sábado, 15 de julho de 2017

OS PASTORES E EU

Penso que à partida teria mil e uma razões para não gostar de Pastores Alemães, mas depois de haver cerrado fileiras com eles, dificilmente optaria por outro cão ou cães. Bem sei que o Border Collie é muito disponível e possui uma excelente capacidade de aprendizagem, que o Malinois é um cão de extrema prontidão e decidido nas acções como poucos, mas nem um nem outro conseguem, isoladamente, substituir o centenário Pastor Alemão no binário valentia/travamento. Ao longo de décadas criei, importei e treinei cães desta raça dos mais variados canis, não houve nenhuma variedade cromática que não me tivesse passado pelas mãos e em todas vi uma nobreza de carácter que não esqueço e da qual sempre dei e continuo a dar testemunho. Hoje já não crio Pastores Alemães, conduzo cães alheios, tentando trazer-lhes para o presente as glórias do seu passado. O amigo postado na foto acima é um azul que me tem acompanhado nas últimas andanças, um “tenrinho” com muito para dar e encantar. Chegará o dia em que não conduzirei mais Pastores, espero que ele demore, porque certamente não será um dos mais felizes da minha vida. Até lá continuo em frente, movido por um entusiasmo juvenil que teimosamente ainda me mantém de pé.

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