Quanto
mais previdente for um adestrador canino, em menos incidentes incorrerão os cães
que ensina, o que equivale a dizer que o objectivo central do adestramento
aponta para a sobrevivência dos animais pela adequação do seu comportamento
face aos desafios que lhe irão ser colocados no seu quotidiano. Uma das mais
sérias obrigações de um treinador competente passa por adequar e familiarizar os
cães com pessoas com apresentações e comportamentos extraordinários, capazes de
despoletar desconfiança e agressividade nos cães, como são os casos de crianças
a brincar, adultos com dificuldades locomotoras e todos os portadores de
canadianas e bengalas, cujo manejo pode ser entendido como uma provocação ao
serem confundidas com sticks ou pseudocassetetes. Um garoto munido de uma vara,
a bater no chão ou a ameaçar outro, pode involuntariamente colocar-se no papel
de presa, podendo suceder o mesmo a um agricultor ou jardineiro que se encontre
a cavar, atendendo aos movimentos mecânicos (repetitivos) e ao particular que a
sua respiração empresta à acção. Por tudo isto se compreende que treinar um cão
é procurar reduzir a zero os incidentes que possa causar e também aqueles que
possam vitimá-lo.
No município alemão de Wertingen, no distrito de Dillingen, estado de Bayern, a dona de um cão não o tinha preparado para estas situações extraordinárias, pelo que na passada segunda-feira, o animal saltou do carro da dona e foi morder uma idosa de 74 anos que se encontrava a arrancar ervas na rua. A septuagenária foi severamente mordida na coxa direita, foi levada ao hospital pelo seu marido e ali foi imediatamente submetida a uma cirurgia. O incidente provocado pelo cão agressor acabará por inculpar o seu dono em danos corporais negligentes, o que não é nenhuma injustiça, uma vez que deveria ter o seu cão controlado e também sociabilizado com os demais. Um incidente destes, quando perpetrado por um cão que frequenta uma escola, descredibiliza e enche de vergonha todos os seus agentes de ensino.
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