Duas
mentiras tornadas verdades universais estão a matar crianças por toda a parte,
são elas: todos os cães são bons (anjinhos de 4 patas) e quando são maus,
são-no em função dos maus-tratos que receberam, como se os cães não fossem indivíduos,
nascessem todos iguais e espelhassem apenas a pressão ambiental, mentiras que têm
levado muitos pais ao desleixo e condenado os seus filhos à morte.
Apesar
das mortes, do elevado número de feridos e das incapacidades imputadas, ainda
há por aí quem coloque as suas crianças à mercê dos cães, como aconteceu neste
último Sábado à noite, no Distrito de Steilshoop, na cidade alemã de Hamburgo,
onde uma menina de dois anos de idade foi mordida gravemente na cabeça por um
cão mestiço. O incidente foi revelado pela polícia hoje, informando que a
menina foi submetida a uma intervenção cirúrgica de emergência, mas que não se
encontra em perigo de vida, apesar de poder vir a necessitar de outras
operações. A família da menina estava a passar a noite com uns amigos quando
esta se aproximou do cão deles que se encontrava preso. O animal atacou-a de
seguida e seu dono está ser investigado por danos corporais negligentes (onde teriam
os responsáveis pela criança a cabeça?).
Comummente
recorre-se à prisão dos cães para ensiná-los a avisar (ladrar), para
desenvolver a sua territorialidade e aumentar a sua agressividade, porque
presos não podem perseguir nem capturar, o que os revolta e porque defendem automaticamente
pequenos perímetros de “invasores”. Pelas mesmas razões, quando se encontram ao
lado dos donos, podem ser igualmente perigosos, já que ostentam o dobro da
força por se fiarem nas suas costas. Assim, o lugar de uma criança jamais
deverá ser junto a um cão preso (o de um adulto também não), particularmente
quando o animal a desconhece. Diz-se que “à criança e ao borracho mete Deus a
mão por baixo”, que é o que parece ter acontecido em Hamburgo naquele trágico momento,
onde a criança facilmente poderia ter perecido.
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