Serve este artigo de justa homenagem à Joana Melo,
uma jovem engenheira florestal que um dia decidiu adquirir um Pastor Alemão: o
Radar, optando por treiná-lo entre nós. Com o decorrer do tempo a Joana
tornou-se numa excelente colaboradora, rebocando as classes e levando-as para
diante, demonstrando rara fraternidade e companheirismo, sentido de
responsabilidade, muita curiosidade e gosto de aprender. Connosco fez o Curso
de Monitores, tem dado aulas, editou o Blog, assumiu reportagens fotográficas, tem
vindo a participar em todas as nossas actividades, chefiou alguns acampamentos
e continua a ajudar e a ”puxar” pelos alunos recém-chegados, tarefa que aceita
apesar de não ser fácil. Invariavelmente fila-guia das nossas classes, ela tem
sido uma referência para todos, uma amiga sempre presente e um exemplo a
seguir, graças à tenacidade e à disponibilidade que dispensa ao adestramento.
Mercê da sua extraordinária capacidade atlética (força, resistência e
elasticidade), ganhou entre nós o cognome de “o rapaz”, até porque poucos
homens foram e são capazes de igual desempenho.
O Radar é
um matulão de 70cm e 40kg, oriundo do canil Von Haus Mores, um preto-afogueado
de meia-linha bem vermelho que “vai a todas”, veloz e por vezes um pouco
tresloucado, capaz do melhor e do pior que não pára de surpreender. Porque tem
vontade própria e sabe o quanto a dona lhe quer, há momentos em que a goza
deliberadamente, sendo hábil em chantageá-la psicologicamente, habilidade que
ela não tolera e que a leva a “metê-lo na linha” ou… a tentar fazê-lo! Briosa e
competitiva, a Joana zanga-se consigo própria quando erra e não gosta de ver o
seu “menino” para trás de ninguém. E quando isso acontece fica furibunda, os
olhos parecem crescer-lhe e o seu mimetismo extravasa-se, “coisas da minha
Joana”, como costumamos dizer. Breve irá deixar-nos e viver para a “Velha
Albion” com o João Carreiras, seu companheiro e nosso amigo. A sua ausência irá
ser muito sentida porque é uma amiga que parte e que deixa uma vaga difícil de
preencher. Lá vão mais dois forçados pelos maus ventos da crise, numa torrente
de milhares que este País desprezou e vai continuar a desprezar. Não tememos
pela sorte da Joana porque conhecemos a sua têmpera e sabemos do seu valor, irá
triunfar certamente! Obrigado Joana e toma tuas as palavras de um dos nossos
slogans: “o céu é o nosso limite!”
Sem comentários:
Enviar um comentário