Diz-se que o futebol é um desporto de contacto e daí não restam dúvidas, quer se defenda, ataque, sofra uma falta ou se celebre um golo. E quando ele acontece, é curioso reparar que o seu marcador busca primeiro o reconhecimento do público e só depois corre a abraçar os restantes membros da equipa que o tornaram possível, ainda que mais tarde, no flash interview, venha a realçar o papel do colectivo em detrimento da sua prestação individual. Esta atitude de júbilo é meramente animal e lembra um cachorro que ao alcançar o brinquedo, só o entrega ao dono depois ter desfilado com ele. O adestramento é também uma arte baseada no contacto, núcleo para a fusão das emoções que garantem a unidade de propósitos dentro dos binómios, já que os indivíduos que os constituem, apesar das diferenças, são ambos mamíferos e animais sociais.
E como a relação com um cão não pode dispensar a afectividade recíproca e as adaptações produzidas pelo treino não são por si mesmas perpétuas, só a cumplicidade garantirá a melhor prestação canina, ainda que alimentada pela comunhão de vida, pela experiência dividida e pela recapitulação dos exercícios binomiais. Somente os mais imaturos tratarão os seus cães como máquinas, como uma arma guardada num armário ou como um servo para um serviço isolado, específico e independente. O cão só por si não é um guarda eficaz ou um amigo incondicional, porque não dispensa a acção da liderança e sempre espera pela retribuição, porque é fortemente emocional e actua por resposta, necessitando de estímulos próprios para as diferentes acções.
A guarda de uma casa, a boa prestação desportiva e o seu desempenho complementar nos diversos serviços cívicos sempre dependerão da relação havida com o seu tratador, porque o animal avança na certeza do apoio que sente na retaguarda. O cão não dispensa o contacto físico e exige uma inequívoca relação de proximidade, já que o seu isolamento sistemático entrega-o de mão beijada aos seus instintos, tornando-o imprevisível e por isso mesmo imprestável. A constituição binomial é um namoro constante e um despertar continuado de emoções, algo fazível pelo amor que é dispensado ao animal, porque o adestramento só alcança a indução pela investidura efectuada: quem dirá ao cão que ele capaz e o fará acreditar nisso? A excelência prestativa canina resulta de momentos menos visíveis, previamente acontecidos na intimidade e vulgarmente mal entendidos como telepáticos.
Quem não tem carinho para dar o que espera receber? A esperança nos milagres não resultará da constatação da impotência? A adaptação dos cães só poderá acontecer pela capacitação dos donos, pela alteração das suas rotinas e pela transição das suas emoções. A comunicação emocional suplanta qualquer barreira linguística e é o melhor dos veículos pró contacto interespécies.
E como a relação com um cão não pode dispensar a afectividade recíproca e as adaptações produzidas pelo treino não são por si mesmas perpétuas, só a cumplicidade garantirá a melhor prestação canina, ainda que alimentada pela comunhão de vida, pela experiência dividida e pela recapitulação dos exercícios binomiais. Somente os mais imaturos tratarão os seus cães como máquinas, como uma arma guardada num armário ou como um servo para um serviço isolado, específico e independente. O cão só por si não é um guarda eficaz ou um amigo incondicional, porque não dispensa a acção da liderança e sempre espera pela retribuição, porque é fortemente emocional e actua por resposta, necessitando de estímulos próprios para as diferentes acções.
A guarda de uma casa, a boa prestação desportiva e o seu desempenho complementar nos diversos serviços cívicos sempre dependerão da relação havida com o seu tratador, porque o animal avança na certeza do apoio que sente na retaguarda. O cão não dispensa o contacto físico e exige uma inequívoca relação de proximidade, já que o seu isolamento sistemático entrega-o de mão beijada aos seus instintos, tornando-o imprevisível e por isso mesmo imprestável. A constituição binomial é um namoro constante e um despertar continuado de emoções, algo fazível pelo amor que é dispensado ao animal, porque o adestramento só alcança a indução pela investidura efectuada: quem dirá ao cão que ele capaz e o fará acreditar nisso? A excelência prestativa canina resulta de momentos menos visíveis, previamente acontecidos na intimidade e vulgarmente mal entendidos como telepáticos.
Quem não tem carinho para dar o que espera receber? A esperança nos milagres não resultará da constatação da impotência? A adaptação dos cães só poderá acontecer pela capacitação dos donos, pela alteração das suas rotinas e pela transição das suas emoções. A comunicação emocional suplanta qualquer barreira linguística e é o melhor dos veículos pró contacto interespécies.
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