segunda-feira, 31 de agosto de 2020

FABRICANTE DE SONHOS E ALEGRIAS

O soldador presente nas imagens que ilustram este artigo é o Jorge Filipe Guerreiro, o condutor do Soneca, mais conhecido por “charrouque”, que confiando o cão à esposa, meteu mãos à e decidiu acabar o baloiço, que medirá no seu eixo 60 cm de altura, terá 350 cm de comprimento e 30 cm de largura.
Sozinho e entregue ao trabalho, o Jorge é nesta ocasião um fabricante de sonhos e alegrias, porque está a construir um obstáculo técnico que fortalecerá o carácter dos cães e alegrará os seus donos ao vencê-lo. Daqui agradecemos o empenho e o esforço do Jorge. Participaram nos trabalhos escolares os seguintes binómios: Julieta/Lexa; Liliana/Soneca e Tiago/Alfa.

A VELHA PANCA DAS BICICLETAS CONTINUA A FAZER ESTRAGOS

Na cidade alemã de Bielefeld, pertencente à Região Administrativa de Detmold, no Estado de Nordrhein Westfalen, conforme a polícia local fez saber, um cão policial mordeu hoje um ciclista de montanha várias vezes quando este passava por ele. O cão encontrava-se no exterior da casa com o seu adestrador e não estava de serviço (1) quando se soltou, perseguiu o ciclista e o derrubou.
O animal mordeu o homem de 37 anos várias vezes nas pernas, na parte superior do corpo e no pescoço, deixando gravemente ferido e entregue aos serviços de uma clínica, mas não em perigo de vida. O polícia a quem o cão se encontrava distribuído foi também ferido levemente por dentadas. No intuito de esclarecer os factos, foi instaurado um processo criminal contra ele por suspeita de lesão corporal negligente sendo o cão retirado de circulação até nova ordem.
Os cães mantêm uma histórica antipatia com bicicletas e ciclistas, mais os territoriais do que os caçadores, pelo que carecem de ser sociabilizados com ambos desde tenra idade. O corpo da notícia acima não nos permite chegar a nenhuma conclusão (faltam-nos dados importantes), mas se tudo resultou de um acto de desobediência do animal, a competência e o profissionalismo do adestrador policial podem ser questionadas, ainda mais quando o cão vive e coabita na mesma casa com o seu líder. Mas se tudo resultou de um descuido ou de uma brincadeira de mau gosto, então há que lembrar ao polícia que o binómio está de serviço 24 horas por dia, lição que doravante dificilmente esquecerá.
(1)Este cão prestava habitualmente serviço na Floresta de Teutoburg, sensivelmente a 30 km de distância e a 45 minutos de viagem.

CÃO A MAIS E INSTRUÇÃO A MENOS

Na Lehnitzstrasse, em Oranienburg, cidade alemã e capital do distrito de Oberhavel, no Estado de Brandenburg, na passada sexta-feira pelas 15 horas, um cão que estava a ser conduzido por uma jovem de 25 anos, soltou-se e mordeu um cão pequeno. O dono do cãozinho, de 67 anos de idade, foi também atacado quando intentava separar os dois animais, assim como outros dois transeuntes, um homem de 35 anos e uma mulher de 43, que acabaram feridos nas mãos e nas pernas (por onde andaria a dona do cão agressor?). A senhora de 43 anos teve que ser tratada no hospital e os outros agredidos foram tratados no local pelo serviço de ambulância. O pequeno cão também ficou ferido, a polícia criminal abriu uma investigação e a proprietária do cão agressor incorre numa acusação de lesão grave negligente.
Sempre que um incidente destes ocorre, costumamos dizer que estamos perante mais um caso de “cão a mais e instrução a menos”, considerando o tamanho e o carácter do cão, assim como a impropriedade do seu líder, disfunção de fácil eliminação caso o último optasse por treinar o animal, o sociabilizasse e aprendesse a travar-lhe os ímpetos, o que infelizmente é cada vez menos frequente. Na maior parte dos casos em que os cães de uns agridem pessoas ou os cães de outros, os donos dos animais agressores desaparecem com eles sem deixar rasto ou tardam em aparecer, faltando com o socorro às vítimas, exactamente como aquele automobilista que atropela e foge em seguida. Por esta e por muito mais razões, sejam elas éticas ou pedagógicas, as escolas caninas são para donos e cães, porque os binómios aprimoram-se e robustecem-se - cada um como uma unidade indivisível.

AS COISAS QUE A GENTE LÊ!

Uma britânica, Clare Pooley, quando a pandemia começou em terras de Sua Majestade, segundo relatou no Twitter, para valer ao seu pai durante o isolamento, decidiu emprestar-lhe o Otto, o seu velho terrier, animal para lhe fazer companhia e que devido à idade, já não precisava de caminhadas, bastando-lhe um jardim, amor e colo. Ao receber uma foto do pai encostado numa poltrona  com o animal ao colo, esta senhora apercebeu-se que tinha tomado a decisão certa, postou a referida foto e recebeu o aval de milhares de internautas.
A decisão de Clare Pooley nada tem de novo e recebeu o “ámen” (like) de muitos só porque englobou um cão. Há muito que os filhos entregam aos pais um cão ou um gato para fazer-lhes companhia na velhice, ao invés de convidá-los para viverem e coabitarem com eles, o que implica em dizer que há gente há demasiado tempo confinada por força destas circunstâncias, que são anteriores ao aparecimento da actual pandemia e que infelizmente continuarão para além dela. Mais me espantaria que todas as Pooley deste mundo, com ou sem pandemia, ousassem não se separar dos seus pais!

OS ANIMAIS TAMBÉM ESTÃO SERIAMENTE AMEAÇADOS PELO SARS-COV-2

De acordo com um novo estudo da Universidade da Califórnia, Davis dos Estados Unidos, Os humanos não são a única espécie que enfrenta uma ameaça potencial do SARS-CoV-2, o novo coronavírus que causa o COVID-19. Uma equipa internacional de cientistas usou a análise genómica para comparar o principal receptor celular do vírus em humanos - a enzima conversora da angiotensina-2, ou ACE2 - em 410 espécies diferentes de vertebrados, incluindo pássaros, peixes, anfíbios, répteis e mamíferos. A ACE2 é normalmente encontrada em muitos tipos diferentes de células e tecidos, incluindo células epiteliais no nariz, boca e pulmões. Nos humanos, 25 aminoácidos da proteína ACE2 são importantes para o vírus se ligar e ganhar entrada nas células. Os pesquisadores usaram essas 25 sequências de aminoácidos da proteína ACE2, e modelaram a sua estrutura de proteína prevista com a proteína spike SARS-CoV-2, para avaliar quantos desses aminoácidos são encontrados na proteína ACE2 nas diferentes espécies.
“Estima-se que os animais com todos os 25 resíduos de aminoácidos correspondentes à proteína humana correm maior risco de contrair SARS-CoV-2 via ACE2”, disse Joana Damas(na foto seguinte), primeira autora do artigo e pós-doutorada associada na UC Davis. “Prevê-se que o risco diminuirá quanto mais os resíduos de ligação da espécie ACE2 diferirem dos humanos.” Cerca de 40 por cento das espécies potencialmente suscetíveis ao SARS-CoV-2 são classificadas como “ameaçadas” pela União Internacional para a Conservação da Natureza e podem ser especialmente vulneráveis à transmissão de homem para animal. O estudo foi publicado em 21 de agosto na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas). “Os dados fornecem um importante ponto de partida para a identificação de populações de animais vulneráveis e ameaçadas em risco de infecção por SARS-CoV-2”, disse Harris Lewin, principal autor do estudo e professor de evolução e ecologia da UC Davis. “Esperamos que este estudo inspire práticas que protejam a saúde humana e animal durante a pandemia.”
Prevê-se que várias espécies de primatas em perigo crítico, como o gorila das planícies ocidentais, o orangotango de Sumatra e o gibão de bochecha branca do norte, corram um altíssimo risco de infecção por SARS-CoV-2 por via do seu receptor ACE2. Outros animais sinalizados como de alto risco incluem mamíferos marinhos, baleias cinzentas e golfinhos nariz-de-garrafa, bem como hamsters chineses. Animais domésticos, como gatos, gado e ovelhas, apresentaram um risco médio, e cães, cavalos e porcos apresentaram baixo risco de ligação ao ACE2. Precisa ainda de ser determinado por estudos futuros como isso se relaciona com a infecção e o risco de doença, muito embora para as espécies que têm dados de infectividade conhecidos, a correlação seja alta. Em casos documentados de infecção por SARS-COV-2 em visons, gatos, cães, hamsters, leões e tigres , o vírus tanto pode estar a usar os receptores ACE2 como outros receptores para além do ACE2 para obter acesso às células hospedeiras. Uma menor propensão para a ligação pode traduzir-se numa menor propensão para infecção ou numa menor capacidade para a infecção se espalhar num animal ou entre animais, uma vez estabelecida.
Por causa do potencial dos animais contraírem o novo coronavírus dos humanos e vice-versa, instituições como o Zoológico Nacional e o Zoológico de San Diego, que contribuíram com material genómico para o estudo, fortaleceram medidas para proteger pessoas e animais. “As doenças zoonóticas e como prevenir a transmissão dos humanos para os animais não são um novo desafio para os jardins zoológicos e para os profissionais que cuidam de animais”, disse o co-autor Klaus-Peter Koepfli, pesquisador sénior da Smithsonian-Mason School of Conservation e ex-biólogo conservacionista do Smithsonian Centro de Sobrevivência de Espécies e Centro de Genómica de Conservação do Conservation Biology Institute. “Esta nova informação permite-nos concentrar os nossos esforços e planear adequadamente como manter os animais e os humanos seguros.” Atenção: os autores recomendam cautela contra a interpretação exagerada dos riscos animais previstos com base nos resultados computacionais, observando que os riscos reais só poderão ser confirmados com dados experimentais adicionais.
A pesquisa mostrou que o ancestral imediato do SARS-CoV-2 provavelmente teve a sua origem numa espécie de morcego. Entretanto, descobriu-se que os morcegos apresentam um risco muito baixo de contrair o novo coronavírus por meio do seu receptor ACE2, o que é consistente com dados experimentais reais. Ainda não se sabe se os morcegos transmitiram directamente o novo coronavírus aos humanos ou se ele passou por um hospedeiro intermediário, mas o estudo apoia a ideia de que um ou mais hospedeiros intermediários estiveram envolvidos. Os dados colhidos neste estudo permitem aos pesquisadores determinar quais as espécies que poderão ter servido como hospedeiros intermediários na natureza, o que será um auxílio precioso no controlo de um futuro surto de infecção por SARS-CoV-2 em populações humanas e animais.

domingo, 30 de agosto de 2020

HUSKY OBSTINADO, MENINO FERIDO

Na cidade austríaca de Klagenfurt, capital do Estado da Caríntia, ontem, dia 29 de Agosto, uma criança de 8 anos de idade foi mordida por um cruzado de Husky, por razões ainda por esclarecer na frente de um prédio residencial.
Sabe-se que o dono do cão estava de visita à família da criança, tinha o animal atrelado diante da porta da frente e que num momento de menor atenção atacou o menino no pescoço, causando-lhe uma ferida superficial que acabou por sangrar. Os pais devem afastar os seus filhos mais novos dos cães desconhecidos, mormente quando presos aos donos, motivo mais do que suficiente para atacarem os infantes, porquanto sentem-se mais fortes e depressa conseguem arranjar pretexto para caírem encima de alguém, particularmente de quem lhes pareça mais fraco ou ao seu alcance.

PRATA DA CASA: A SOLUÇÃO DE NARENDRA MODI

Narendra Modi, Primeiro-Ministro da Índia, depois de premiar dois cães do exército indiano (Vida e Sophie) que se destacaram em operações de contra-infiltração e contraterrorismo com as Comendas do Chefe de Estado-Maior do Exército (COAS), no 74º dia da Independência, pediu num discurso aos concidadãos que criassem cães de raças indianas nas suas casas, caso considerassem manter um animal de estimação, adiantando que estes cães estão a ser introduzidos nas forças de segurança nacionais.
Esta solução deveria ser adoptada globalmente, particularmente neste tempo de Covid-19 e consequente crise económica, para evitar a saída de divisas, aumentar as adopções e promover os cães locais. Nos nossos abrigos de cães não faltam animais próprios para a detecção de explosivos e seus componentes, cães caçadores provenientes de hibridações consecutivas que tornaram possível a potenciação da sua máquina sensorial e a melhoria da sua interacção – não nos falta matéria prima| 

PRIMEIRA CERVEJA PARA CÃES EM TERRAS DO TIO SAM

A primeira cerveja para cães nos Estados Unidos já surgiu, obra do fabricante Bush Beer que a lançou no mercado antes do Dia Mundial do cão, que se celebrou no passado dia 26 deste mês. Esta cerveja é anunciada como “Néctar dos Cães”, não contém álcool, é feita de caldo de osso e repleta de sabores e nutrientes adequados para os cães, como vegetais, ervas, temperos, água e caldo de porco. O primeiro lote já esgotou, mas breve estará novamente disponível, ainda que só nos Estados Unidos. Um pack de 4 cervejas custa 9.99 US Dólares (pouco menos que 8.39€), sendo um deles doado para a “Best Friends Animal Society”, organização norte-americana de bem-estar animal sem fins lucrativos. Perante isto vale a pena dizer -o que você quer, a América tem – porque a livre iniciativa parece ter nascido por lá, muito embora já existam “cervejas para cães” há alguns anos em vários países da Europa.

A ANSIEDADE DA SEPARAÇÃO PODE LEVAR AO DESESPERO E À MORTE

É cada vez mais difícil, face ao antropomorfismo reinante, exigir autocontrolo, equilíbrio emocional e senso de responsabilidade aos donos dos cães, mesmo que os seus desequilíbrios possam levar ao desespero e à morte dos seus companheiros de 4 patas, devido à ansiedade da separação que lhes provocam. Quando ao forte sentimento gregário canino é junto um relacionamento lamechas ou inapropriado e é longo o tempo que separa diariamente donos e cães, o problema poderá estar automaticamente instalado e o seu desfecho poderá ser tremendamente trágico.
A ausência dos donos poderá provocar nos cães, para além de alguma destruição doméstica e persistente incómodo dos vizinhos, acções desesperadas e suicidas, porque se sentem vulneráveis e frágeis quando entregues a si próprios. Exceptuando aqueles que já nasceram com sérias fragilidades psicológicas e não são tão poucos assim por conta das más selecções, da consanguinidade e da endogamia (razões genéticas), são os donos, na maioria dos casos, os primeiros responsáveis pela instalação do problema, ao procederem a despedidas sofridas, como se partissem para uma cruzada na incerteza de voltarem e a regressos estonteantes, como se já não vissem os animais há séculos.
Ninguém tem dúvidas que a “ansiedade da separação” canina é uma afecção própria da contemporaneidade, esmagadoramente urbana e por demais visível nos lares da população activa, aquela que sai para ir trabalhar. Para os animais a quem são detectados vários medos, aconselha-se a sua inscrição escolar, o mais tardar aos 4 meses de idade, para que através da interacção, da autonomia condicionada e dos desafios vencidos, consigam superar aquilo que tanto os afligia e serenarem quando entregues a si mesmos.
Quanto aos outros, que de medrosos nada têm, exige-se aos seus donos que sejam sóbrios nas suas despedidas e chegadas, que acostumem os seus cães às suas partidas e regressos simulando-os, primeiro com pequenos intervalos e depois, gradualmente, com outros mais longos, até que os animais se acostumem à sua ausência e se apercebam que ela não significa “um adeus até sempre” ou o fim do mundo – um simples “já volto” basta e um “já cheguei” também. Todavia, convém dizer que os cães não nasceram para estar sós, pelo que necessitam de aprender a aceitar a esta situação.
Quem continuar a empreender despedidas melodramáticas e entradas redentoras, para além de se arriscar a ficar com a casa em fanicos, poderá correr o risco de ver o seu amigo de 4 patas ferir-se ou automutilar-se, de o reencontrar estatelado e inanimado para sempre no passeio fronteiriço à sua habitação, rodeado de sangue e vidros – definitivamente vencido pela ansiedade. Como isto não acontece só aos outros, se tiver um problema destes e quiser solucioná-lo, contacte-nos através do endereço electrónico deste blogue, porque juntos poderemos ajudar a solucioná-lo.

TRABALHO DE GRUPO

Ontem dedicámos a nossa aula ao trabalho de grupo, não esquecendo no entanto a necessária evolução atlético-cognitiva de cada binómio. O destaques do dia foram para o José Maria que retornou às aulas e para o Pedro que pacientemente conduziu o cachorro CPA Jay. A Patrícia deu continuidade ao treino do “aqui” com a Kaila e o Zé acabou como figurante. O Nuno deu pulmão e força à sua Bela e breve terá que dar maior enfâse ao treino do “Aqui”, porquanto a sua pirralha é mais instintiva do que interactiva e amanhã não queremos ver o Nuno a correr atrás dela “serra abaixo, serra acima”.
 
Houve lugar a ataques lançados para o Bohr, Doc, Mel e Soneca. Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Jorge/Soneca; José António/Doc; José Maria/Mel; Nuno/Bela; Patrícia/Kaila; Paulo/Bohr e Pedro/Jay. Provavelmente amanhã já contaremos com a presença do Afonso e da Nasha, binómio que acompanhou o Xeque Yaya ibn Al-Mendossah (depois deste ter adquirido o seu novo guarda-roupa em Marrocos) por terras outrora conquistadas por Abu Ja'far Abdallah ibn Muhammad al-Mansur, mais conhecido somente por Almançor.

sábado, 29 de agosto de 2020

MÁ SINA DE MAGDEBURG

A próspera Magdeburg, capital do estado alemão de Saxe-Anhalt, parece vocacionada para a desgraça, porque já foi destruída por duas vezes, primeiro pela Liga Católica, durante a Guerra dos 30 anos, em 1631, quando esta saqueou a cidade e fez mais de 20.000 mortos não combatentes. Sensivelmente 3 séculos depois viria a ser bombardeada pela aviação aliada, acabando grande parte dela mais uma vez destruída. Ontem foi notícia por um incidente hediondo e bizarro, ocorrido na passada segunda-feira, dia 24 de Agosto – uma menina de sete anos foi ali molestada sexualmente!
Uma menina de 7 anos que se encontrava a passear o seu cão em Magdeburg foi molestada sexualmente por um estranho, na segunda-feira, por volta do meio-dia, num campo para cães em Neptunweg, quando um homem se masturbou na sua frente. De acordo com o relatório policial “durante a conversa, o desconhecido expôs os órgãos genitais e manipulou-os”. O perpetrador é descrito como sendo esguio, de pele clara e com cabelo loiro e curto, vestindo na altura jeans brancos e uma t-shirt colorida. Escusado será dizer que a Esquadra de Polícia de Magdeburg espera receber informações através de uma linha telefónica reservada para o efeito. Quantos “Christian Brückner” haverá na Alemanha? Deixava uma filha ou um filho seu, desta idade, sair para a rua acompanhado unicamente por um cão? Eu cá não, por mais feroz e protector que fosse o animal! Hoje, mais do que nunca, as crianças correm sérios riscos e é cada vez mais difícil confiá-las a alguém, mesmo que seja nosso conhecido.

ANDREA BOCELLI EM MARÉ DE AZAR

Depois de ter ultrapassado a infecção pelo Covid-19, que lhe trouxe febre alta, tosse e espirros e que afectou toda a sua família, Andrea Bocelli, conhecido tenor italiano de 61 anos de idade, chora agora o desaparecimento da sua cadelinha “Pallina”, que aconteceu no Golfo de Aranci, Província de Sassari, no norte da Sardenha. Bocelli está a pedir ajuda aos fãs através do Facebook”. Ao postar uma foto da “Pallina”, escreveu: “Estamos preocupados e sofremos por esta criatura indefesa e pelo seu destino. Esperamos receber notícias positivas que abrirão os nossos corações. Ficaremos muito gratos por isso.” A Guarda Costeira, os salva-vidas e as organizações locais de bem-estar animal têm participado nas buscas. À guisa de agradecimento, o tenor disse ainda: “Agradecemos aos muitos amigos e desconhecidos que mostraram compreensão e sensibilidade, assim como a todos os que têm participado nas buscas tanto pessoalmente como nas redes sociais." Deseja-se que Bocelli encontre a sua cadelinha e celebre na sua companhia o seu sexagésimo segundo aniversário, que ocorrerá no próximo dia 22 de Setembro.

OS MELHORES AUTOMÓVEIS PARA TRANSPORTAR CÃES

Aproveitando a celebração do DIA INTERNACIONAL DO CÃO, que aconteceu no passado dia 26, quarta-feira, o grupo “AUTOTRADER”, especializado em publicidade classificada automóvel e na venda de carros novos e usados, elaborou uma lista dos 10 melhores carros para quem se faz acompanhar pelos seus cães. A Chrysler Pacífica, a mini carrinha mais premiada nos últimos 4 anos, com 135 prémios da indústria, foi elogiada pelos seus assentos “Stow ’n Go”, que facilmente se dobram para dar lugar a boxes e outros acessórios caninos. O modelo de 2021 desta carrinha possui uma câmera interna FamCAM que permite ver, a quem vai ao volante ou sentado a seu lado, o que está a acontecer lá atrás e até dar detalhes, por zoom, dos cachorros nas caixas transportadores (foto seguinte).
O Jeep Wrangler, por sua vez, apresenta múltiplos acessórios Mopar disponíveis para acomodar passageiros caninos, como uma leve cama para animais de estimação e esteiras para carga. Para os interessados aqui vai a lista do AUTOTRADER: 1º _ 2019 BMW X2; 2º _ BUICK REGAL TOURX 2019; 3º _ 2019 CHRYSLER PACIFICA; 4º _ HONDA FIT 2019; 5º _ 2019 JEEP WRANGLER; 6º _ 2019 MITSUBISHI OUTLANDER PHEV; 7º _ 2019 SUBARU CROSSTREK; 8º _ TESLA MODELO3 2019; 9º _ 2019 TOYOTA RAV4 e 10º _ 2019 VOLVO V60 CROSS COUNTRY.
Mas afinal o que torna tão especial o BMW X2 de 2019 para ser considerado o carro mais indicado para transportar os nossos amigos de 4 patas? De acordo com o Autotrader ele é ligeiramente mais espaçoso que a maioria dos carros compactos, tem a vantagem adicional de ter maior distância ao solo, o que possibilita um passeio mais desportivo. Este carro alemão não é tão acessível quanto um  Subaru Crosstrek  ou um  Honda Fit, mas oferece mais potência e uma atitude mais divertida de conduzir do que qualquer um hatchback adequado para cães. No seu interior apresenta bancos dianteiros confortáveis ​​em couro sintético para donos e cães, e na parte traseira uma grande área de carga com bancos que podem ser rebatidos. A grande porta traseira facilita o carregamento e a BMW oferece uma série de acessórios adequados para animais de estimação, incluindo protectores para os bancos traseiros e uma variedade de bolsas desportivas penduradas no apoio de cabeça do banco dianteiro, perfeitas para armazenar guloseimas, brinquedos e tigelas de água.  Trata-se de um BMW e está tudo dito.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

DIA DOS CRUZAMENTOS FRONTAIS SINCRONIZADOS

Hoje demos prioridade aos cruzamentos frontais sincronizados tirados a partir de alguns obstáculos de duplo uso. Na foto acima vemos o Labrador Soneca e o CPA Bohr a cruzarem sobre o mesmo obstáculo, uma vertical de 90 cm de alto e 110 cm de largo. Na foto seguinte vemos os membros intervenientes a passar um sobre o outro (um a fazer abaixo e outro up) numa vertical crua elevada a 100 cm e com 100 cm de largura.
Convidámos os mesmos cães para ultrapassarem os arcos geminados frontalmente e em simultâneo, o que exige alguma experiência e disciplina, já que os arcos encontram-se elevados a diferentes alturas, um a 85 cm do solo e outro a 100 cm. O diâmetro de ambos é de 55 cm. Apesar do rigor exigido, a sincronia pretendida aconteceu.
Visando a efectivação da sociabilização canina, a fixação dos cães na pessoa dos donos e o exercício da contra-ordem, convidámos ambos a cruzar-se no mesmo túnel, obstáculo com 200 cm de extensão, 60 cm de largura e com 50 cm de altura em qualquer das suas entradas. Como comprova o GIF abaixo, tudo correu sem qualquer incidente - é para isso que treinamos!
Acabámos os cruzamentos frontais sincronizados no Pneu, com um cão debaixo do comando de “up” e o outro a cumprir o “abaixo”. Para além dos propósitos já atrás indicados, a prática destes exercícios prende-se também com o cumprimento pronto e imediato das ordens, particularidade que caracteriza a obediência canina quando elevada à excelência.
Participaram nos trabalhos os seguintes binómios: Jorge/Soneca, Paulo/Bohr; Patrícia/Kaila e Pedro/Luna. O Nuno foi para vetustas patuscadas e o Pedro acumulou funções ao executar a reportagem fotográfica. Amanhã retomaremos os trabalhos e abraçaremos novas tarefas.

TREINAR CÃES PARA VALER AOS CINÓFOBOS

As boas escolas caninas têm múltiplos propósitos e prestam valiosos serviços à sociedade, alguns deles distantes do comum e rotineiro adestramento, como é o caso da terapia que estendem aos cinófobos. Há mais gente com medo de cães do que se imagina, não sendo por isso de estranhar que atinja também alguns donos que connosco trabalham. Indivíduos assim, mais cedo do que julgam e apesar dos seus cuidados, poderão inesperadamente vir a ser atacados por um cão ao constituir-se em presas, ainda que involuntariamente.
A superação da cinofobia requer tempo (muito), apego aos procedimentos e treino, tanto escolar como doméstico, para além de aulas teóricas e práticas que venham a possibilitar a substituição deste medo por atitudes insuspeitas aos olhos dos cães. A maior dificuldade que enfrentaremos nesta terapia será a de levar os indivíduos afectados a praticar os nossos conselhos, já que o medo de muitos, parecendo injustificado, é indubitavelmente instintivo, o que dificulta de sobremaneira o seu autocontrolo.
Dizer a um cinófobo que mantenha a calma e não fuja diante dos cães alheios, que não os olhe directamente nos olhos, que não se curve quando avançam para ele e siga o seu caminho com os braços o mais descontraído possível, mesmo quando algum lhe cheira uma das mãos é fácil, difícil é que nos dê ouvidos, particularmente quando receia os animais e liberta desordenadamente hormonas de stresse. Convém dizer que o medo do cinófobo aumenta a suspeição canina e que nalguns casos ele poderá acabar por ser mordido.
Para que isso não aconteça, as escolas deverão ter cães de obediência inquestionável à disposição de quem precisa, animais cujo trabalho consistirá em transmitir confiança a quem a nunca a teve, para que inicie assim a dura luta contra a cinofobia. O combate contra este medo irá ser longo e faseado, porque importa que seja totalmente eliminado. Os indivíduos concorrentes a esta terapia acabarão por conduzir todo e qualquer cão, aprenderão a liderar diferentes animais e aprenderão técnicas de defesa caso venham a ser atacados, manobras que exigem segurança e uma leitura rápida das situações.
Ao debruçar-me sobre este assunto, lembrei-me imediatamente de um aluno de quem desconheço o paradeiro actual, do Vasco, um jovem que temia todos os cães quando o recebemos e que acabou sendo um excelente duplo numa série televisiva que metia um cão-polícia, substituindo os actores quando o cão “enchia a boca”. Não foi caso único e jamais será, porque continuados a valer aos cinófobos que nos procurarem, conscientes de ser capazes de levar o seu medo de vencida – nós viemos para servir!

PIADA PARA O FIM-DE-SEMANA: ÀS VEZES MAIS VALE FICAR CALADO

Uma jovem atraente viaja com o seu cão de autocarro e afaga-lhe repetidamente as orelhas, carinho que muito agrada ao animal. Um homem, seduzido pela beleza da jovem, senta-se na sua frente e diz-lhe que adoraria trocar de lugar com o cão. A resposta da moça não se fez esperar: “ Eu não acredito no que acabei de ouvir, porque vou a caminho do veterinário para castrá-lo!”

RANKING SEMANAL DOS TEXTOS MAIS LIDOS

O Ranking semanal dos textos mais lidos obedeceu à seguinte preferência:
1º _ OS FALSOS PASTORES ALEMÃES, editado em 24/02/2015
2º _ HÍBRIDO DE CHOW-CHOW/PASTOR ALEMÃO: MÁQUINA OU DESASTRE?, editado em 11/05/2016
3º _ 2 MESES REVELADORES, editado em 26/08/2020
4º _ JÁ TEMOS O NOSSO RELÓGIO, editado em 23/08/2020
5º _ O TIAGO ESTÁ DE VOLTA, editado em 23/08/2020
6º _ O MORCEGO-PELUDO SEMPRE VOLTA À NOITINHA!, editado em 26/08/2020
7º _ VONTADE IMENSA DE TRABALHAR, editado em 24/08/2020
8º _ FAMÍLIA EM MOVIMENTO, editado em 26/08/2020
9º _ PASTORES ALEMÃES LOBEIROS: O QUE OS TORNA ESPECIAIS, editado em 02/11/2015
10º _ ENQUANTO A LUNA CRESCE, AVANÇA A KAILA, editado em 23/08/2020

TOP 10 SEMANAL DE LEITORES POR PAÍS

O TOP 10 semanal de leitores por país ficou assim ordenado:
1º Portugal, 2º Brasil, 3º Estados Unidos, 4º Alemanha, 5º Reino Unido, 6º Irlanda, 7º Japão, 8º Suíça, 9º Rússia e 10º Angola.

NO SOPÉ DA MONTANHA

A pequena CPA Luna, face ao que terá pela frente, encontra-se no “sopé da montanha” e parece ter pressa de lá chegar acima. Quando a vemos passar, o nosso coração enche-se de alegria, a esperança toma um novo alento e o sonho recomeça. Ontem desceu à pista com a determinação e altivez que lhe são características, apesar de pequena, indefesa e frágil. Há-de crescer, far-se-á grande e robusta, guardará os seus e ultrapassará todos os obstáculos que lhe colocarem no caminho. Marcha confiante Luna – o futuro sorri para ti!

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

58 ANOS DEPOIS AINDA SÃO AMEAÇADOS PELOS CÃES

Decorridos 58 anos depois da China ter declarado os pandas gigantes como espécie protegida, os cães ainda continuam a ser uma ameaça para eles, porque as reservas naturais chinesas costumam estar intimamente ligadas a assentamentos urbanos onde os cães vagueiam livremente, conseguindo numa só nome percorrer 10 km. E como se isso não bastasse, alguns cães selvagens já estabeleceram residência permanente nas reservas. Quem o diz é uma pesquisa oriunda da Universidade norte-americana de Drexel, trabalho publicado recentemente na revista Scientific Reports sob o título "Free-roaming Dogs Limit Habitat Use of Giant Pandas in Nature Reserves”.
James Spotila (na foto seguinte), Professor Titular LD Betz do Departamento de Biodiversidade, Terra e Ciências Ambientais da Faculdade de Artes e Ciências de Drexel, junto com o seu grupo, começaram a investigar o problema depois que dois pandas nascidos em cativeiro, soltos na Reserva Natural de Liziping, foram atacados por cães. Graças a uma análise GIS desta reserva, ficou provado que grande parte dela se encontra ao alcance dos cães vadios das aldeias vizinhas.
Esta descoberta levou os pesquisadores a considerar como prioritário o controlo dos cães nas reservas designadas para a reintrodução dos pandas, já que estes animais requerem um tamanho mínimo de habitat de 114 km para prosperar, o que face à actual invasão canina aumenta significativamente a sua vulnerabilidade. Apesar da maioria das reservas naturais destinadas aos pandas serem suficientemente grandes, a intrusão dos cães pode limitar significativamente o território destes ursos.
Debaixo desta preocupação, a equipa de pesquisa, trabalhando na Base de Pesquisa de Chengdu, estendeu a sua análise à totalidade das reservas chinesas destinadas ao Panda Gigante, trabalho que veio a revelar que 40% do território atribuído a esta espécie está ao alcance de cães errantes e que apenas 60% do território é de facto “protegido”. Diante destes factos, o Professor Spotila é peremptório: “Os cães devem ser removidos das reservas do panda gigante se quiserem sobreviver na selva”.
Os autores desta pesquisa recomendam uma abordagem abrangente para os esforços de controlo de cães pelos governos locais, implementados pelos líderes da aldeia, o que inclui licenciamento e coleira. Sugerem também educação para residentes, a esterilização gratuita dos cães, clínicas de vacinação e procedimentos para garantir o tratamento ético através de consulta com a Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra Animais ou grupos locais semelhantes, em relação aos cães selvagens removidos das reservas.
Spotila reconhece que a China fez um bom trabalho nos esforços de conservação do Panda Gigante, mas que os esforços relativos ao controlo dos cães não podem ser desconsiderados e carecem de ser implementados para que os pandas gigantes prosperem na natureza: "Somente entendendo e gerindo as interacções complexas entre humanos, animais domésticos e selvagens podemos sustentar sistemas naturais num mundo cada vez mais dominado por humanos", terminou dizendo. Penso que a altíssima proliferação de cães a que assistimos hoje está a pôr em risco e a condenar aos extermínio várias espécies animais. Mais cedo ou mais tarde, a bem do equilíbrio dos diferentes ecossistemas, a aquisição de cães estará cada vez mais sujeita a restrições.