No dia em que o Homem transformou o lobo em cão, o bicho ficou sem escolha, sentiu a sua sobrevivência condicionada e ficou para sempre algemado à dependência. Mas mesmo que permanecesse lobo, a sua condição não sofreria alteração, porque foi a cegueira dos seus instintos que o levou ao aprisionamento. Talvez resida nisto a maior diferença entre homens e cães: o direito à opção.
A adaptação do cão doméstico foi alcançada pelo contributo do sentimento gregário, o cão é um animal social. Tudo aconteceu por substituição: da alcateia para a matilha e dela para a liderança humana. O cão não nasceu para estar só, precisa do grupo e sobrevive por ele. Não raramente, o excessivo amatilhamento, pela constituição da parceria, obsta à instalação da liderança humana. Assim, a aquisição instantânea de vários cães pode revelar-se um desastre, fomentar uma hierarquia onde o dono não terá lugar, voz activa ou qualquer domínio. E já agora, a haver um segundo cão, ele só deverá chegar quando o primeiro já reconhecer a liderança do dono, constituindo-se como auxiliar, mediante exemplo, na educação do recém-chegado.
Face a irracionalidade canina, o Homem obrigou-se ao lugar de “macho alfa”, porque o cão não tem escolha e não saberá a diferença entre o certo e o errado, se o líder não o fizer saber. É mais fácil educar um cão do que um filho, porque ele será o que nós quisermos, muito embora seja facilmente ludibriado e não evolua para além daquilo que lhe foi ensinado. É aqui que a Escola e o adestramento se tornam importantes, pelo aumento da experiência que lhe poderá salvar a vida.
Sujeito ao grupo, dependente do dono, o cão tudo fará para lhe agradar, porque cães e homens nasceram para ser amados e não basta somente perdoar-lhes as transgressões. Se nos é possível comparar, um cão sem o grupo é um apátrida, um refugiado em terra inóspita ou um lobo solitário. Ao contrário do que se julga, os cães da população activa são os que mais sofrem, devido ao isolamento e à ausência de vínculos afectivos eficazes. Inversamente, os cães das crianças e dos idosos são substancialmente mais felizes, graças à cumplicidade e à comunhão de vida que a divisão do tempo oferece. Nisto se vê a vanglória da disciplina quando confrontada com a afectividade.
Amar um cão, implica na sua sobrevivência, na aposta da sua adaptação ao meio, no estabelecimento de metas e objectivos que visem o seu bem-estar, no estabelecimento de regras que garantam a perfeita coabitação e na recompensa efusiva que visa o agradecimento. Educar é amar!
A adaptação do cão doméstico foi alcançada pelo contributo do sentimento gregário, o cão é um animal social. Tudo aconteceu por substituição: da alcateia para a matilha e dela para a liderança humana. O cão não nasceu para estar só, precisa do grupo e sobrevive por ele. Não raramente, o excessivo amatilhamento, pela constituição da parceria, obsta à instalação da liderança humana. Assim, a aquisição instantânea de vários cães pode revelar-se um desastre, fomentar uma hierarquia onde o dono não terá lugar, voz activa ou qualquer domínio. E já agora, a haver um segundo cão, ele só deverá chegar quando o primeiro já reconhecer a liderança do dono, constituindo-se como auxiliar, mediante exemplo, na educação do recém-chegado.
Face a irracionalidade canina, o Homem obrigou-se ao lugar de “macho alfa”, porque o cão não tem escolha e não saberá a diferença entre o certo e o errado, se o líder não o fizer saber. É mais fácil educar um cão do que um filho, porque ele será o que nós quisermos, muito embora seja facilmente ludibriado e não evolua para além daquilo que lhe foi ensinado. É aqui que a Escola e o adestramento se tornam importantes, pelo aumento da experiência que lhe poderá salvar a vida.
Sujeito ao grupo, dependente do dono, o cão tudo fará para lhe agradar, porque cães e homens nasceram para ser amados e não basta somente perdoar-lhes as transgressões. Se nos é possível comparar, um cão sem o grupo é um apátrida, um refugiado em terra inóspita ou um lobo solitário. Ao contrário do que se julga, os cães da população activa são os que mais sofrem, devido ao isolamento e à ausência de vínculos afectivos eficazes. Inversamente, os cães das crianças e dos idosos são substancialmente mais felizes, graças à cumplicidade e à comunhão de vida que a divisão do tempo oferece. Nisto se vê a vanglória da disciplina quando confrontada com a afectividade.
Amar um cão, implica na sua sobrevivência, na aposta da sua adaptação ao meio, no estabelecimento de metas e objectivos que visem o seu bem-estar, no estabelecimento de regras que garantam a perfeita coabitação e na recompensa efusiva que visa o agradecimento. Educar é amar!
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