segunda-feira, 31 de agosto de 2020

CÃO A MAIS E INSTRUÇÃO A MENOS

Na Lehnitzstrasse, em Oranienburg, cidade alemã e capital do distrito de Oberhavel, no Estado de Brandenburg, na passada sexta-feira pelas 15 horas, um cão que estava a ser conduzido por uma jovem de 25 anos, soltou-se e mordeu um cão pequeno. O dono do cãozinho, de 67 anos de idade, foi também atacado quando intentava separar os dois animais, assim como outros dois transeuntes, um homem de 35 anos e uma mulher de 43, que acabaram feridos nas mãos e nas pernas (por onde andaria a dona do cão agressor?). A senhora de 43 anos teve que ser tratada no hospital e os outros agredidos foram tratados no local pelo serviço de ambulância. O pequeno cão também ficou ferido, a polícia criminal abriu uma investigação e a proprietária do cão agressor incorre numa acusação de lesão grave negligente.
Sempre que um incidente destes ocorre, costumamos dizer que estamos perante mais um caso de “cão a mais e instrução a menos”, considerando o tamanho e o carácter do cão, assim como a impropriedade do seu líder, disfunção de fácil eliminação caso o último optasse por treinar o animal, o sociabilizasse e aprendesse a travar-lhe os ímpetos, o que infelizmente é cada vez menos frequente. Na maior parte dos casos em que os cães de uns agridem pessoas ou os cães de outros, os donos dos animais agressores desaparecem com eles sem deixar rasto ou tardam em aparecer, faltando com o socorro às vítimas, exactamente como aquele automobilista que atropela e foge em seguida. Por esta e por muito mais razões, sejam elas éticas ou pedagógicas, as escolas caninas são para donos e cães, porque os binómios aprimoram-se e robustecem-se - cada um como uma unidade indivisível.

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