Dedicámos os trabalhos do
último fim-de-semana ao alcance do “junto”, à sociabilização com ciclistas e à
introdução dos cachorros (agora com 6 meses) aos muros. Na foto seguinte ver o
José António no primeiro destes trabalhos, a conduzir inesperada e
voluntariamente a Doberman Lupa.
Apesar de havermos
dedicado muito tempo ao “junto” e à obediência à trela, optámos por não
seleccionar mais fotos sobre o assunto, porque são mais técnicas, de certo modo
repetitivas e menos espectaculares. Assim, passamos imediatamente para a
introdução aos muros, realizada sobre um de alvenaria com cerca de 150 cm de
altura. Na foto abaixo podemos ver a Andreia a fazê-lo com a Doberman Russa. A
necessária ajuda de mão da condutora é deficitária, porque apenas puxa a
cachorra na vertical quando o deveria ter feito também para a frente,
mostrando-se o seu socorro impróprio e atrasado.
Do mesmo não podemos
acusar o José António, cuja mão de condução já se encontra justificadamente
adiantada, ajudando e facilitando assim a Doberman Lupa na transposição.
Na foto seguinte podemos
ver o binómio Pétia/Bjorn na execução do mesmo trabalho. As ajudas de mão da condutora
não são visíveis pela disparidade de tamanho entre a condutora e o cachorro,
cachorro que há muito e em muito ultrapassou os 30 kg de peso, pese embora o facto de ter
apenas 6 meses de idade. Apesar da sua envergadura, este jovem CPA, que tem uma
cabeça e ossatura invejáveis, transpôs aquele muro “com uma perna às costas”.
Também o Doberman Zeus foi
convidado para o muro, obstáculo que está acostumado a vencer e que é usado
como manutenção para a sua boa forma física. Para comprovar o que acabámos de
dizer, basta reparar no pormenor dos pés da Svetlana, que se encontram apenas
apoiados nas pontas. Caso o cão não estivesse acostumado a fazer aquele muro, considerando o seu peso, jamais a condutora conseguiria ajudá-lo em “bicos de pés”.
Todos sabemos que alguns
cães nutrem uma especial predilecção em perseguir ciclistas, tendência que
normalmente causa acidentes de alguma gravidade e que podem até ser letais,
como o acontecido com o célebre ciclista português Joaquim Agostinho, falecido a
10 de Maio de 1984, em consequência de uma queda fatal provocada por um cão em
Quarteira, na Volta ao Algarve do mesmo ano, depois de ter passado por 10 dias
de coma (o famigerado campeão não levava na altura capacete).
Na foto seguinte, enquanto
o CPA Bohr posa para a fotografia e o Doberman Zeus parece procurar uma sombra,
a pequena Doberman Russa, a última da fila, mostra-se inequivocamente disposta
em dar caça ao ciclista que com ela se irá cruzar.
A foto que se segue é
ilusória, porque parece sugerir que o CPA pretende jogar-se ao ciclista, o que
não foi o caso. É evidente que os mais experimentados e com a visão educada não
se deixarão enganar facilmente, porque a bicicleta já passou, não é visível
qualquer reparo da condutora e as expressões mímicas do cachorro não evidenciam
qualquer predisposição de ataque.
Como importava corrigir as
cachorras Doberman, fortemente amatilhadas, o Adestrador tomou sobre si a
incumbência de as educar, conforme testemunha a foto abaixo, ao flagrá-lo no
final da fila, enquanto procedia ao ensino da Doberman Lupa.
É nosso apanágio dedicar
invariavelmente parte das nossas aulas aos comandos de “à frente” e “atrás”.
Fazemo-lo para libertar os cães do stress e por necessidade operacional. Quando
aplicamos estes comandos em encostas, ladeiras e escadas fica clara a nossa
preocupação com a melhoria dos índices atléticos dos nossos cães, indissociavelmente
ligados à optimização dos seus ritmos vitais. Na foto abaixo vemos o binómio
João/Zeus na execução do “à frente”, com o cão nitidamente a ajudar o seu
condutor na subida, segundo indicia a tensão da trela.
Como reforço do programa
de fisioterapia a que se encontra sujeito o condutor, depois de operado a um
joelho, pusemos o binómio Paulo/Bohr também a subir escadas. Na foto seguinte é
possível ver a coxeira do dono, que hesite em colocar o pé no chão e o cuidado
do cão com ele (há cães assim!).
No caso específico do
cachorro CPA Bjorn, que queremos equilibrado e seguro, tendo em conta a sua
idade, mais nos importou que subisse em segurança ao lado da dona, para que
futuramente enfrente sem reticências os desafios que ela irá colocar-lhe.
Participaram
nos trabalhos os seguintes binómios: Andreia/Russa; José António/Lupa;
Paulo/Bohr; Pétia/Bjorn e Svetlana/Zeus. As fotografias estiveram a cabo do
José António, do Luis Carvalho e do Paulo Motrena. O Jorge não pôde comparecer
com o Labrador Soneca por motivos laborais e continuamos a aguardar pelo
pessoal do Entroncamento, localidade ligada aos fenómenos.
O cachorro CPA Bjorn ainda
treinou da parte da tarde, tendo como companheiro de classe o CPA Bohr, com
quem executou alguns exercícios de sincronização sem reparos, conforme atesta a
foto abaixo.
Resta dizer que treinámos
debaixo de 28º celsius, o que é incomum para a Estação, que o treino foi
realizado em altitude e que foi beneficiado
pela brisa marítima, o que no seu todo muito ajudou os binómios em classe,
considerando os índices de temperatura e humidade verificados, factores a ter
em conta quando se treinam cachorros, cães iniciados, frágeis ou idosos. Para a
semana há mais! Boa semana para todos.
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