado por pretensos inimigos que sempre o assolam e confundem. O cão que nunca sai, jamais se sentirá confiante na rua, porque a novidade sufocá-lo-á e será dominado pela desconfiança, mercê da experiência havida e do seu despreparo. O viver social canino que sustenta a sua territorialidade, não pode e não deve ser ignorado, caso contrário, o cão nem a sim mesmo valerá. terça-feira, 31 de agosto de 2010
Das ameias do seu castelo para a terra de ninguém
Todos os cães são territoriais, uns mais do que outros, o que lhes possibilita o ofício guardião, o policiamento da casa e a guarda dos pertences dos donos. A não atribuição de um território específico aumenta a sua vulnerabilidade e lança-os na mais profunda confusão, fenómenos também alcançáveis pela troca sucessiva de territórios. Quando um cão se encontra bem instalado no seu grupo e divide com ele o seu território, mais depressa e de modo mais aguerrido o defenderá. A excursão do cão pressupõe o seu regresso a casa, local do seu agrado onde retempera as forças, coabita com o seu grupo, sente-se protegido e donde expulsa os intrusos. O cão robustece-se em casa para sair com o dono e dificilmente esquece o seu local de pernoita, porque dele também resulta, em grande parte, a confiança para enfrentar a novidade e os desafios que lhe irão ser propostos. Os bons cães de guarda sempre emanam da simbiose fornecida pelo correcto escalonamento social e pela coabitação territorial, porque o cão resiste a ficar só e depende do grupo para se sentir confiante. Um cão isolado, perdido numa vasta extensão e entregue a si próprio, é um soldado apátrida e perdido, rodeado por pretensos inimigos que sempre o assolam e confundem. O cão que nunca sai, jamais se sentirá confiante na rua, porque a novidade sufocá-lo-á e será dominado pela desconfiança, mercê da experiência havida e do seu despreparo. O viver social canino que sustenta a sua territorialidade, não pode e não deve ser ignorado, caso contrário, o cão nem a sim mesmo valerá. Banho de noite para melhores dias
Com o duplo objectivo de reforçar os vínculos binomiais e aumentar a sua autonomia, na sequência do trabalho desenvolvido nos últimos seis meses, a Acendura empreendeu uma caminhada nocturna na noite do dia 27 e madrugada do dia 28. O percurso teve uma extensão de 33.5 km e a velocidade horária foi respeitada – 5 km/h. O local de partida aconteceu em Cheleiros e o de chegada no Jardim do Campo Grande em Lisboa. O itinerário excursionista abraçou as seguintes localidades: Cheleiros – Rebanque – Anços – Pedra Furada – Negrais – Igª Stª Eulália – Bocal – Pt. Lousa – Guerreiros – Pinheiro de Loures – Barro – Loures – Flamenga – Pvª Stº Adrião – Olival Basto – Calçada de Carriche – Alª das Linhas de Torres e Campo Grande (Lisboa). A coluna partiu de Cheleiros às 23H18 e chegou ao Campo Grande às 05H24. Foram respeitados os dois check-points anunciados, que aconteceram respectivamente na Ig. Stª Eulália e no jardim de Loures, onde refrescámos os cães, mais por prevenção do que por necessidade. Participaram na caminhada os seguintes binómios: Alexandra/Abu, António Almeida/Shadow, Carla Abreu/Becky, Célia/Igor, Isabel Leal/Teka I, Joaquim/Maggie, Joana/Flikke, Luís Leal/Rocky, Marta/Maggie II, Patrícia/Boneca, Rodrigo/Tarkan, Rui Ribeiro/Babel, Tiago/Sane, Teresa/Buster e Vitor Hugo/Yoshi. O batedor foi o Rui Coito e os cerra-filas foram o Américo Abreu, o Manuel Veiga Santos e o Paulo Almeida. O condutor da viatura de comando foi a Cristina Alberto. A Carla Ferreira, a Marta Patrício e o Pedro Figueiredo foram os condutores das viaturas de apoio (as que se deslocaram na cauda coluna). Não se registou qualquer percalço, os cães chegaram bem e a enfermeira de serviço não trabalhou de acordo com a sua vocação. Somente 3 condutores não completaram o percurso: a Alexandra Ferreira, o Rodrigo Coito e a Teresa Figueiredo, que acabaram transportados, até ao final, nas viaturas de apoio. As desistências das senhoras aconteceram entre o km 25 e 27, por inadequação de calçado (ao que consta). O Rodrigo Coito aguentou-se até Negrais, batendo o espectro dos 7 km e alcançando 14, o que para um menino de 9 anos de idade é algo surpreendente. Feitas as contas, 80% da coluna venceu o percurso. Nos Negrais fomos testemunhas de um episódio macabro e infelizmente muito comum, uma condutora distraída atropelou um cachorro podendo e preparava-se para se pôr em fuga. Foi interpelada pelos elementos de apoio e identificada pelo Américo Abreu. O cachorro foi conduzido ao veterinário pela Carla Ferreira e felizmente apenas apresentou uma luxação nos ossos da bacia. Neste momento encontra-se aos cuidados desta nossa aluna e as despesas com o seu socorro foram suportadas por todos e em partes iguais. A Marta, a condutora da SRD Maggie, ainda percorreu 16 km, iniciando-se desse modo nos nossos trabalhos, por vontade própria e por resistência aos conselhos que lhe foram dados. Os binómios viram nascer o dia debaixo de pinheiros mansos e tiveram como almofada as mochilas que carregaram até ali. Os trabalhos continuaram até às 13 horas daquele dia e encerraram a partir daí, sendo retomados às 09H00 do dia seguinte (29 de Agosto). Queremos felicitar os alunos e acompanhantes que se fizeram presentes nesta jornada estival, contribuindo dessa forma para a unidade e fortalecimento do grupo. Queremos deixar também aqui uma palavra de apreço para o Rui Coito, porque cumpriu cabalmente a sua função e serviu de alento para todos.Análise técnico-funcional: Os lobeiros de ontem e de hoje
No avanço da genética fala-se hoje em activar ou desactivar genes, do retorno ao atavismo ou da sua supressão, servindo os animais como laboratório experimental. O desenvolvimento da ciência genética tem produzido alterações na canicultura e produzido indivíduos iguais mesmo dentro de variedades cromáticas diferentes. O caso mais flagrante é o verificado entre os CPA’S Lobeiros, já que os actuais apresentam uma evolução pigmentária diversa dos originais. Os lobeiros ancestrais nasciam cinzentos com um risco longitudinal mais escuro ao longo do dorso e os actuais evoluem pigmentariamente tal qual os preto-afogueados. Esta alteração cromática tornou os lobeiros actuais mais precoces, possibilitando o alcance das suas maturidades mais cedo, nivelando-os com a variedade dominante ou antecedendo-a. O carácter imediatista actual talvez tenha contribuído em parte para isso e o lobeiro actual obriga a outros procedimentos e cuidados, porque se estabiliza mais cedo e pode vir a ser desaproveitado, se a mudança for desrespeitada e não se agir em conformidade. A diferença entre uns e outros bem que poderia subsidiar a hipotética divisão entre linha antiga e moderna, entre linha de beleza e trabalho, porque a diferença existe e está ao alcance dos olhos de cada um.
O Lobeiro actual estabiliza-se mais cedo e obriga a cuidados especiais, porque nasce praticamente feito e isso pode ser-lhe fatal, face à operacionalidade esperada e à sua capacitação, tornando assim mais difícil a recuperação dos indivíduos menos aptos ou carenciados de adaptação. Os seus ciclos infantis são mais curtos e obrigam a um acompanhamento mais cuidado, porque o tempo concorre contra nós e tudo acontece mais depressa. Apesar de tudo continuam lobeiros, para o melhor e para o pior, podendo verificar-se a sua impropriedade por incúria ou desuso. O lobeiro actual abraça mais cedo a constituição binomial e as atribuições policiais, mas pode tornar-se impróprio pelo particular genético e descuido ambiental, porque a sua plasticidade é menor e ainda conserva algumas das suas características atávicas, facto comprovado nas ninhadas heterozigóticas com indivíduos originais, porque nelas subsistem cachorros de ambas as variedades. O lobeiro actual não deve ser jogado num quintal e votado ao abandono, porque bem depressa adquire uma postura silvestre e desinteressa-se de qualquer investidura, porque a sua curva de crescimento, ao ser mais célere, é menor, contratempo que obsta à novidade dos desafios e ao desenvolvimento do seu impulso ao conhecimento. A aquisição de um lobeiro destes obriga à atribuição precoce das tarefas e a uma parceria incisiva. A recente alteração do lobeiro aproximou-o do negro e pô-lo em consonância com o preto-afogueado, diminuindo dessa forma a distância que o separava as restantes variedades cromáticas.Mi & Indy
Novo binómio
Deu entrada nas nossas fileiras um novo binómio, o constituído pela Marta e pela Maggie. A Marta é uma senhora simpática e devotada à causa dos animais. O resgate do Serra da Estrela abandonado em Belém foi da sua autoria e de uma amiga sua. A Maggie é uma SRD bicolor (dourada e branca), de tamanho médio e pêlo comprido, bem disposta e de excelente impulso ao conhecimento. Desejamos para ambas os maiores sucessos e estendemos-lhes o nosso caloroso bem-vindo.Binómio Maria Luís / Tyson
Ele deixou uma ovelha paraplégica e obrigou ao abate de outra
Este cachorro com ar inocente, um cruzado de Husky, foi abandonado à porta de uma almas generosas que depressa o acolheram. Passado pouco tempo, levado pelo instinto, o bicho optou por correr atrás das ovelhas do seu lar de adopção, deixando uma paraplégica e outra condenada ao abate. O treino canino existe para inibir ou controlar instintos, desenvolvendo em simultâneo o carácter dos indivíduos, algo possível pelo aproveitamento dos seus impulsos herdados. A obediência requerida a um cão, enquanto requisito de toda e qualquer disciplina cinotécnica, perde a sua eficácia sem o contributo da sociabilização (entre iguais e interespécies). Bem que o cachorro poderia ter saído ao rafeiro que lhe deu origem, as ovelhas ficariam gratas e os novos donos sossegados. De qualquer modo, o cachorro é recuperável, basta investir a liderança e levá-lo a aceitá-la. Diante da necessidade, estamos prontos a ajudar e sabemos que iremos ser bem sucedidos. Infelizmente os cães não nascem com um kit de obediência!No país dos cães capados
As voltas do reviralho: As diferentes posturas
Caderno de ensino: XXVI. As escadas
Ensinar a subir e descer escadas é tarefa obrigatória para os cães de resgate, busca e salvamento, já que elas são utilizadas como meio tanto pró socorro como para a evacuação. Ensinamos as escadas aos cães familiares para que possam auxiliar-nos nos trabalhos de manutenção ou bricolage, entregando-nos ferramentas e utensílios. O cão aprovado nas escadas aumenta também as suas hipóteses de sobrevivência, porque estes obstáculos são parte obrigatória dos destinados à evasão. A adaptação às escadas não é automática e carece de ensino, para que o cão não passe degraus em falso e venha a ser projectado para o solo. Há que ensiná-lo a avançar primeiro os posteriores e só depois os anteriores, não deixando entre eles qualquer degrau em vão. Considerando a ginástica e a destreza inerentes ao obstáculo, convém que os cães já tenham adquirido a desenvoltura física e os indíces atléticos próprios para a tarefa. Todos os cães podem e devem aprender a subir e a descer escadas, a menos que a sua morfologia os impeça. Deseja-se que o cão ande nas escadas com a mesma à segurança e rapidez com que anda no chão.Em campanha
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Transformar um problema alheio numa mais-valia global
Nos bons adestradores caninos, naqueles que se esforçam para compreender os cães e que acabam por compreendê-los, subsiste, de tempos a tempos, um sentimento de desânimo e revolta que os leva a questionar toda a sua actividade. O amor que sentem pelos cães obriga-os a sonhar, a desejar a liberdade dos bichos sobre as barreiras da regra, para além do espectro do uso e da coabitação forçada, já que servem homens pelo concurso dos cães. E quando pensamos friamente no assunto, “descobrimos” que estamos cá para servir, independentemente dos nossos sentimentos ou afeições, porque os donos precisam de nós e os cães só têm a ganhar com isso. O adestramento é uma reivindicação humana e jamais será um anseio canino, verdade que a suavidade dos métodos nunca conseguirá encobrir, diante do direito que a uns elege como proprietários e a outros como sua propriedade. O que fazemos no adestramento é transformar um problema alheio numa mais-valia global e talvez esta seja a sua melhor definição, porque ao consertarmos a relação entre um homem e o seu cão, estamos a promover a aceitação de ambos e a demonstrar as vantagens da parceria animal. Bem sabemos que sempre será mais fácil educar cães do que adequar donos, porque dos primeiros se aproveita e dos segundos espera-se mudança (alguns necessitarão quase de um renascimento). Regrar submissos é fácil, difícil é despir os “senhores” das suas prerrogativas e dos seus direitos neo-divinos, que a troco dessa investidura, resistem à novidade, desprezam a cumplicidade e criam barreiras à comunicação interespécies. A excelência de um cão só será possível pela capacitação do seu dono e isso é incumbência nossa, quer queiramos ou não, porque estamos aqui de livre vontade e sabemos o trabalho que nos espera – este é o nosso maior desafio!30.000 anos à espera de afecto
As teorias são várias e as opiniões dividem-se, há quem diga que foi à 100.000 anos e ninguém sabe ao certo quando o cão foi domesticado. Parece haver mais consenso em torno de uma data: à 30.000 anos atrás. A distância parece-nos enorme, perdida nos confins dos tempos, especialmente quando comparada com os 2.000 anos que os judeus demoraram a retornar a Israel ou perante os quase 1.000 anos da nossa história pátria. 30.000 anos é muito tempo! Desde então até agora, a vida dos cães pouco ou nada se alterou, debaixo do especicismo que os resgatou do seu viver silvestre, uma vez que continuam explorados, desrespeitados, sujeitos ao abandono e condenados à morte. 300 Séculos de promessas vãs sobre um número infindo de gerações, para vanglória e enriquecimento dos seus donos, 300 Séculos de sobrecarga à espera de afecto. Será a maldade imortal ou nascerá com os indivíduos? Seremos capazes de reverter essa injustiça tão antiga? O passado não o podemos alterar, porque caminhamos para o nosso destino, mas podemos alterar o presente e perspectivar o futuro. Comece pelo seu cão, seja justo com ele e lembre-se que já parte atrasado!Start to fly
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: António/Shadow, Bruno/Iris II, Carla Abreu/Becky, Carla Ferreira/Dirka, Célia/Igor, Francisco/Iris, Liliana/Bolt, Patrícia/Boneca, Rodrigo/Tarkan, Rui Ribeiro/Loki, Tiago/Yoshi e Victor Hugo/Yoshi.sexta-feira, 13 de agosto de 2010
Cães alheios & crianças (grandes e pequenas): regras de convivência
1. Quando pretender acercar-se de um cão conduzido pelo dono, dirija-se primeiro ao proprietário e não directamente ao cão, para não ser tomado por intruso e acabar escorraçado.
B. NAS VISITAS AO DOMICÍLIO DE PARENTES E AMIGOS COM CÃES.
1. A menos que os visitemos amiudadas vezes, estabelecendo desse modo os vínculos afectivos necessários, os cães dos nossos parentes e amigos ver-nos-ão como intrusos ou invasores, porque não fazemos parte do grupo doméstico, do seu quotidiano e a nossa visita poderá obrigar à alteração das suas rotinas. Convém não esquecer e estar precavido.
2. Toque à campainha exterior e aguarde ser atendido, não entre deliberadamente pela propriedade adentro, porque o cão pode estar solto e não adivinhar quais as suas intenções.
3. Peça ao dono que o prenda e só entre depois disso se verificar, mesmo que o dono diga que não há qualquer problema, porque os cães não agem de igual modo diante de pessoas diferentes.
4. Evite abraçar efusivamente os donos da casa, empurrá-los, gritar-lhes ou destinar-lhes gestos vigorosos na presença do cão, porque ele pode confundir as suas atitudes e entender pô-lo na ordem.
5. Inquira dos hábitos domésticos do animal, não viole o seu espaço e não se aproxime dos seus pertences, porque grande número de cães são territoriais e defendem os seus haveres.
6. Se não lhe derem autorização para tal, não dê comida ou guloseimas ao cão, porque para além de estar a alterar as suas rotinas, pode estar também a contribuir para a sua eliminação.
7. Pela mesma razão, avise os seus filhos para procederem de igual modo, advertindo-os para que não deixem comida pelo chão ou ao alcance do animal.
8. Se o cão estiver solto, não circule pela casa sozinho, avance só depois de se certificar que o cão se encontra seguro ou debaixo de controlo – espere a visita guiada!
9. Evite ficar sozinho em casa com os donos no quintal, porque o animal pode enveredar por acções policiais na ausência dos donos.
10. Não se aproxime dos seus comedouros ou bebedouros, ele pode não gostar disso.
11. Não mexa nos cães dos seus amigos quando eles estiverem a comer, porque poderá vir a ser atacado.
12. Não corra trás das crianças da casa, não os pegue bruscamente ao colo e evite os seus gritos ou pranto, porque o cão pede entender isso como um pedido de ajuda e carregar sobre si.
13. Nunca dê ordens aos cães dos seus amigos e não intente encarcerá-los, porque isso é obrigação dos donos e os animais podem revoltar-se vigorosamente.
14. Não invada os seus canis, pois pode vir a ser desalojado da pior maneira.
15. Evite pegar nos pertences do dono sem autorização, o cão pode entender isso como um abuso.
16. Não entre nos carros estacionados dos seus amigos dentro dos quintais ou garagens, com eles ausentes e na presença do cão, o animal poderá não gostar da intromissão, danificar as viaturas e esperá-lo à saída.
17. Não ameace com paus ou com pedras os cães dos seus anfitriões.
18. Se o dono o consentir, só acaricie o animal depois deste aprovar esse seu desejo.
19. Não se escude no facto de não ter medo de cães, eles também poderão não ter medo de pessoas e achar por bem escorraçá-las: cumpra as regras!
20. Evite sair da casa dos seus amigos com o cão à solta, porque alguns cães transformam a saída dos visitantes num verdadeiro ajuste de contas! Se tiver pouco apego aos procedimentos e se preocupar com sua integridade e dos seus, a regra de ouro é: obrigar os seus amigos ao controlo dos seus cães. Caso esse controlo não seja objectivo, solicite o isolamento ou a prisão dos animais.
Procedimentos públicos para condutores de cães: regras de coabitação
PARÁGRAFO ÚNICO. Usámos o termo “coabitação” e não “sociabilização”, porque esta assenta sobre um esforço bilateral que não existe, já que as pessoas continuam a ignorar o mundo canino, mantendo com ele uma relação especicista e descuidada, arbitrária e desordenada, desrespeitando os cães e obrigando-os à coabitação forçada, pesado encargo para os seus proprietários e condutores que esforçando-se pelo reconhecimento dos direitos dos animais, se vêem obrigados ao cumprimento de toda a sorte de disposições legais, também elas maioritariamente unilaterais e discriminatórias.
A. EM DESCANSO 1. Quando parar com o seu cão na via pública, num jardim, passeio pedestre ou floresta, proteja-o das intromissões pela retaguarda, operando dessa forma a segurança do animal e a dos bajuladores, que sempre aparecem para fazer festas sem consentimento, tirando partido de sebes naturais, muros ou paredes de alvenaria, pois importa evitar os malefícios provocados pela surpresa (o pavor do cão ou seu possível ataque).
B. EM TRÂNSITO (quem vai para o mar, avia-se em terra; quem sai com o cão, deve ir preparado!)1. Todo e qualquer trajecto binomial deverá respeitar tanto as pessoas como os animais no seu decurso.
2. Internamente, o passeio binomial aponta para 3 objectivos: para a coabitação harmoniosa do cão na sociedade, para o reforço da liderança e para a melhoria dos índices de prontidão caninos, alcançados pela experiência que induz à adaptação. Outros terão propósitos diferentes.
3. Todos os trajectos deverão ser reconhecidos previamente pelos donos (sem cães), afim de se aquilatar dos seus proveitos, dificuldades, riscos e imponderáveis. Nenhum trajecto deverá ser endereçado à fortuna e ao azar.
4. Não entre em zonas de risco se não confia na protecção do seu cão.
5. Antes de sair de casa consulte as previsões meteorológicas e vá preparado para elas.
6. Respeite o Quadro Geral de Temperatura e humidade.
7. Dentro da mesma distância, dê preferência aos percursos mais longos do que aos mais curtos, atendendo a indesejável saturação do cão.
8. Prepara-se para afugentar os cães soltos e proteger o seu.
9. Não escolha percursos ermos e de difícil acesso, porque poderá necessitar de socorro.
10. Evite passar junto a lixeiras, caixotes do lixo e zonas permissíveis a engodos e envenenamentos.
11. Nos percursos à beira da estrada circule no sentido contrário ao dos automóveis, pois importa que sejam vistos.
12. Se circular à noite use coletes reflectores (também os há para os cães).
13. Ao evoluir paralelamente às estradas, quando for caso disso, use o “troca” para proteger o cão.
14. Sempre que possível, atravesse as estradas nas passadeiras para peões.
15. Nos percursos urbanos aproveite para condicionar o seu cão a sentar-se junto às passagens para peões.
16. Despreze as pistas para ciclistas, porque são simultaneamente perigosas para os atletas e para os binómios.
17. Evite os trilhos dos “Moto4” e os utilizados pelos ciclistas BTT por causa dos riscos de acidente.
18. No final do Inverno e no princípio da Primavera evite progredir debaixo de pinheiros e cedros, pois há o risco de se cruzar com a “lagarta dos pinheiros”.
19. No Verão evite as clareiras nos bosques e florestas, locais preferenciais para as víboras. Em Portugal existem duas variedades.
20. Na época estival não avance por zonas de mato ou florestas, que são autênticos focos de carraças, se não tiver as coleiras e as pipetas antiparasitas em dia.
21. Passear o seu cão ao amanhecer e ao anoitecer obriga à validade da coleira insecticida ou ao uso doutro repelente de insectos.
22. Nos passeios à beira-mar tome cuidado com a qualidade das areias, porque alguns cães já saíram das praias intoxicados.
23. Não proceda a percursos natatórios quando a temperatura da água for inferior aos 15º centígrados.
24. Nas evoluções no meio de espinhos e na neve aconselha-se o uso de botas de botas de protecção para os cães.
25. O horário, a cadência de marcha, a extensão dos trajectos, a geografia do terreno e as condições climatéricas deverão considerar a capacidade canina para os levar de vencida.
26. Doseie o esforço do seu cão e não o traga estafado para casa.
27. Não saia imediatamente após o seu cão se ter refrescado abundantemente ou ter consumido o seu penso diário.
28. Os valorosos condutores cinotécnicos que perfazem uma milha diária com os seus cães, devem transportar consigo uma mochila.
29. A mochila deverá carregar: 1) Água, bebedouro e cantil. 2) 600 gramas de penso. 3) Acessórios de reserva (trela, estrangular, peitoral ou arnês). 4) Um kit de primeiros socorros. 5) O trem de limpeza. 6) Uma estaca de prisão. 7) Uma corda de 6 metros ou uma trela extensível de igual extensão e resistência. 8) Uma toalha. 9) Isqueiro ou fósforos. 10) Um canivete multiusos. 11) Uma bússola. 12) Uma pequena lanterna. Alguns destes acessórios já se encontram acoplados uns nos outros. Como o peso total do material não deverá exceder ¼ do peso do condutor, convém que se escolham materiais e embalagens leves e resistentes.
30. Ao sair de casa, os condutores devem comunicar o trajecto que empreenderão aos seus familiares, não o alterando sem aviso prévio. A isso obrigam as mais elementares regras de segurança. Por causa disso, os percursos que não permitam o socorro imediato devem ser excluídos.
31. Os condutores devem fazer-se acompanhar da sua identificação e dos documentos do cão, de algum dinheiro e do telemóvel, nunca do cartão de crédito.
32. Sair para exterior implica em saber de cor o número de contacto do veterinário assistente ou tê-lo memorizado no telemóvel.
33. E porque os acidentes acontecem, convém que os condutores tragam à vista a identificação do seu grupo sanguíneo, assim como a sua dependência relativa a algum medicamento.
34. O cão em trânsito obriga ao uso da trela.
35. O andamento preferencial e maioritário dos trajectos deverá ser a marcha e esta deverá ser tirada a partir do “junto”.
36. O comando de “junto” é o garante de uma progressão segura nas áreas urbanas. Assim se deve deslocar ali.
37. Todos os trajectos deverão pressupor o uso dos diferentes automatismos direccionais, quando tal for seguro e possível, assim como a recapitulação doméstica dos conteúdos escolares ministrados ou a necessitarem de reavivamento.
38. Evite a condução nuclear (com o cão solto), nas áreas que não garantam a sua salvaguarda e da dos restantes utentes.
39. Repreenda severamente o seu cão quando se atiçar a gatos ou a outros cães, porque para isso o instruímos e não queremos que acabe mutilado, abatido ou morto.
40. Não consinta que ele se refresque em águas paradas, regatos ou lagoas.
41. Se tem mais do que um cão, passeie cada um isoladamente, sempre que tal esteja ao seu alcance.
42. Perante a aproximação de um cego com o seu cão-guia, sempre que possível, deveremos desobstruir o seu caminho, evitando o cruzamento cão-a-cão. Nessa impossibilidade, deveremos suspender a marcha e imobilizar o nosso cão. Se nenhuma destas condições for fazível, então deveremos operar o “troca” para evitar o cruzamento frontal dos cães.
43. Caso haja essa necessidade, procederemos de igual modo perante deficientes físicos, gente de muletas, canadianas e cadeiras de rodas.
44. Recorremos ao mesmo comando (troca), quando nos cruzarmos com outros cães ou pessoas que se possam constituir em presas.
45. Use o comando de “atrás” quando for necessário refrear os ímpetos do seu cão, alterar a sua fixação ou evitar confrontos com outros cães. Recorra a ele também quando efectuar descidas bastante acentuadas
46. Use o comando de “à frente” nas seguintes situações: nas passagens estreitas, nas subidas íngremes, como subsídio de tracção e nas ruas mal iluminadas, usando o cão como protecção e presença ostensiva, se o animal estiver preparado para isso e a manobra não cause dolo a terceiros.
47. Anuncie as mudanças de direcção pelo comando de “roda”.
48. Ao terminar os passeios na época seca, passe minuciosamente o seu cão em revista, tome cuidado com as praganas e outras espigas que teimam em enroscar-se nas suas narinas, orelhas e membranas interdigitais.
49. Depois de um passeio à chuva, seque primeiro o animal e escove-o depois.
50. Regressar a casa implicará sempre em limpar o cão de alto a baixo e de uma ponta à outra.
As regras que aqui fizemos saber, intrinsecamente ligadas aos preparativos, logística e acções no terreno, quando cumpridas, poderão garantir a salvaguarda e sobrevivência dos binómios em excursão. Bons passeios, regressem sãos e salvos e não causem vítimas!
Procedimentos domésticos para proprietários de cães que recebem visitas
Normas prà disposição binomial nos acampamentos da Acendura
Como o aproximar do novo acampamento da Acendura, no intuito de melhor preparar os nossos alunos para esse evento, adiantamos algumas normas relativas à instalação, à logística e ao trabalho a desenvolver pelos binómios. Estas normas premeiam aspectos ligados à segurança, à boa ordem, à sobrevivência e à autonomia do grupo e ao melhor andamento dos trabalhos. Não podemos publicitá-las todas, porque o seu número é grande e tornaria enfadonha a sua enumeração. Entretanto, queremos lembrar aos nossos alunos que a saída da escola para o exterior obriga ao cumprimento escrupuloso das suas NEPES (procedimentos) em vigor, já que o sucesso nos eventos anteriores sempre esteve ligado à sua observação.1.O local escolhido deverá garantir a comunicação do grupo com o exterior. 2. O lugar deverá ser seguro e de fácil acesso, que satisfaça simultaneamente a protecção, a privacidade e a pronta evacuação do grupo escolar.3. O ecossistema encontrado deverá subsidiar o propósito excursionista, contribuir para a melhor autonomia de cada binómio, reforçar os vínculos binomiais e fortalecer o espírito de grupo. 4. A geometria do terreno e as dificuldades que apresenta deverão estar de acordo com o particular etário dos condutores e com a capacidade de resolução dos seus cães. 5. A localização do acampamento não deverá provocar alterações no quotidiano das populações adjacentes, prejudicar os seus trabalhos, alterar as suas rotinas ou violar os seus direitos. 6. O local deverá garantir o pronto abastecimento de água, alimentos e combustível. 7. A escolha do local deverá pressupor o desenvolvimento das três disciplinas clássicas do adestramento (obediência guarda e pistagem), para além das relativas ao resgate e salvamento… Cabe também ao adestrador estabelecer líderes, nomear e escalar equipas para os seguintes serviços: 1. Liderança. 2. Segurança. 3. Reconhecimento. 4. Instalação e manutenção 5. Logística. 6. Limpeza e saneamento. 7. Desenvolvimento pedagógico. 8. Serviço de apoio binomial. 9. Acompanhamento de menores. 10. Enquadramento cultural. 11.Staff de simulacros. 12. Fotografia e vídeo. 13. Informática e redacção de actas. 14. Prestação de socorros. 15. Evacuação de sinistrados. 16. Detecção e protecção contra incêndios …
Binómio Patrícia / Boneca
Caderno de ensino: XXV. O "junto instantâneo"
O “junto instantâneo”é um modo mais célere e alternativo de executar o comando de “aqui”, dispensando o rodopiar do cão à volta do dono ou condutor, entrando directamente prà mão de condução (a esquerda). Nele, o cão gira sobre si mesmo, encosta-se ao líder e coloca-se à sua disposição. O movimento canino é de uma elegância extraordinária, espelha grande prontidão e não esconde a cumplicidade binomial. Quando mais rápida for a execução, mais espectacular é o seu efeito. De nada adianta executar a figura a partir da coerção ou da mecanicidade pura e simples, porque isso sempre será notório e sujeito a maior delonga, sendo por isso mesmo caricato e imprestável. Aqui impera o contributo da memória afectiva para o condicionamento. O modo correcto para a obtenção da figura virá da brincadeira e da fixação do cão num dos pertences da sua eleição, que usado correctamente, reproduzirá o movimento procurado. Para que o interesse do cão se mantenha, é necessário, após cada ensaio, devolver-lhe o pertence, solicitando-lhe a sua procura e captura. O “junto instantâneo” esteve durante muito tempo cativo aos mestres e arredado dos instruendos, na vã relação que intenta sustentar as diferenças e garantir a supremacia. Essa relação imprópria e egoísta é própria dos indivíduos que não querem que os outros saibam tanto quanto eles. O “junto instantâneo” é um automatismo indispensável para o retomar da unidade binomial e pode também servir para a cessação das acções, dispensando assim a inibição que opera a perca de velocidade canina. A melhor apresentação da figura acontece pela linguagem gestual, quando o condutor substitui o comando verbal pelo batimento na sua perna esquerda.Sociabilização e espanto
sábado, 7 de agosto de 2010
Um velho e duro inimigo: a processionária dos pinheiros
A Processionária dos Pinheiros (Thaumetopoea Phityocampa Schiff.), vulgarmente conhecida nos meios rurais como “Bicho do Pinheiro” ou “Lagarta do Pinheiro”, é um insecto desfolhador, que pode parasitar todas as espécies de pinheiros e cedros, é extremamente nocivo para as árvores e altamente perigoso para pessoas e animais, particularmente quando em lagarta, graças aos seus pêlos urticantes que injectam substâncias tóxicas na pele e nas mucosas de grave consequência para a saúde pública. O contacto com os pêlos urticantes da processionária, consoante os cães os pisem, cheirem, abocanhem ou comam, pode causar-lhes problemas tais como: conjuntivite (inflamação da conjuntiva ocular), queratite (inflamação da córnea do olho), focinho inchado, língua grossa (macroglossia), língua azul (cianótica), babar intenso (hipersiália e sialorreia), vómitos, comichão e dor intensa. Esporadicamente pode também provocar tosse, dificuldades respiratórias ou asfixia. A demora no tratamento, geralmente associada à ignorância e pouco reparo dos donos, que os levam a confundir ou a desconsiderar os sintomas, pode provocar, dependendo do tempo decorrido e da quantidade de alergeno recebido, a necrose da língua, dos lábios e até cegueira, incapacidades que impedirão os animais de se alimentar e que poderão induzir ao seu abate conforme a gravidade das lesões. A ida rápida e pronta para o veterinário torna-se indispensável, porque o tempo corre a desfavor do cão.
É geralmente no final do Inverno e no princípio da Primavera, nos meses de Março, Abril e Maio, que as lagartas da processionária abandonam as árvores e iniciam a sua conhecida “procissão”, encabeçadas por uma fêmea, rumo ao solo, onde em grupo começam a escavar. Dali sairão já borboletas no Verão, apesar dessa fase subterrânea poder prolongar-se até 3 anos. A maioria dos acidentes acontece nesta altura (meses de Março, Abril e Maio), mas pode também acontecer no Verão, quando as colónias descem ao solo para depois treparem para outros pinheiros em busca de alimento. A presença da processionária nas árvores é facilmente detectada pelos grandes casulos que constroem, de cor branca ou amarelada, normalmente dispostos sobre os seus píncaros ou nas extremidades mais altas, não raramente depauperadas de folhas (agulhas dos pinheiros). Existem vários meios para combater esta praga e o Ministério da Agricultura tem vários trabalhos publicados na Internet onde os descrimina. Não obstante, sobressai a questão económica e são raros os proprietários florestais que dão combate à praga. Aconselhamos aos nossos leitores, que têm pinheiros ou cedros no quintal, a colocação de cintas nessas árvores, de papel ou de plástico, embebidas nas suas duas faces com uma cola inodora à base de poli-isolbutadieno, para que as lagartas ao descerem fiquem ali coladas. Esta cola encontra-se à venda nas lojas dedicadas à agricultura e os seus técnicos darão indicações detalhadas para a sua colocação. Entretanto, caso veja essas lagartas no chão, proceda à sua eliminação pelo fogo, usando para o efeito um produto altamente inflamável (petróleo, diluente celuloso, etc.). Caso não exista o perigo de contacto com os outros animais e você seja sádico quanto baste, pode seguir o exemplo do nosso amigo Jean-Henri Fabre, grande entomologista, etólogo e naturalista francês, já nosso conhecido e de quem tomámos lições. Ele descobriu que as larvas da processionária marcham sempre em fila por efeito congénito, cada uma delas procura não se separar da que vai na frente, deslizando sobre o fio deixado por esta atrás de si (geralmente uma fêmea). Com uma à frente a marcha é tranquila e confiante, porque só a ela cabe examinar o terreno. Fabre fê-las marchar em círculo e elas acabaram por esgotar as suas reservas de gordura e perecer.
Pelas razões acima expostas, já não é bom ter uma escola canina junto a um pinhal, mas pior do que isso é plantar pinheiros ou cedros no seu perímetro. Há quem goste de fazer canis ao redor das árvores, o que nos parece óptimo, desde que as árvores sejam de folha perene, não sejam tóxicas e não chamem pragas. Quando escolher a flora para o seu jardim, não o faço de modo arbitrário, considerando somente a estética e o seu gosto pessoal, lembre-se que tem um cão e que muitas plantas, por mais bonitas que sejam, podem ser altamente tóxicas. A “santa” Internet já disponibiliza essa informação, adiantando quais as plantas mais nocivas para as pessoas e para os animais, quer por contacto, inalação ou ingestão. Não se esqueça: o pinheiro do vizinho encostado ao nosso muro pode dar-nos pinhões, mas também nos pode dar grandes arrelias e ser fatal para alguém. Alerte a sua vizinhança para o problema, aconselhe-a a colocar cintas nos pinheiros e cedros, isso pode salvar vidas, valer às crianças e aos animais domésticos. E o que dizer do meu cão a correr, livre e feliz, por um grande pinhal, sem eu ter batido previamente o território? Ao entrar num pinhal, nem que seja só para “piquenicar”, não se abrigue debaixo da copa de uma árvore, sem antes olhar para ela e para o chão que a circunda.