terça-feira, 15 de janeiro de 2013

ICH HATT’ EINEM KAMERADEN


Apesar de nunca se ter feito um levantamento acerca do número de mortos, todos os dias morrem cães de guarda em todo o Mundo, vítimas de ladrões violentos que os têm de enfrentar. A chacina é mais comum nos países miseráveis ou naqueles onde o distanciamento entre ricos e pobres, por ser tão grande, chega a ser escandaloso (infelizmente ainda não se descobriu uma solução eficaz contra a pobreza). Treinar um cão para guarda, ainda que poucos pensem nisso, é colocá-lo no “lugar do morto”, especialmente se trabalhar isolado e distante do socorro dos donos. Este companheiro que dará, se preciso, a vida por nós, como até hoje tem feito, é normalmente esquecido e raramente é objecto de um memorial ou de um vulgar monumento, o que a ninguém espanta, já que também são poucos os erigidos aos cães polícias e militares, apesar da grandeza do seu serviço e do mérito das suas acções. Uma vez abatidos, serão sepultados no silêncio familiar e ninguém cantará para eles “Ich Hatt’ Einem Kameraden” ou outra melodia que evoque o seu valor e sacrifício, o que nos remete para as palavras de um velho e experimentado perrero: “a gratidão neste mundo habita nos quartos traseiros de uma mula”. Queremos aqui prestar homenagem aos cães que morreram no cumprimento do serviço e exortar os treinadores para que melhor treinem os actuais, dando-lhes a vantagem da surpresa, maior eficácia e melhores subsídios para a sua sobrevivência.

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