Celebrou-se ontem o DIA DE PORTUGAL E DAS COMUNIDADES
PORTUGUESAS. Mais do que comentar o discurso do
Presidente da República, importa falar dos portugueses, do seu cantinho e dos
seus dramas, porque o “sermão” de Marcelo Rebelo de Sousa foi mais para os que
já se foram e menos para os que buscam solução (se Henrique Mitchell de Paiva
Cabral Couceiro ainda por cá andasse, certamente lhe juraria fidelidade e
Sidónio Pais não lhe ficaria atrás). Marcelo personifica o melhor e o pior que somos,
as tradições que nos mantêm de pé e as contradições que nunca nos largaram,
porque portugueses há-os para todos os gostos e de todos os feitios, que de tão
individualistas que são, caso não se unissem na desgraça e na miséria – na hora
do aperto, há muito que deixariam de ser Nação. Ser português é essencialmente
um estado de alma, uma lágrima saudosa e incontida de quem está longe da
Pátria, um descobrir do peito com os feitos dos nossos compatriotas e a
possibilidade de ser igual a si próprio para além das convenções e do
politicamente correcto, é ter um lugar e pertencer a toda a parte, ser
conformado e ao mesmo tempo portador de uma esperança infinda, que mesmo agrilhoado
nunca se dá por vencido, como filho de uma promessa que haverá de cumprir-se.
Viva Portugal!
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