O
CPA Bohr, um lobeiro de pêlo comprido, é um amigo que à tardinha desce à cidade
onde é muito conhecido, tem um enorme grupo de fãs e são muitos os que correm alegremente
para ele. Nas vielas e calçadas há sempre alguém que repara na sua presença,
adultos e crianças que o querem afagar, mesmo desconhecendo o seu nome. É na
verdade um companheiro idílico para os adolescentes e um verdadeiro pai para a
criançada, interagindo com todos serenamente. Na foto acima vemo-lo no meio de
um casal de namorados nascido no Brasil, que suspendeu o seu romance para o
poder abraçar. O enquadramento deste CPA é perfeito e harmoniza-se naquela
paisagem romântica. Na foto seguinte vemo-lo deitado entre duas senhoras à
porta de uma loja de souvenirs que se encantaram com a sua presença e
docilidade.
Num
jardim mais adiante encontrámos uma menina que tinha medo de cães e optámos,
com a anuência da mãe, por ajudá-la a vencer esse seu temor. Pedimos à mãe que
a pegasse ao colo enquanto o Bohr passava por debaixo das pernas da jovem
matriarca. Confortada pela presença da mãe e convencida da mansidão do cão, a
pequenina agradou-se da experiência e explodiu de alegria.
Já
confiante no cão, a pretexto de uma fotografia, pedimos àquela brasileirinha
que se sentasse ao lado do prestável e seguro lupino, o que ela fez
imediatamente com um sorriso estampado no rosto. Em certas cidades portuguesas
e nos seus arredores, a maioria das crianças que encontramos na rua são de
origem brasileira, nascidas no Brasil ou já nascidas em Portugal. Virá a nação
lusa de cãs brancas a ser o 27º estado federal do Brasil? Acabará a velha
potência colonizadora por ser colonizada? Nada me espanta, o mundo é feito de
mudança!
Com
a garotinha rendida aos encantos do Pastor Alemão, pedimos-lhe que o segurasse
pelo trela, pedido que prontamente satisfez com um pronunciado sorriso – o Bohr
cumpriu mais uma vez a sua missão – porque onde havia receio trouxe paz,
alegria e confiança, ele que é na verdade um sereno protector das crianças e
que tudo faz para não incomodar ninguém, preferindo passar despercebido.
Faltava
ainda convidá-lo para a sua ginástica de manutenção, uma vez que já havia
desenferrujado a obediência brilhantemente. Assim, foi convidado para um
percurso de condução nuclear, composto por duas pessoas e um candeeiro público,
numa clássica sequência de abaixo, up e abaixo com retorno, tarefa que prontamente venceu
conforme atesta o GIF seguinte.
A reportagem fotográfica foi da autoria do Paulo Jorge, que também conduziu o Bohr, cabendo ao Adestrador a edição do registo fotográfico. A Diana não compareceu aos trabalhos pela segunda vez consecutiva e não pudemos contar com a presença do Jorge Filipe. Resta-me agradecer a solidariedade e paciência do Bohr, um cão equilibrado como poucos e um amigo para todas as ocasiões.
Sem comentários:
Enviar um comentário