Para determinar a idade adulta de um cão, há que considerar o seu particular racial e a variedade a que pertence, porque as variedades recessivas presentes nas várias raças alcançam as respectivas maturidades em momentos diferentes, quando comparadas com as dominantes, havendo algumas precoces e outras serôdias. Por norma, os cães mais pequenos atingem a fase adulta mais cedo e os maiores, devido à sua curva de crescimento, alguns meses mais tarde. Também nos cães a maturidade sexual antecede a emocional, o que não significa que desde logo sejam adultos. Geralmente os cães que chegam à maioridade mais cedo são mais rudimentares do que os seus parceiros mais demorados, com um impulso ao conhecimento menor, mais instintivos e menos autónomos. Talvez não seja bom ter um cão que de imediato nos obedece ou outro que bem cedo comece a caçar. À parte disto, os cães que regulam a sua pelagem pelo relógio biológico, carecem de seis estações para atingir a idade adulta. Os grandes molossos formam-se mais tarde e os vulpinos cedo se entesam. Ter um cão precoce obriga a cuidados especiais, porque o tempo concorre contra nós e há que saber como actuar. Pormenores à parte, os cães encontram-se na sua plenitude aos 3 anos.
Comecemos por falar da alimentação. Quando o cão chega à idade adulta, a menos que haja parecer médico em contrário, deve comer uma só vez ao dia, de acordo com a sua envergadura e natureza do serviço a que se destina, segundo as tabelas em uso. O horário da refeição difere caso a caso e pode ser alterado de acordo com a estação do ano, que pode também obrigar à alteração das dietas. Esta alteração é pouco justificada em Portugal atendendo ao seu particular climático. Um CPA médio, de 63 cm de altura, deverá comer o equivalente a 630 g diárias, isto se o teor de gordura não for abaixo dos 16% e a proteína inferior aos 24%. É salutar manter até aos 3 anos uma ração de performance, contrariando a tendência usual de se passar para uma ração de manutenção aos 12 meses. A altura dos bebedouros e comedouros deve considerar a altura do cão, encontrar-se 5 cm abaixo dela. Com isto mantêm-se os índices de alerta, poupam-se os metacarpos, protege-se o dorso e labora-se preventivamente contra os envenenamentos. Em casos excepcionais, defendemos a prática do “dia de jejum semanal”, particularmente para os cães remetidos à inactividade ou pouco bafejados pelo impulso ao movimento. E que ninguém se espante com isto, porque a modo próprio procedem os cães assim, havendo ocasiões em que petiscam e mal tocam na comida (ex: quando o calor é demasiado, o dono está ausente ou quando uma cadela por perto está com o cio).
Da nossa prática, entendemos que o ideal é manter o cão com o peso de estalão até aos 5 anos, porque naturalmente a sua gordura aumentará mais 5%. Quando esse aumento é maior, menor é a qualidade de vida. A preocupação com peso atlético, típica dos animais sujeitos a competições desportivas, não é uma prioridade geral. Esse valor é encontrado da subtracção da capacidade pulmonar sobre o peso de estalão. Num cão médio e rectangular o peso atlético ronda os 91.56% do peso indicado pelo estalão. Como cada indivíduo é um caso à parte, importa controlar o peso, porque a acumulação de gorduras desinteressa aos cães sedentários, por ser desnecessária e atentar contra o seu bom estado geral. Há que evitar a troca sistemática de rações e a distribuição usual de guloseimas, porque não gastando energia, os cães aprendem a ser gulosos e isso pode ser-lhes fatal, a curto ou médio prazo.
Neste estádio etário recomendamos uma marcha diária de 5 km, desenvolvida a trote e no período de uma hora. O exercício pode ser subdividido em duas etapas e ser dispensado quando o cão se encontra em treino ou no desempenho ordinário das suas funções. A marcha diária supre a necessidade excursionista canina, contribui para a melhoria dos seus ritmos vitais, mantém o bom estado articular e obsta à indolência. Ao invés, os cães condenados ao circuito da árvore mijadoura, rápido apanham taras e mais depressa envelhecem. Aqui ao lado, num município de Barcelona, a Lei obriga os donos à excursão diária, estabelecendo coimas para aqueles que desprezam o bem-estar dos seus cães. Sem o desenvolvimento muscular membro a membro, que só a marcha pode oferecer, qualquer transição de andamento é abusiva e passível de lesão.
Do ponto de vista operacional, tanto a obediência incondicional quanto a sociabilização já devem ter sido alcançadas, a linguagem gestual absorvida e a autonomia potenciada. O bom desempenho canino na maioridade encontra-se sujeito ao tipo de acompanhamento dos ciclos infantis e ao trabalho desenvolvido durante a adolescência, enquanto momentos preparadores e propiciadores. É de todo desejável, e porque não dizer imperativo, que todos os cães cheguem à idade adulta sãos de aprumos, coisa emprestada a alguns no 1º Ciclo escolar, pelo contributo dos aparelhos que operam a ginástica correctiva. O reavivamento dos comandos instalados no treino deve acontecer sistematicamente, porque o desuso implica num desempenho viciado e parcial. A manutenção é obrigatória. A recusa de engodos deve ser recapitulada e o simulacro das acções continuamente exercitado.
Anualmente, haja ou não necessidade, todos os cães adultos deverão fazer um check-up, para que a prevenção opere e a recuperação seja possível. Como a maioria dos proprietários caninos não foi a criadora dos seus cães, ignora quais as afecções mais comuns e presentes nos seus ascendentes. Essa desvantagem só pode ser colmatada pelo exame médico, pela prevenção e pelo despiste. O bem-estar de um cão encontra-se cativo a três amigos: ao criador, ao proprietário e ao veterinário. Quando todos trabalham em uníssono, o sucesso é mais viável e o socorro atempado.
É possível retardar a meia-idade canina? Manter os bons indíces atléticos por mais tempo?
-É, se a genética não nos atraiçoar e estivermos para aí virados! Porque a irresponsabilidade dos donos acaba, inúmeras vezes, por ser a primeira causa de doença nos cães. Se até os aquários precisam de manutenção, o que dizer dos cães? Infelizmente eles só falam por interposta pessoa.
Comecemos por falar da alimentação. Quando o cão chega à idade adulta, a menos que haja parecer médico em contrário, deve comer uma só vez ao dia, de acordo com a sua envergadura e natureza do serviço a que se destina, segundo as tabelas em uso. O horário da refeição difere caso a caso e pode ser alterado de acordo com a estação do ano, que pode também obrigar à alteração das dietas. Esta alteração é pouco justificada em Portugal atendendo ao seu particular climático. Um CPA médio, de 63 cm de altura, deverá comer o equivalente a 630 g diárias, isto se o teor de gordura não for abaixo dos 16% e a proteína inferior aos 24%. É salutar manter até aos 3 anos uma ração de performance, contrariando a tendência usual de se passar para uma ração de manutenção aos 12 meses. A altura dos bebedouros e comedouros deve considerar a altura do cão, encontrar-se 5 cm abaixo dela. Com isto mantêm-se os índices de alerta, poupam-se os metacarpos, protege-se o dorso e labora-se preventivamente contra os envenenamentos. Em casos excepcionais, defendemos a prática do “dia de jejum semanal”, particularmente para os cães remetidos à inactividade ou pouco bafejados pelo impulso ao movimento. E que ninguém se espante com isto, porque a modo próprio procedem os cães assim, havendo ocasiões em que petiscam e mal tocam na comida (ex: quando o calor é demasiado, o dono está ausente ou quando uma cadela por perto está com o cio).
Da nossa prática, entendemos que o ideal é manter o cão com o peso de estalão até aos 5 anos, porque naturalmente a sua gordura aumentará mais 5%. Quando esse aumento é maior, menor é a qualidade de vida. A preocupação com peso atlético, típica dos animais sujeitos a competições desportivas, não é uma prioridade geral. Esse valor é encontrado da subtracção da capacidade pulmonar sobre o peso de estalão. Num cão médio e rectangular o peso atlético ronda os 91.56% do peso indicado pelo estalão. Como cada indivíduo é um caso à parte, importa controlar o peso, porque a acumulação de gorduras desinteressa aos cães sedentários, por ser desnecessária e atentar contra o seu bom estado geral. Há que evitar a troca sistemática de rações e a distribuição usual de guloseimas, porque não gastando energia, os cães aprendem a ser gulosos e isso pode ser-lhes fatal, a curto ou médio prazo.
Neste estádio etário recomendamos uma marcha diária de 5 km, desenvolvida a trote e no período de uma hora. O exercício pode ser subdividido em duas etapas e ser dispensado quando o cão se encontra em treino ou no desempenho ordinário das suas funções. A marcha diária supre a necessidade excursionista canina, contribui para a melhoria dos seus ritmos vitais, mantém o bom estado articular e obsta à indolência. Ao invés, os cães condenados ao circuito da árvore mijadoura, rápido apanham taras e mais depressa envelhecem. Aqui ao lado, num município de Barcelona, a Lei obriga os donos à excursão diária, estabelecendo coimas para aqueles que desprezam o bem-estar dos seus cães. Sem o desenvolvimento muscular membro a membro, que só a marcha pode oferecer, qualquer transição de andamento é abusiva e passível de lesão.
Do ponto de vista operacional, tanto a obediência incondicional quanto a sociabilização já devem ter sido alcançadas, a linguagem gestual absorvida e a autonomia potenciada. O bom desempenho canino na maioridade encontra-se sujeito ao tipo de acompanhamento dos ciclos infantis e ao trabalho desenvolvido durante a adolescência, enquanto momentos preparadores e propiciadores. É de todo desejável, e porque não dizer imperativo, que todos os cães cheguem à idade adulta sãos de aprumos, coisa emprestada a alguns no 1º Ciclo escolar, pelo contributo dos aparelhos que operam a ginástica correctiva. O reavivamento dos comandos instalados no treino deve acontecer sistematicamente, porque o desuso implica num desempenho viciado e parcial. A manutenção é obrigatória. A recusa de engodos deve ser recapitulada e o simulacro das acções continuamente exercitado.
Anualmente, haja ou não necessidade, todos os cães adultos deverão fazer um check-up, para que a prevenção opere e a recuperação seja possível. Como a maioria dos proprietários caninos não foi a criadora dos seus cães, ignora quais as afecções mais comuns e presentes nos seus ascendentes. Essa desvantagem só pode ser colmatada pelo exame médico, pela prevenção e pelo despiste. O bem-estar de um cão encontra-se cativo a três amigos: ao criador, ao proprietário e ao veterinário. Quando todos trabalham em uníssono, o sucesso é mais viável e o socorro atempado.
É possível retardar a meia-idade canina? Manter os bons indíces atléticos por mais tempo?
-É, se a genética não nos atraiçoar e estivermos para aí virados! Porque a irresponsabilidade dos donos acaba, inúmeras vezes, por ser a primeira causa de doença nos cães. Se até os aquários precisam de manutenção, o que dizer dos cães? Infelizmente eles só falam por interposta pessoa.
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