Antes de me debruçar sobre
o Buddy, um camarada cuja história vale a pena conhecer, vou falar sobre o
jornal alemão que mo deu a conhecer na sua edição online de ontem, o AUGSBURGER ALLGEMEINE,
jornal diário regional que foi publicado pela primeira vez em 30 de Outubro de
1945 com o nome de SCHWÄBISCHE
LANDESZEITUNG, por iniciativa de Curt Frenzel. Após a
morte deste, Ellinor Holland, sua filha, renomeou o jornal para Augsburger
Allgemeine em 1 de Novembro de 1959 e assim continua até hoje. No período do
nazismo já tinha havido ali um jornal com o mesmo nome e não foi nada fácil
para o Sr. Frenzel dirigir e manter um jornal debaixo do domínio aliado.
Dito isto, vamos lá falar
do Buddy, um Bernese Mountain Dog com 6 anos de idade e 60 kg de peso, que é o
primeiro cão de resgate em água da Baviera e que trabalha em parceria com Marco
Greiner, Gerente de Operações da Augsburger Wasserwacht. O Buddy foi parar às
mãos de Greiner quanto tinha 8 semanas de idade, aos dois anos iniciou o seu
treino como resgatador na água e durante dois anos frequentou com o seu
condutor um curso na “Squadra Italiana Cani Salvataggio” em Itália, reputada
escola canina deste tipo de salvamento, que já existe há mais de 30 anos e
cujos cães já salvaram centenas de vidas nas costas italianas. Greiner e Buddy foram
ali aprovados em 2017, apesar das exigentes provas a que se viram sujeitos.
Depois disso, o Buddy funcionou como instrutor de cães de resgate na água em Tenerife,
a maior ilha do Arquipélago das Canárias, participando assim na formação de
unidade espanhola (GRAP Rescue).
Greiner, debruçando-se
sobre as exigências que teve de enfrentar como o Buddy, diz que um cão de
resgate em água não pode ter medo de saltar de um helicóptero para lagos ou
mares para tirar de lá pessoas; deve ser capaz de nadar 4 km de uma só vez; trabalhar
dentro de água num período até 2 horas; deve pesar no mínimo entre 25 e 30 kg
para conseguir retirar as cargas dentro de água; ter uma natureza dócil e que o
rapel é parte integrante do treino na Itália para resgatar pacientes de lagos
montanhosos remotos de helicóptero. Quanto ao trabalho binomial dentro de água,
o homem socorre e agarra o sinistrado enquanto o cão tira-os para fora dela,
trabalho sem dúvida exaustivo.
Apesar de Greiner ter alcançado
o direito de treinar cães de resgate na água, o exame e aprovação destes
binómios continua a acontecer em Itália. Actualmente a Augsburger Wasserwacht tem
onze cães de resgate na água, quatro deles já credenciados e sete equipas em
treino. Os cães escolhidos são sempre propriedade de membros da Wasserwacht e esta
sempre trabalha em colaboração a Bergwacht Augsburg, equipas de resgate de
montanha na Baviera.
Noticiámos a história e
proezas do Buddy como forma de incentivar outros a seguir o exemplo de Marco
Greiner, particularmente os proprietários de grandes molossos, que geralmente
não sabem o que fazer com os seus cães por não encontrarem actividades que os
solicitem. Se tivesse um Terra Nova, um Labrador ou um Castro Laboreiro, amanhã
já estaria dentro de água!
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