Quando virá o “Portugal que há-de cumprir-se”? A resposta é aguardada por todos os portugueses! Será um império terreno ou celestial, um deslocamento para oriente ou para o ocidente, uma metrópole que se expandirá ou que será absorvida? Será que esse Império já veio e já se esfumou? Onde raio teriam ido Camões e Pessoa buscar tal idéia? Seriam videntes ou simplesmente patriotas infamados, porta-vozes de uma esperança popular sustentada pelo desalento e oriunda de tempos imemoráveis? Seria de todo conveniente que esse império chegasse para fazer frente ao quinto dos infernos em que vivemos! O que sabemos é que Portugal nunca se cumpriu, que ao longo da sua história sempre viveu de “buchas”, da pimenta da India, do comércio de escravos, do ouro do Brasil e agora da torneira a fechar-se da CEE. Esta Nação flutuante lembra a Arca de Noé, será que algum dia as águas da miséria secarão ou seremos uma eterna Fénix?
Há quem diga, do seu alto saber, que esse império será de natureza cultural, já que os portugueses tendem a fundamentar a cultura popular por onde passam, muito embora, nós como os outros, tenhamos passado o século XX dominados pelo pensamento de três judeus ashkenazi: Einstein, Freud e Marx. Pode ser, e agora dizemos nós, não tão doutos quanto outros e na singeleza do nosso ofício, que devido à política do actual governo, nesta ocidental praia lusitana, de matar os velhos e de fazer emigrar os novos, o ADN português passe doravante de recessivo a dominante, conhecida que é a nossa propensão histórica para a misciginação, o que faria perpétuar Portugal por todo o Mundo. As nossas limitações impedem-nos de vislumbrar outros meios para o alcance de tal império, pois custa-nos a acreditar que os extraterrestres venham a considerar o fado património do universo intergaláctico.
De um modo ou de outro, e mais uma vez, sendo poucos e partindo endividados, com uma mão atrás e outra à frente, caberá aos mais novos catapultar esta velha Nação para o futuro, fazer dela um Atlântida ou um 5º Império - cumprir Portugal. Oxalá não repitam os erros do passado, queira Deus que isso lhes sirva de lição e que alcancem outros mares, onde não conseguimos chegar.
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