Penso que à partida teria
mil e uma razões para não gostar de Pastores Alemães, mas depois de haver
cerrado fileiras com eles, dificilmente optaria por outro cão ou cães. Bem sei
que o Border Collie é muito disponível e possui uma excelente capacidade de
aprendizagem, que o Malinois é um cão de extrema prontidão e decidido nas
acções como poucos, mas nem um nem outro conseguem, isoladamente, substituir o
centenário Pastor Alemão no binário valentia/travamento. Ao longo de décadas
criei, importei e treinei cães desta raça dos mais variados canis, não houve
nenhuma variedade cromática que não me tivesse passado pelas mãos e em todas vi
uma nobreza de carácter que não esqueço e da qual sempre dei e continuo a dar
testemunho. Hoje já não crio Pastores Alemães, conduzo cães alheios, tentando trazer-lhes
para o presente as glórias do seu passado. O amigo postado na foto acima é um
azul que me tem acompanhado nas últimas andanças, um “tenrinho” com muito para
dar e encantar. Chegará o dia em que não conduzirei mais Pastores, espero que
ele demore, porque certamente não será um dos mais felizes da minha vida. Até lá
continuo em frente, movido por um entusiasmo juvenil que teimosamente ainda me
mantém de pé.
sábado, 15 de julho de 2017
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