domingo, 11 de outubro de 2015

A COR DO CÃO: UM PORMENOR QUE FARÁ TODA A DIFERENÇA

A cor de um cão está directamente relacionada com a sua saúde, resistência, odor, tipo de cumplicidade e prestação. Cães de pelagem escura uniforme (pretos, cobre, bronze, chocolate e vermelhos) acusam em demasia o calor pela absorção dos raios solares, não sendo indicados para climas muito quentes e com uma temperatura média anual de 28º celsius, porque atingem a exaustão mais depressa, cansam-se com maior facilidade, demoram a recuperar e sempre procuram uma sombra por perto, apesar de secarem mais depressa, terem menos odor, serem por norma mais interactivos, adequados para o trabalho nocturno e dentro de água. Quando se opta por um cão de guarda, a sua cor deverá ser considerada, porque tudo deverá ver e não ser visto, para se tirar partido do efeito surpresa, o que nos levará a considerar a policromia das cores locais e os horários de vigilância para a sua indispensável camuflagem.
Observando o mesmo cuidado, casas caiadas e muros de alvenaria irão exigir cães brancos, assim como os ecossistemas visitados pela neve, podendo nestes casos ser usados também os cinzentos, tanto ou uniformes como os bicolores. Quando a vigilância de uma casa se torna obrigatória 24 horas por dia, é indispensável que se tenham um ou mais cães para os horários diurnos e outros para os nocturnos, distribuindo os mais claros pelo dia e os mais escuros pela noite. Tendo em conta a necessidade de camuflagem canina, pobre e inadequada é a raça que apenas possui uma variedade cromática ou uma só textura de manto, porque não conseguirá ter igual desempenho nas diferentes estações do ano, sofrendo mais numas do que noutras e pondo em causa o seu policiamento objectivo.
E sobre isto parece não haver dúvidas, uma vez que os canídeos selvagens já nascem com uma coloração própria para se confundirem nos seus terrenos de caça, o que lhes facilita de sobremaneira a predação por serem menos visíveis, dotando-os duma abordagem de surpresa, maior sucesso nas capturas, economia de esforço e menor desprendimento de odor. Ao contrário do que se pensa, os cães mais escuros (melânicos) têm menos odor que os outros, porque secam mais depressa, o que os torna mais indicados para coabitaram com os seus proprietários dentro do lar. 

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