quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

O NOSSO AMIGO WITTGENSTEIN


Chega a espantar, ao reparar nos métodos, pressupostos e conteúdos de ensino, a pobreza doutrinária presente no adestramento, onde prática evolue sem teoria e se transforma em dogma, sucumbindo o conhecimento erudito às mãos de doutrinas forjadas pela imitação e adaptadas às habilidades de cada um, o que implica em retrocesso e induz à subjectividade, na substituição da verdade científica pelo deleite antropomórfico. Cada escola deverá ter como alicerces, para justificar a sua existência e diferença, à priori, um filósofo, um etólogo e um cinólogo, e explicar aos seus alunos porque optou por esses e não por outros, para que saibam ao que vão e aquilo que os espera, já que o adestramento é uma arte que não dispensa o contributo da ciência no seu avanço. No que nos diz respeito, para melhorarmos a comunicação interespécies, depois de lermos muitos (Granderath, Gersbach, Hägendorf, Orberländer e os modernos cinólogos anglo-saxões), demos ouvidos a Desmond Morris, comprovámos Konrad Lorenz, optámos por Trumler e surpreendentemente, valemo-nos de Wittgenstein, um filósofo judeu da escola vienense, para muitos o maior vulto da filosofia do século passado, apesar de ser pouco conhecido entre nós. Nos diálogos que encetámos com o as “Investigações Filosóficas”, conseguimos extrair subsídios para melhor valermos aos nossos condutores e conservar neles a vontade de ir mais além, levando-os à compreensão e necessidade da liderança. Para os amantes do conhecimento lançamos aqui um convite: conheçam Wittgenstein!  

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