Apesar de todos conhecermos “A história do velho, do rapaz e do burro”, temos outra para vos contar, esta real: a da Família Veiga Santos.
Enquanto alguns deixam os seus cães num hotel e outros entregam-nos aos cuidado de empregados, parentes ou vizinhos, para já não falar naqueles que os abandonam, a Família Veiga Santos decidiu ir de férias com os seus cães para os Açores. A logística não foi fácil e exigiu algum planeamento. Uma semana antes da partida, por via marítima, foi enviado um canil desmontável, a montar junto à residência de férias. A Mini, uma cachorra miniatura, foi transportada ao colo da dona e o Abu, um CPA de 6 meses, foi no porão do avião. Chegaram em simultâneo, todos ilesos e o Pastor Alemão nem precisou de tomar calmantes, graças ao trabalho anteriormente desenvolvido. E lá pelas Ilhas, andam “serra acima, serra abaixo”, felizes e contentes, mostrando uma cumplicidade que não se conforma com o isolamento. Temos recebido notícias deles pelo telefone, a experiência tem sido gratificante e a adaptação dos animais excelente. A loucura dos donos trouxe a felicidade aos cães. Ainda há gente assim!
Um aluno meu, que procedeu doutra forma, quando confrontado com as exigências colocadas aos donos de cães, teceu o seguinte comentário: “ Se todos os donos de cães cumprissem com o indicado na Acendura, o número destes animais baixaria para 10 ou 5%. Em matéria de férias, há que haver equilíbrio”. Talvez este nosso prezado discípulo tenha feito uma importante descoberta, que 90 ou 95% dos cães se encontram em mãos impróprias, sujeitos à precariedade dos rendimentos familiares e a um sem número de condicionalismos, a quem o comodismo pode não ser alheio. Pergunta-se: a alta proliferação de cães não tem levado ao seu descarte e abandono? E por falar em equilíbrio, ecologicamente falando, o que deveria haver mais: lobos ou cães, caça ou caçadores? E depois, como entenderá o cão a ausência do dono? Entenderá ele o conceito de férias? Ficará a contar os dias? Como se sentirá?
Infelizmente, não temos uma reportagem fotográfica das aventuras da Família Veiga Santos. Tal não foi possível por dificuldades técnicas, o que lamentamos, porque as fotos revelariam a alegria desses binómios em férias e ilustrariam melhor este texto. E porque estamos a falar de condutores, ainda que de cães, lembro aqui o slogan militar “omnia per omnia portans” (transportando tudo por toda a parte).
Enquanto alguns deixam os seus cães num hotel e outros entregam-nos aos cuidado de empregados, parentes ou vizinhos, para já não falar naqueles que os abandonam, a Família Veiga Santos decidiu ir de férias com os seus cães para os Açores. A logística não foi fácil e exigiu algum planeamento. Uma semana antes da partida, por via marítima, foi enviado um canil desmontável, a montar junto à residência de férias. A Mini, uma cachorra miniatura, foi transportada ao colo da dona e o Abu, um CPA de 6 meses, foi no porão do avião. Chegaram em simultâneo, todos ilesos e o Pastor Alemão nem precisou de tomar calmantes, graças ao trabalho anteriormente desenvolvido. E lá pelas Ilhas, andam “serra acima, serra abaixo”, felizes e contentes, mostrando uma cumplicidade que não se conforma com o isolamento. Temos recebido notícias deles pelo telefone, a experiência tem sido gratificante e a adaptação dos animais excelente. A loucura dos donos trouxe a felicidade aos cães. Ainda há gente assim!
Um aluno meu, que procedeu doutra forma, quando confrontado com as exigências colocadas aos donos de cães, teceu o seguinte comentário: “ Se todos os donos de cães cumprissem com o indicado na Acendura, o número destes animais baixaria para 10 ou 5%. Em matéria de férias, há que haver equilíbrio”. Talvez este nosso prezado discípulo tenha feito uma importante descoberta, que 90 ou 95% dos cães se encontram em mãos impróprias, sujeitos à precariedade dos rendimentos familiares e a um sem número de condicionalismos, a quem o comodismo pode não ser alheio. Pergunta-se: a alta proliferação de cães não tem levado ao seu descarte e abandono? E por falar em equilíbrio, ecologicamente falando, o que deveria haver mais: lobos ou cães, caça ou caçadores? E depois, como entenderá o cão a ausência do dono? Entenderá ele o conceito de férias? Ficará a contar os dias? Como se sentirá?
Infelizmente, não temos uma reportagem fotográfica das aventuras da Família Veiga Santos. Tal não foi possível por dificuldades técnicas, o que lamentamos, porque as fotos revelariam a alegria desses binómios em férias e ilustrariam melhor este texto. E porque estamos a falar de condutores, ainda que de cães, lembro aqui o slogan militar “omnia per omnia portans” (transportando tudo por toda a parte).
Sem comentários:
Enviar um comentário