Chega a espantar, ao reparar nos
métodos, pressupostos e conteúdos de ensino, a pobreza doutrinária presente no
adestramento, onde prática evolue sem teoria e se transforma em dogma, sucumbindo
o conhecimento erudito às mãos de doutrinas forjadas pela imitação e adaptadas
às habilidades de cada um, o que implica em retrocesso e induz à subjectividade,
na substituição da verdade científica pelo deleite antropomórfico. Cada escola
deverá ter como alicerces, para justificar a sua existência e diferença, à priori, um filósofo, um etólogo e um
cinólogo, e explicar aos seus alunos porque optou por esses e não por outros,
para que saibam ao que vão e aquilo que os espera, já que o adestramento é uma
arte que não dispensa o contributo da ciência no seu avanço. No que nos diz
respeito, para melhorarmos a comunicação interespécies, depois de lermos muitos
(Granderath, Gersbach, Hägendorf, Orberländer e os modernos cinólogos
anglo-saxões), demos ouvidos a Desmond Morris, comprovámos Konrad Lorenz,
optámos por Trumler e surpreendentemente, valemo-nos de Wittgenstein, um
filósofo judeu da escola vienense, para muitos o maior vulto da filosofia do
século passado, apesar de ser pouco conhecido entre nós. Nos diálogos que
encetámos com o as “Investigações
Filosóficas”, conseguimos extrair subsídios para melhor valermos aos nossos
condutores e conservar neles a vontade de ir mais além, levando-os à
compreensão e necessidade da liderança. Para os amantes do conhecimento
lançamos aqui um convite: conheçam Wittgenstein!
quinta-feira, 3 de janeiro de 2013
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