sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

UM SEGUNDO EMAIL QUE NOS LEVOU ÀS LÁGRIMAS

Como os nossos leitores devem calcular, atendendo ao seu elevado número, não podemos dar pronta resposta a todos os emails que recebemos e não publicamos aqueles onde nos tecem rasgados elogios. Esta semana recebemos um email curioso que dizia assim: “Boa tarde. Já fui aluna do Sr. João há muitos anos atrás (Zorba, Pastor Alemão dourado). Adquiri um novo cão e gostaria de o treinar. Alguém de confiança na zona de Cascai? Obrigado”. Como a mensagem pouco esclarecia acerca daquele binómio, respondemos do seguinte modo: “Eu lembro- me do teu nome e do nome do cão, ambos parecem-me de boa memória. Por favor conta-me mais detalhes sobre ambos e sobre a vossa permanência na Acendura Brava em Alcainça. Obrigado”.
Rapidamente obtivemos resposta ao que havíamos solicitado: “Bom dia. Penso que se lembra desta peste. Era filho da Dory e do Dingo do Júlio Vitorino. Partiu a 27 de Outubro do ano passado, com os seus respeitáveis 15 anos. Quando frequentei a escola, estava a viver com o meu companheiro anterior. Depois da partida do Zorba, acabei por adquirir um pastor de linha moderna. Um rampeado... que se revelou ser dos melhores cães que já tive. É filho do Namir Von Arminius 2000, criação Pastor do Paiva. Equilibrado, calmo sem ser letárgico. Muito observador e propenso para a aprendizagem. Está com 5 meses e meio e está na altura de começar os treinos com ele. Descobri o blogue há uma semana. Se soubesse, teria pedido orientação para escolher o cão. Mas já está feito”. Com a resposta chegaram-nos também duas fotos, uma primeira que antecede este parágrafo e que mostra o Zorba no esplendor da sua juventude e uma segunda referente à sua velhice ao lado da dona como podemos ver a seguir.
Lembramo-nos muito bem do Zorba, dele e doutros tantos valentes que produzimos, Pastores Alemães vermelhos que nunca viravam a cara à luta e que defendiam até às últimas consequências os seus donos e haveres, companheiros seguros, rijos, solícitos, saudáveis, incansáveis, impolutos e incorruptíveis que apesar de desaparecidos, continuam vivos na nossa memória pelo tanto que nos deram. Afortunadamente deixaram descendência, sabemos por onde andam e em que mãos se encontram, apesar de não serem muitos. Face ao que nos foi dito acerca do Zorba, agrada-nos saber que este valente durou 15 anos, orgulhamo-nos de o havermos seleccionado e treinado, e emocionamo-nos ao soletrar o seu nome! E a verdade é esta: quando morre um cão destes parte de nós vai com ele e sentimo-nos mais sós.

Sem comentários:

Enviar um comentário