terça-feira, 11 de junho de 2019

NÓS POR CÁ: O DIA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS

Celebrou-se ontem o DIA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES PORTUGUESAS. Mais do que comentar o discurso do Presidente da República, importa falar dos portugueses, do seu cantinho e dos seus dramas, porque o “sermão” de Marcelo Rebelo de Sousa foi mais para os que já se foram e menos para os que buscam solução (se Henrique Mitchell de Paiva Cabral Couceiro ainda por cá andasse, certamente lhe juraria fidelidade e Sidónio Pais não lhe ficaria atrás). Marcelo personifica o melhor e o pior que somos, as tradições que nos mantêm de pé e as contradições que nunca nos largaram, porque portugueses há-os para todos os gostos e de todos os feitios, que de tão individualistas que são, caso não se unissem na desgraça e na miséria – na hora do aperto, há muito que deixariam de ser Nação. Ser português é essencialmente um estado de alma, uma lágrima saudosa e incontida de quem está longe da Pátria, um descobrir do peito com os feitos dos nossos compatriotas e a possibilidade de ser igual a si próprio para além das convenções e do politicamente correcto, é ter um lugar e pertencer a toda a parte, ser conformado e ao mesmo tempo portador de uma esperança infinda, que mesmo agrilhoado nunca se dá por vencido, como filho de uma promessa que haverá de cumprir-se. Viva Portugal!

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