quinta-feira, 7 de março de 2019

BUDDY: O PRIMEIRO CÃO DE RESGATE EM ÁGUA DA BAVIERA

Antes de me debruçar sobre o Buddy, um camarada cuja história vale a pena conhecer, vou falar sobre o jornal alemão que mo deu a conhecer na sua edição online de ontem, o AUGSBURGER ALLGEMEINE, jornal diário regional que foi publicado pela primeira vez em 30 de Outubro de 1945 com o nome de SCHWÄBISCHE LANDESZEITUNG, por iniciativa de Curt Frenzel. Após a morte deste, Ellinor Holland, sua filha, renomeou o jornal para Augsburger Allgemeine em 1 de Novembro de 1959 e assim continua até hoje. No período do nazismo já tinha havido ali um jornal com o mesmo nome e não foi nada fácil para o Sr. Frenzel dirigir e manter um jornal debaixo do domínio aliado.
Dito isto, vamos lá falar do Buddy, um Bernese Mountain Dog com 6 anos de idade e 60 kg de peso, que é o primeiro cão de resgate em água da Baviera e que trabalha em parceria com Marco Greiner, Gerente de Operações da Augsburger Wasserwacht. O Buddy foi parar às mãos de Greiner quanto tinha 8 semanas de idade, aos dois anos iniciou o seu treino como resgatador na água e durante dois anos frequentou com o seu condutor um curso na “Squadra Italiana Cani Salvataggio” em Itália, reputada escola canina deste tipo de salvamento, que já existe há mais de 30 anos e cujos cães já salvaram centenas de vidas nas costas italianas. Greiner e Buddy foram ali aprovados em 2017, apesar das exigentes provas a que se viram sujeitos. Depois disso, o Buddy funcionou como instrutor de cães de resgate na água em Tenerife, a maior ilha do Arquipélago das Canárias, participando assim na formação de unidade espanhola (GRAP Rescue).
Greiner, debruçando-se sobre as exigências que teve de enfrentar como o Buddy, diz que um cão de resgate em água não pode ter medo de saltar de um helicóptero para lagos ou mares para tirar de lá pessoas; deve ser capaz de nadar 4 km de uma só vez; trabalhar dentro de água num período até 2 horas; deve pesar no mínimo entre 25 e 30 kg para conseguir retirar as cargas dentro de água; ter uma natureza dócil e que o rapel é parte integrante do treino na Itália para resgatar pacientes de lagos montanhosos remotos de helicóptero. Quanto ao trabalho binomial dentro de água, o homem socorre e agarra o sinistrado enquanto o cão tira-os para fora dela, trabalho sem dúvida exaustivo.
Apesar de Greiner ter alcançado o direito de treinar cães de resgate na água, o exame e aprovação destes binómios continua a acontecer em Itália. Actualmente a Augsburger Wasserwacht tem onze cães de resgate na água, quatro deles já credenciados e sete equipas em treino. Os cães escolhidos são sempre propriedade de membros da Wasserwacht e esta sempre trabalha em colaboração a Bergwacht Augsburg, equipas de resgate de montanha na Baviera.
Noticiámos a história e proezas do Buddy como forma de incentivar outros a seguir o exemplo de Marco Greiner, particularmente os proprietários de grandes molossos, que geralmente não sabem o que fazer com os seus cães por não encontrarem actividades que os solicitem. Se tivesse um Terra Nova, um Labrador ou um Castro Laboreiro, amanhã já estaria dentro de água!

Sem comentários:

Enviar um comentário