O título deste artigo não é nosso mas bem que
poderia sê-lo, apesar de o podermos substituir por “DIZ-ME COM QUEM
ANDAS E DIR-TE-EI QUEM ÉS”, pertence ao “New York Times” e o assunto mereceu a
nossa especial atenção pelo insólito, apesar de já não estranharmos nada,
depois de sabermos que alguns ingleses distribuem álcool aos seus cães, também não
nos custa acreditar que alguns americanos dividam as suas “ganzas” com eles,
como de facto acontece em Nova Iorque e na Califórnia (é por estas e por outras
que o Trump é visto por muitos yankees como “salvador da pátria”). Mas deixemos
a política para lá e vamos ao que interessa.
O flagelo da droga em Nova Iorque e o consumo
de Marijuana não se limita somente aos bairros de Queens, Bronx ou Brooklyn, encontra-se
disseminado por toda a Cidade e também não são só os hispânicos, as minorias
raciais, os cidadãos na base da pirâmide social e os emigrantes que a consomem,
há muita gente de classes privilegiadas e doutorada que não dispensa o seu
consumo (delegados do Ministério Público, políticos, veterinários e por aí
adiante), mau hábito que não escolhe idades e que se banalizou. Os cães dali acabam
pedrados por insanidade, cumplicidade ou descuido dos donos e quando a coisa
fica preta vão a correr para os veterinários. Certo é que de 2005 a 2015, o
número de cães assistidos com overdose aumentou 144%, montante só ultrapassado
pelo Estado da Califórnia.
Os sintomas caninos mais comuns de
intoxicação por Marijuana são os seguintes: letargia, irregularidade de
andamentos, locomoção em ziguezague, desprendimento de urina e hipersalivação,
afortunadamente os cães não correm risco de vida, porque reagem muito bem ao
som, à luz e ao movimento. O tratamento utilizado consiste em provocar-lhes o
vómito, isto se a ingestão da droga for recente. Caso contrário, os animais
deverão ser hidratados e conservados num lugar calmo até que os efeitos da
droga desapareçam, o que poderá levar alguns dias. Até hoje não há notícia da
morte de nenhum cão por inalação ou ingestão de Marijuana, apesar de alguns
poderem entrar em coma ou apresentarem a pressão arterial muito baixa quando
ingerem Marijuana envolta em chocolate (branco ou negro), “iguaria” muito do
agrado dos seus donos.
Acontece na América, é possível que aconteça
também entre nós, apesar de não haver notícia disso, porque toxicodependentes
acompanhados por cães é coisa que não nos falta, como não nos faltam tontos que
dão pólvora aos cães para os tornar ruins, podendo com isso intoxicar
gravemente os animais e condená-los à morte, graças à mistura do enxofre com salitre e pó de carvão. Também não nos custa a crer que haja cães sujeitos a
drogas mais pesadas, lá e cá, porque eles vivem na dependência dos seus donos e
sujeitam-se à mesma sorte, já que a relação homem-cão é para o animal uma carta
fechada – nunca sabe a que mãos vai parar! Estamos perante mais um caso de pura
crueldade que viola não um, mas todos os artigos constantes na Declaração
Universal dos Direitos do Animal. Diante de tamanha insanidade cada vez é mais
difícil confiar cães a alguém!
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